Dr. Douglas Bastos

Estenose das vias biliares: saiba mais

Estenose das vias biliares: saiba mais

Os canais biliares são responsáveis por transportar a bile produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar até o duodeno, que é a parte inicial do intestino logo após o estômago. Assim como funcionam os vasos sanguíneos, esses canais também são passíveis de alterações em sua estrutura e podem sofrer uma ação chamada de estenose das vias biliares, prejudicando a passagem das substâncias por esse caminho e podendo desenvolver quadros mais graves, tais como uma infecção (colangite) e a cirrose.

É importante acrescentar que a vesícula e o fígado são os dois órgãos mais afetados pelo problema. Por esse motivo, o tratamento precoce e realizado o mais rapidamente possível faz toda a diferença para a preservação da saúde desses órgãos. Não adie a consulta médica!

Características da estenose das vias biliares

As estenoses são um tipo de lesão, que podem ter um surgimento congênito ou adquirido. Geralmente, uma estenose das vias biliares decorre por conta de algum processo inflamatório ou cicatrizante (depois de uma cirurgia ou algum tipo de traumatismo na região). Em casos mais raros, porém mais graves, a estenose pode ser em virtude de um tumor maligno nas vias biliares.

Como resolver o problema?

O principal foco do tratamento do problema é recanalizar o segmento estenosado. Deve-se distinguir entre uma estenose benigna, geralmente devido a um processo inflamatório ou cirúrgico na região, e uma estenose maligna, onde o tratamento será focado no câncer das vias biliares.

Nas estenose benigna das vias biliares, a equipe especializada realiza punções pela pele para atingir esses canais através de fios, cateteres, balões e outros tipos de indutores. Faz-se a dilatação e acompanhamento  periódico menos invasivo. Em caso de insucesso, a opção por uma cirurgia no local deve ser considerada.

Por outro lado, se o caso surgiu em virtude de algum tumor nos canais ou uma possível infecção, além da cirurgia, é preciso remover o tumor ou realizar algum tratamento adicional para reverter o quadro de infecção. A manipulação cirúrgica, também conhecida como anastomose biliodigestiva, costuma demorar algumas horas. Contudo, quando feita de maneira segura e com um profissional qualificado, sem a ocorrência de complicações, o paciente tem uma recuperação tranquila.

Esse problema pode gerar um câncer?

Normalmente não, mas a estenose das vias biliares pode aumentar o risco do paciente desenvolver uma cirrose hepática. Ainda que possam ocorrer tumores que prejudiquem os canais biliares, essas formações não costumam ser malignas e a cirurgia não apresenta riscos.

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Hepatite pode causar câncer de fígado?

Hepatite pode causar câncer de fígado?

Inflamação no fígado, a hepatite pode ser causada por vírus, bactérias ou pelo consumo de produtos tóxicos. Em alguns casos, apenas o repouso e uma alimentação menos gordurosa podem ser suficientes para que haja melhora, porém em outros casos a hepatite pode trazer problemas gravíssimos, como a cirrose e o câncer de fígado.

Antigamente havia uma grande dúvida sobre o envolvimento da hepatite no surgimento do câncer de fígado, com o avanço da ciência, hoje já temos certeza do seu envolvimento. Há diversos tipos diferentes de hepatite virais ( A, B e C são as mais comuns), além das que são autoimunes, causadas por anomalia no sistema imunológico. As hepatites B e C, quando o indivíduo é portador crônico da doença, são as que possuem relação com o câncer de fígado.

O que é a hepatite?

Bastante comum, a hepatite pode ser de origem viral, bacteriana, tóxica, medicamentosa, alcoólica ou parasitária. Ela é aguda, mas costuma evoluir para crônica, caso não receba o tratamento adequado e rápido. Em um ano, cerca de 130 mil brasileiros contraem a doença, sendo a maioria dos casos relacionados à hepatite C.

A hepatite tipo A é causada por vírus, através da ingestão de alimentos ou água contaminados. Raramente evolui e se torna crônica, sendo muito comum em turistas que se infectam no lugar por onde foram visitar. Também estão associadas a locais de pouca estrutura sanitária (tratamento de água e esgoto).

As hepatites tipo B e C são transmitidas pelo sangue contaminado, principalmente via transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas e acidente com material contaminado. Esse tipo pode se agravar, se tornando crônico e podendo evoluir para cirrose e, mais tarde, câncer de fígado.

A maioria dos casos demora a apresentar sintomas e mesmo após o diagnóstico o paciente é orientado a ter uma vida cotidiana normal, com uma dieta diferenciada e medicamentos. Pessoas que fazem hemodiálise, politransfusões, atividades sexuais de risco, alcoólatras, dependentes químicos e imunodeprimidas tem maior possibilidade de contrair o vírus.

Como evitar que a hepatite crônica evolua para um câncer?

Além da icterícia típica de pacientes de hepatite, há sintomas semelhantes aos da gripe, febre, dores nos músculos e nas articulações, inchaço no fígado, fadiga, dores abdominais, entre outros.

No caso dos tipos de hepatites, onde é possível desenvolver o câncer de fígado, o seu vírus pode causar mutações que trazem alterações nas células do organismo, até iniciar o tumor. 54% dos cânceres de fígado causados no Brasil são provenientes da hepatite C, seguida da B.

A prevenção é o melhor tratamento, já que evita que o corpo receba o vírus. Uma dessas ações é sobre análise dos fatores de risco, evitando materiais cortantes, usar materiais descartáveis, usar preservativos e mesmo ciente, evitar o contato de risco com quem tenha a doença.

Aqueles que sabem ser portadores de hepatite crônica devem fazer acompanhamento especializado regular, rastreando o comprometimento do fígado e o surgimento de nódulos suspeitos. Isso é feito através de exames simples, no sangue e também de imagem!

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Você sabe o que é coledocolitíase?

Você sabe o que é coledocolitíase?

O corpo pode ser acometido pela formação de pedras que prejudicam o sistema digestivo e excretor do corpo. Essas pedras, além de interferirem no trânsito de substâncias e de outros nutrientes ao corpo, também podem causar ferimentos e graves impactos aos canais por onde passam esses materiais. Um desses canais importantes é o ducto colédoco, que leva a bile produzida no fígado ao intestino. A incidência de pedras nesse canal é chamada de coledocolitíase e esses cálculos, se não tirados há tempo, podem levar a complicações importantes.

Da mesma forma que as pedras nos rins, a formação dessas pedras pode ser grande, e quanto maior o seu tamanho e volume, maior é a urgência delas serem eliminadas. Diferente dos cálculos renais que podem ser eliminados através da urina, as pedras no ducto colédoco devem ser tiradas preferencialmente através de procedimento invasivo, seja a cirurgia ou a CPRE – um tipo de endoscopia capaz de retirar essas pedras.

Apesar de estarem no colédoco, a maioria dessas pedras são formadas na vesícula biliar e migraram para a via biliar principal. Por esse motivo, após a resolução da coledocolitíase está indicada a cirurgia da vesícula para tratar de forma definitiva a origem do problema.

Impacto da coledocolitíase

O duodeno – parte do intestino onde chega a bile trazida pelo colédoco – possui ligações importantes com outros órgãos do corpo, especialmente o fígado e o pâncreas. Os cálculos se formam, normalmente, na vesícula biliar e migram até ficarem alojados no dueto. Em alguns casos as pedras podem se formar no próprio colédoco. Dependendo do tamanho das pedras, elas podem descer mais para o canal do fígado, prejudicando suas células e até causando icterícia.

Também relacionado ao tamanho das pedras, a coledocolitíase pode causar obstruções no canal ou uma possível infecção dos ductos que transportam a bile. Como as pedras costumam ter um índice elevado de colesterol, elas contaminam também a bile, o sangue e também o pâncreas, ocasionando assim outras doenças como a pancreatite e a colangite.

E como tratar?

A base para identificar o problema é através de exames de sangue e de imagem. Caso seja notado algum cálculo no ducto colédoco, a equipe médica recomenda um procedimento cirúrgico para retirar a pedra. A cirurgia pode consistir em abordagem direta do colédoco, operações biliodigestivas ou terapias endoscópicas que farão com que as pedras sejam retiradas com a menor taxa de agressividade e complicações.

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Baço: saiba a importância deste órgão

Baço: saiba a importância deste órgão

O baço é uma glândula que fica localizada na porção superior da cavidade abdominal, do lado esquerdo. O órgão fica em contato com o pâncreas, o estômago, o rim esquerdo e também com o diafragma. Aqui, é válido notar que poucos órgãos do corpo humano são tão desconhecidos para os pacientes quanto ele.

Em um indivíduo saudável, a estrutura tem em média 12 centímetros de comprimento, 7 centímetros de altura, 4 centímetros de espessura e pesa em torno de 150 gramas. Algumas condições (doenças, lesões, traumas e complicações médicas) exigem a retirada do baço, mas na maioria das vezes isso não representa um grande prejuízo para o organismo. No entanto, como será explicado a seguir, o órgão tem função específica e merece atenção.

Mas, afinal, para que serve o baço?

A principal serventia do órgão está relacionada ao sistema imune. Como parte do controle imunológico, a função maior dele é ajudar a proteger contra infecções e outros problemas. Ele atua ainda como uma espécie de filtro e reservatório de sangue. O baço está presente em quase todas as espécies animais, exercendo finalidades semelhantes.

Em um feto humano, a finalidade principal é a produção das hemácias e dos leucócitos (glóbulos brancos). Depois do nascimento, contudo, tal tarefa é interrompida. Ainda assim, a finalidade às vezes é retomada mais adiante, caso alguma patologia debilite o trabalho da medula óssea. A posição única desse órgão viabiliza que ele elimine os micro-organismos patogênicos e se livre das hemácias danificadas, defeituosas ou mais velhas.

Como o sangue perpassa o local, é ali que é averiguado o estado dos glóbulos vermelhos (hemácias). Ele é ainda uma reserva de vários tipos de células do sistema imunológico, chamadas de monócitos.

Quais são as doenças que podem afetar o baço?

Diferentes doenças podem levar ao aumento do órgão e afetar as funções que ele exerce, motivando a sua retirada. Se é realizada uma remoção cirúrgica completa, boa parte das funções é assumida por outros órgãos. Na eventualidade de só uma parcela ser retirada, a parte restante supre as necessidades de todo o organismo. Dentre as complicações que afetam a estrutura estão a malária, linfoma, lúpus e cirrose, para citar algumas.

Uma vez que o baço atua no sistema imune, quando programamos a sua retirada de forma eletiva é necessário fazer uma vacinação para determinados tipos de microorganismos durante o preparo pré-operatório. A cirurgia do baço, quando indicada, é realizada de forma minimamente invasiva, por videolaparoscopia, sempre que possível.

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Hepatectomia: o que é e quando é indicada

Hepatectomia: o que é e quando é indicada

A hepatectomia é a cirurgia do fígado. Nesse procedimento, também conhecido como ressecção hepática, o médico cirurgião remove a parte do órgão mais afetada por alguma doença. É indicada para pacientes com câncer de fígado, metástase do câncer de intestino grosso e alguns casos de hemangiomas e adenomas hepatocelulares (2 tipos de tumores benignos).

Porém, nem todos os pacientes são elegíveis a realizar a hepatectomia. A remoção parcial do fígado deve ser cuidadosamente avaliada por um especialista.

É possível remover, com segurança, até 70% do fígado. Não havendo intercorrências graves, o órgão consegue se regenerar e voltar a funcionar normalmente em poucas semanas.

Em caso de cirrose, a intervenção só pode ser realizada se o comprometimento do órgão for mínimo e a função hepática puder ser mantida satisfatoriamente. 

Tipos de hepatectomia

  1. Por via aberta: na cirurgia convencional, o cirurgião faz a incisão na porção superior do abdômen. Isola os vasos sanguíneos e, em seguida, faz a remoção parcial do fígado. É necessário colocar um dreno para monitorar possíveis hemorragias e vazamento biliar. O tempo médio da cirurgia é de 4 horas. O paciente fica internado, no máximo, 10 dias.
  1. Laparoscópica: essa técnica é menos invasiva. Proporciona um pós-operatório com menos dor e reduz o tempo de internação. Para executar o procedimento, o cirurgião só precisa fazer pequenos furos no abdômen para inserir os instrumentos cirúrgicos. A operação é guiada por câmera, acoplada aos aparelhos de vídeo. No entanto, a videolaparoscopia não é indicada para todos os casos. Depende do tipo de nódulo que deverá ser removido e do grau de comprometimento do fígado.

Complicações da hepatectomia

  • Hemorragia
  • Vazamento de bile
  • Trombose venosa profunda
  • Embolia pulmonar
  • Infecções
  • Insuficiência hepática
  • Pneumonia

Após essa intervenção, o paciente permanecerá na UTI por 24 a 48 horas. Quando o intestino voltar a funcionar normalmente, o recém-operado poderá receber alimentação por via oral. Se tudo correr bem, o prazo entre a internação e a alta médica é de até 10 dias.

Prevenção

O fígado é um órgão de extrema importância para a vida. Por essa razão, é necessário preservá-lo ao máximo. Algumas medidas básicas para se prevenirem doenças no fígado são: alimentação isenta de gorduras, não consumo de bebidas alcoólicas e vacinas contra as hepatites A e B. Sexo seguro e não compartilhamento de seringas e instrumentos perfurocortantes evitam a contaminação pelo vírus da hepatite C.

A consulta médica regular ajuda no diagnóstico precoce de várias doenças hepáticas, as quais, se não forem tratadas de imediato, em alguns casos, com a hepatectomia, aumentam o risco do desenvolvimento de tumores malignos.  

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7 sintomas do refluxo gástrico

7 sintomas do refluxo gástrico

O refluxo gástrico ocorre quando parte dos ácidos produzidos pelo estômago volta para o esôfago. O resultado disso é uma irritação na região da garganta e em todo o esôfago, muitas vezes descrita como uma queimação.

Quando esse refluxo ocorre, os tecidos do esôfago ficam constantemente irritados, situação que, se não tratada, pode causar problemas mais graves, como o câncer nessa região.

Conheça agora os principais sintomas do refluxo gástrico. Caso observe a presença de mais de um desses sintomas de forma constante, procure um gastroenterologista ou cirurgião do aparelho digestivo.

7 sintomas do refluxo gástrico

1 – Azia constante

Ter azia de vez em quando é normal. Afinal, o culpado pode ser algum alimento que você comeu.

Agora, se você tem azia constantemente, mais de 2 vezes por semana, é preciso ficar atento, pois é um dos sinais do quadro descrito neste artigo.

2 – Dor no peito

Dores fortes do peito, lembrando muitas vezes a sensação de um princípio de infarto, também estão ligadas ao refluxo.

Se essas dores aparecem sempre depois que você se alimenta, já há motivos de sobra para marcar uma consulta médica.

3 – Dificuldade para engolir

Dificuldade para engolir alimentos e sensação de que há algo preso na garganta fazem parte dos sintomas do problema em questão.

Assim como no caso da azia, deve aparecer com frequência.

4 – Gosto ruim, geralmente amargo, na boca

Esse refluxo causa também mudanças no hálito e na sensação que temos na boca. Quem sofre com o problema costuma acordar com um gosto amargo na boca.

Vale comentar que, caso você tenha o hábito de dormir com a boca aberta, pode apresentar esse sintoma também. Então, é preciso que ele apareça em conjunto com outros fatores.

5 – Tosse e rouquidão sem motivo

O ácido do estômago nem sempre atinge apenas o esôfago. Há casos em que consegue até mesmo chegar às cordas vocais, causando irritação.

Os sintomas nesse caso, tosse e rouquidão, lembram muito os de gripe ou alergia. Ainda assim, aparecem sem nenhum motivo. Ou seja, não há sinais de rinite atacada ou de gripes e resfriados. O gosto amargo na boca costuma aparecer em conjunto com esse sintoma.

6 – Aftas na boca

As aftas aparecem quando a boca passa a ter um teor mais ácido. Tanto que, se você comer muitos alimentos ácidos seguidamente, é normal ter que lidar com o problema.

Agora, se as aftas aparecem sem um motivo específico, ou seja, sem mudanças na alimentação, e você percebe que, mesmo cortando os alimentos mais ácidos, continua a ter que lidar com elas, pode ser um sinal do refluxo gástrico, já que a volta dos ácidos pelo esôfago pode estar chegando à boca e deixando o ambiente com o ph alterado.

7 – Náuseas após as refeições

O enjoo aparece como sintoma de quem sofre com o quadro aqui descrito. Inclusive, é comum após as refeições.

Se não há outra explicação para a situação – como uma gravidez, por exemplo – e as náuseas são frequentes e sempre após se alimentar, isso pode indicar a existência do refluxo gástrico.

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Tudo o que você precisa saber sobre a hérnia inguinal

Tudo o que você precisa saber sobre a hérnia inguinal

A hérnia inguinal corresponde a 75% de todas as hérnias na região do abdômen. A hérnia está localizada na área da virilha do corpo humano. Cerca de 3% de toda a população brasileira apresenta o diagnóstico de hérnia inguinal. Ela surge quando há uma fragilidade da musculatura da parede abdominal. Isso permite a passagem de conteúdo intra abdominal através do canal inguinal.

A hérnia inguinal é mais comum entre pessoas do sexo masculino, porém pode atingir homens e mulheres com a mesma intensidade. Pode surgir em apenas um lado da virilha ou nos dois. Nesse caso, o problema passa a ser chamado de hérnia inguinal bilateral.

Conheça os fatores de risco

A hérnia inguinal geralmente é causada pelo enfraquecimento dos músculos que formam a parede abdominal. Essa fraqueza pode ser causada por um defeito congênito ou por condições adquiridas ao longo da vida.

A idade também é um fator de risco para hérnia inguinal. Pessoas de qualquer idade podem desenvolver a doença. Porém, ela é mais comum em pessoas idosas, devido ao enfraquecimento do músculo da parede abdominal.

Algumas doenças também estão relacionadas com o surgimento da hérnia inguinal, como problemas na próstata, constipação do intestino, doenças do pulmão, problemas no coração e tosse crônica causada pelo tabagismo.

Tipos de hérnia inguinal

Existem dois tipos de hérnia inguinal: a direta e a indireta. A hérnia inguinal direta atinge principalmente homens adultos e se forma na área mais medial da parede abdominal. 

A hérnia inguinal indireta é causada por deformações na entrada do canal inguinal, o que faz com que essa região permaneça aberta. Esse tipo de hérnia atinge principalmente crianças e recém-nascidos do sexo masculino.

O principal sintoma da hérnia inguinal, tanto direta quanto indireta, é a dor intensa na região da virilha. Além disso, ela pode causar a sensação de queimação da virilha, desconforto na região durante a realização de atividades do dia a dia, fraqueza na virilha e inchaço nos testículos. Com muita freqüência também é observado um caroço ou abaulamento na região inguinal.

Para tratar a hérnia inguinal, o procedimento cirúrgico é indicado na maioria dos casos. A cirurgia elimina o problema e os sintomas tão incômodos causados por ele. A operação pode ser realizada de maneira aberta ou por meio de uma laparoscopia. O profissional responsável pelo caso é quem decidirá qual é a melhor forma de tratar o paciente. Tanto a a cirurgia aberta (herniorrafia inguinal aberta) como a cirurgia de hérnia por video (herniorrafia inguinal videolaparoscópica) apresentam excelentes resultados no tratamento definitivo da hérnia inguinal.

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Você sabe o que é um cisto hepático?

Você sabe o que é um cisto hepático?

Através de ultrassons ou ressonâncias, é possível detectar certas anomalias presentes em tecidos, músculos e órgãos do corpo. Uma delas são os cistos, lesões de 2 mm a 20 cm de diâmetro com aspecto redondo e que não possuem um critério para seu surgimento. Em alguns casos, no entanto, a sua incidência pode sinalizar algo mais grave. Por isso a avaliação por um especialista é sempre importante, especialmente é um cisto no fígado.

Na maioria das vezes o cisto hepático é descoberto por “acidente”. Ao fazer exames de rotina, solicitado por um médico que já acompanha o paciente, o cisto do fígado é encontrado. Outras vezes isso acontece quando estamos investigando outras queixas, não relacionadas ao fígado ou ao aparelho digestivo.

Afinal, o que é um cisto no fígado (ou cisto hepático)?

O fígado é uma espécie de filtro do corpo. Através dele, são processadas diversas substâncias. Ao longo da vida pode surgir o cisto no fígado, uma espécie de bolha com material viscoso em seu interior. Essas “bolhas” podem crescer e, dependendo dos sintomas que causem, podem ser necessários um acompanhamento periódico ou intervenção no cisto hepático.

Por que esses cistos aparecem?

As causas para o surgimento do cisto hepático não são bem claras. Diversas teorias são avaliadas, como por exemplo o uso de anti-inflamatórios em excesso.

Em outras situações parece haver um componente genético. Se uma pessoa já tem indícios de doença policística nos rins, é muito provável que ele também desenvolva não só um, mas vários cistos no fígado.

Os cistos provocam a manifestação de sintomas?

Normalmente, os cistos no fígado são assintomáticos. Entretanto, a preocupação se concentra nos efeitos internos que eles causam. Independentemente do tamanho do cisto no fígado, o indivíduo pode não sentir nada, mas a presença do cisto, por si só, pode representar um desafio. De acordo com sua dimensão, o cisto hepático pode ocasionar uma pressão nos vasos sanguíneos ou outros órgãos no aparelho digestivo. Essa compressão pode gerar incômodos, como azia ou má digestão.

Apesar de raramente ter indicação de cirurgia, a remoção do cisto hepático não é um problema. O processo cirúrgico é frequentemente bem-sucedido, não causando prejuízos ao funcionamento do órgão. O mais importante é a correta avaliação por um especialista.

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O que é litíase biliar?

O que é litíase biliar?

A litíase biliar, também conhecida popularmente como pedra na vesícula ou cálculo biliar, nada mais é do que um aglomerado de substâncias que se forma dentro da vesícula. Ele pode ter diferentes formatos e tamanhos e se assemelha a cristais de rocha.

Algumas pedras possuem o tamanho de uma bola de golfe, enquanto outras são tão pequeninas quanto um grão de areia. Porém, ambas podem causar dor, ardência e bastante incômodo.

Os pacientes podem desenvolver apenas uma litíase biliar – ou várias. Basicamente, a condição se manifesta de duas formas:

1. Litíase biliar pigmentada: aqui, as pedras possuem tonalidades que variam do marrom ao totalmente preto. Elas se desenvolvem quando a bile possui alta concentração de bilirrubina, um componente produzido quando o organismo quebra hemácias presentes na circulação sanguínea.

2. Litíase biliar de colesterol: esse tipo de litíase é mais comum, sendo que as pedras são formadas por colesterol não dissolvido pelo organismo. Elas também podem conter outras substâncias e, na grande maioria dos casos, são amarelas.

Quais são as causas da litíase biliar?

Não há exatamente uma causa que leve à formação de pedras na vesícula. Geralmente, o processo ocorre quando a bile não consegue dissolver a quantidade de colesterol anteriormente excretada pelo fígado. Neste caso, o excesso do colesterol se transforma em pequenos cristais e, posteriormente, em pedras.

O desequilíbrio entre o colesterol e os solubilizantes do organismo também é uma possível causa para a litíase biliar. Nesta situação, ele pode ocorrer tanto pelas altas quantidades de colesterol como também pela baixa concentração de solubilizantes na bile.

Já os principais fatores de risco, ou seja, os fatores que aumentam as chances de desenvolvimento da litíase biliar, são os seguintes:

  • Obesidade ou excesso de gordura corporal;
  • Gênero feminino;
  • Gravidez;
  • Terceira idade;
  • Dieta rica em colesterol e gorduras com baixa ingestão de fibras;
  • Histórico familiar da doença;
  • Uso contínuo de medicamentos com estrogênio ou remédios para diminuir o colesterol;
  • Hemólise crônica.

Quais são os sintomas que apontam para um caso de litíase biliar?

Alguns pacientes não apresentam nenhum sinal de que estão com cálculo biliar, enquanto outros apresentam dores similares à cólica abdominal, juntamente com outros sintomas. Os principais deles são:

  • Inchaço na região abdominal com dor aguda, geralmente após as refeições e com irradiação pelas costas;
  • Febre;
  • Amarelamento da retina e da pele;
  • Vômitos e enjoos;
  • Fezes claras.

Há tratamento para o problema?

A litíase biliar, quando não acompanhada de sintomas ou desconforto, não necessita de tratamento imediato.

Porém, quando há sintomas, o tratamento se torna necessário – de modo a eliminá-los e evitar complicações.

O principal tratamento para litíase biliar é a cirurgia para retirada da vesícula, tecnicamente chamada de colecistectomia. Atualmente a cirurgia é realizada por vídeo na maioria dos casos e recebe o nome de colecistectomia videolaparoscópica. É o que recebe o nome popular de cirurgia da vesícula por vídeo! A recuperação é rápida e o paciente costuma retornar para casa no dia seguinte do procedimento.

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Paniculite mesentérica: sintomas e tratamentos

Paniculite mesentérica: sintomas e tratamentos

Você já ouviu falar em paniculite mesentérica? Trata-se de uma enfermidade relativamente rara, caracterizada pela inflamação do mesentério, um órgão que corresponde a uma dobra dupla no peritônio, o revestimento interno abdominal. As principais funções desse órgão consistem em unir a parede do abdômen e o intestino, além de possibilitar a irrigação sanguínea das vísceras.

Por muito tempo, o mesentério foi considerado simplesmente como uma membrana fragmentada que atuava na ligação do aparelho digestivo, entretanto, há alguns anos, após a conclusão de muitas pesquisas, ele foi elevado ao patamar de órgão.

Como qualquer outra parte do corpo humano, o mesentério está sujeito ao adoecimento, e a paniculite mesentérica é prova disso. Esse problema de saúde afeta especificamente o tecido adiposo do mesentério, ocasionando uma inflamação crônica não específica que, em caso de agravamento, pode gerar necrose, fibrose e retração.

Continue a leitura e entenda melhor essa doença.

Quais são os sintomas da paniculite mesentérica?

A paniculite mesentérica foi descrita em 1924 pela primeira vez e, na época, recebia o nome de mesenterite retrátil. Apenas em 1960, a inflamação do mesentério passou a ser chamada de paniculite mesentérica.

Trata-se de uma condição inflamatória e fibrótica, que pode desencadear diferentes manifestações físicas. De modo geral, a incidência é maior em homens, a partir dos 50 anos de idade. Os principais sintomas do quadro são dores abdominais, náuseas, diarreia e vômito.

Como diagnosticar e  tratar o problema?

O primeiro passo para tratar adequadamente a paniculite mesentérica é obter o diagnóstico correto. Para confirmar a existência da doença, é preciso considerar o conjunto de sintomas. Além disso, é útil no processo diagnóstico a realização de exames como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética do abdômen. Esses métodos são úteis tanto para identificar a inflamação no mesentério quanto para avaliar a extensão da doença, orientando o tratamento.

A abordagem terapêutica deve ser individualizada. Isso se deve ao fato de que é preciso levar em conta o grau de comprometimento da doença, a frequência e a intensidade dos sintomas, bem como o estado geral de saúde do paciente. Em geral o tratamento é sintomático com analgésicos e anti-inflamatórios.

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