Dr. Douglas Bastos

Hepatite C: causas, sintomas e tratamento

Hepatite C: causas, sintomas e tratamento

A hepatite C consiste em uma doença viral que afeta mais de 1,5 milhão de brasileiros. Apesar de raramente apresentar sintomas, ela é a principal responsável pela inflamação do fígado, por 40% dos casos nacionais de cirrose e 70% dos casos de hepatites crônicas.

Na grande maioria dos casos, indivíduos com hepatite C apenas descobrem a inflamação após exames de rotina, doações de sangue ou no diagnóstico de outras doenças no fígado.

A hepatite C está entre os três principais tipos de hepatite, sendo considerada o tipo mais grave da doença.

A seguir, confira mais sobre as causas, sintomas e tratamentos da patologia!

Causas e fatores de risco relacionados à doença

A doença é causada pelo vírus C. Sua transmissão ocorre pelo contato do paciente com sangue contaminado (seja por meio de acidentes, transfusões sanguíneas ou uso de drogas injetáveis).

Não há comprovação científica de que haja transmissão por meio de relações sexuais, mas admite-se que possa haver a transmissão pelo contato sexual em alguns casos. De mãe para filho, a transmissão é rara, ocorrendo no parto em cerca de 5% dos casos.

Algumas condições que podem favorecer a contaminação com o vírus, por sua vez, são as seguintes:

  • Ficar em diálise renal por longos períodos;
  • Transfusões sanguíneas antes de 1992 (quando o procedimento contava com maior risco de contaminação);
  • Compartilhar agulhas ou injetar drogas com indivíduos contaminados pela doença;
  • Ter contato direto e regular com substâncias sanguíneas (como é o que acontece com profissionais da saúde, por exemplo);
  • Fazer procedimentos de acupuntura ou tatuagens com agulhas contaminadas;
  • Receber órgãos ou sangue de doadores infectados pela doença.

Hepatite C: possíveis sintomas

A hepatite C pode se manifestar no organismo de duas formas: crônica ou aguda.

Na infecção crônica, os sintomas são praticamente inexistentes. Já na infecção aguda, ou seja, súbita, eles podem ser:

  • Comum perda de apetite;
  • Dor e/ou inchaço na região abdominal;
  • Febre;
  • Sangramento estomacal ou no esôfago;
  • Urina escura;
  • Fadiga ou cansaço frequentes;
  • Vômitos e enjoos;
  • Coceira em diferentes partes do corpo;
  • Olhos amarelados.

Tratamentos para a hepatite C

Felizmente, a hepatite C é uma condição que nem sempre precisa ser tratada.

O tratamento costuma ser exigido somente nos casos em que a doença pode levar a futuras complicações. Nessas situações, a hepatite C é tratada pela ingestão de remédios antivirais por longas semanas, até que haja a eliminação por completo do vírus do organismo do paciente.

Esses medicamentos costumam causar variados efeitos colaterais, tais como fortes dores de cabeça, dores musculares, depressão, febre e perda de apetite.

Se o fígado estiver comprometido pela ação do vírus, o transplante hepático também pode se tornar uma opção.

 

Agora você já conhece mais sobre a hepatite C, assim como suas características, sintomas, causas e métodos de tratamento. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo e hepatobiliar no Rio de Janeiro!

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Esteatose hepática: sintomas, causas e tratamento

Esteatose hepática: sintomas, causas e tratamento

A esteatose hepática é uma doença mais conhecida como “gordura no fígado”. Infelizmente, ela é um problema que não para de crescer na população, devido a maus hábitos de alimentação e ao sedentarismo.

A patologia costuma ser diagnosticada ao acaso, na maioria das vezes quando é realizado um ultrassom do abdome por outros motivos. No entanto, a esteatose hepática deve ser avaliada por um médico especialista, que solicitará exames para excluir as causas que não estão relacionadas aos hábitos de vida. Se for preciso, o médico poderá pedir ainda a realização de tomografias, ressonância magnética, elastografia ou até uma biópsia, para avaliar melhor a situação.

Há diferentes graus de gordura no fígado, que vão da 1 (mais simples e tratável com mais facilidade) até a esteato-hepatite, que pode evoluir para cirrose hepática. Esta última se desenvolve depois de muitos anos de convívio com a doença, sem nenhum tratamento.

Quais são os sintomas da esteatose hepática?

No que diz respeito ao diagnóstico da esteatose, o mais complicado é que a doença nem sempre apresenta sintomas. Na maioria das vezes, o paciente vive tranquilamente com a patologia até que ela chegue atinja estágios difíceis de serem tratados.

Em alguns casos, porém, é comum que os pacientes apresentem dores pontuais do lado direito do abdômen, mal-estar, enjoos (seguidos ou não de vômitos) e barriga inchada. Esses sintomas são relacionados à questões abdominais do dia-a-dia, mas precisam ser valorizados quando persistem por mais tempo. Se você ou alguém que você conhece está sentindo um ou mais destes sintomas, é importante procurar um médico especializado o mais cedo possível!

Quais são as causas da gordura no fígado?

As principais causas da gordura do fígado são o excesso de consumo de bebidas alcoólicas, uma dieta muito rica em gorduras e o colesterol alto. A obesidade também é um grande fator de risco da doença, devendo sempre ser avaliada por um médico.

Qual é o tratamento para a doença?

Tudo vai depender do grau da doença que o paciente possui. Quando a esteatose hepática é leve, pode ser tratada com a prática constante de atividades físicas, a perda de peso e a implementação de uma dieta mais saudável e equilibrada. O paciente também precisa eliminar o consumo de álcool, para que seja possível ajudar o fígado a se recuperar do problema. O uso de medicamentos é controverso, mas só devem ser tomados de acordo com a indicação do médico especialista.

Por outro lado, quando os graus da doença já estão mais avançados, é comum que o paciente apresente também inflamações no órgão, capazes de alterar o fígado de forma definitiva e prejudicar seu bom funcionamento.

O tratamento também envolve cuidar de outros problemas que podem agravar a gordura no fígado: a diabetes, a pressão alta e o colesterol alto são exemplos dessas questões. É indicado, ainda,  que todas as pessoas tomem vacinas contra doenças hepáticas que podem prejudicar ainda mais o problema, como as hepatites. Em casos mais graves, o fígado pode evoluir com cirrose hepática e demandar o transplante do órgão para que a pessoa possa continuar tendo uma vida normal.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida e aguardo seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!

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O que você precisa saber sobre a vesícula biliar…

O que você precisa saber sobre a vesícula biliar…

Em geral, o indivíduo comum toma consciência da vesícula biliar quando ele ou uma pessoa próxima sofre algum tipo de infecção e a retirada do órgão é necessária. Do contrário, poucas pessoas o conhecem e sabem de suas reais funções no aparelho digestivo.

O procedimento cirúrgico, razoavelmente comum, é chamado de colecistectomia e consiste na retirada total da vesícula biliar doente. É comum que se diga que a vesícula é um órgão desnecessário, mas não é bem assim. Esse pequeno órgão faz muita diferença e vamos falar um pouco mais sobre isso…

A importância da vesícula biliar no aparelho digestivo

Localizada no lado direito do estômago e embaixo do fígado, a vesícula tem um aspecto de pera, porém bem pequena. Ela atua como uma espécie de saco recipiente, onde é armazenada a bile produzida pelo fígado.

A bile serve como uma espécie de detergente interno do corpo, um emulsificante de gordura, que quebra as células gordurosas. Entre as funções da vesícula está a liberação da bile pelo para o intestino delgado após as refeições, auxiliando no processo de digestão dos alimentos. Um desequilíbrio na eliminação, metabolização ou absorção dos componentes que formam a bile, faz com que surjam os cálculos (ou pedras) na vesícula biliar.

A existência de cálculos na vesícula é chamado de litíase biliar, sendo essas pedras compostas por cálcio e colesterol. Entre as complicações da pedra na vesícula, a mais comum é a colecistite, uma inflamação que causa dores muito fortes e agudas.

Quando existem sintomas relacionados ao cálculo biliar, tal como dor tipo cólica na região abaixo da costela do lado direito, ou complicações como a colecistite aguda, é indicada a retirada da vesícula, para evitar que ela cause maiores problemas no aparelho digestivo. A operação de retirada da vesícula também é aconselhada para as situações em que há presença de pólipos ou nódulos na vesícula biliar, além de câncer na região.

É importante acrescentar que a alimentação é uma das principais responsáveis pela saúde da vesícula biliar. Ingerir comidas com alto teor de gordura pode ser determinante para o surgimento de problemas no funcionamento do órgão.

Procedimento cirúrgico para retirada e tratamentos

As pedras na vesícula são mais comuns em mulheres, principalmente as que estão acima do peso e com colesterol alto. Essas questões também afetam quem já possui algum tipo de problema gastrointestinal.

Quando a vesícula começa a ter problemas, ela não apresenta sintomas. Somente em crises é que a dor forte e contínua aparece, com possíveis náuseas e vômitos. Pela proximidade com outros órgãos, as reações podem ser confundidas com problemas no estômago ou coluna.

O procedimento cirúrgico realizado é a colecistectomia laparoscópica (colecistectomia por vídeo), na qual são feitas pequenas incisões para o uso de uma câmera e de pinças para a cirurgia. Esse procedimento permite recuperação mais rápida no pós-operatório e menor cicatriz cirúrgica.

Após a retirada da vesícula, é preciso iniciar uma dieta saudável e variada, contendo pouca ou nenhuma gordura. Isso porque, com a ausência da vesícula no corpo, há uma maior dificuldade na digestão de alimentos, sobretudo aqueles ricos em gordura. No entanto, essa dificuldade é apenas transitória e após 15-30 dias da cirurgia o intestino já estará readaptado sem a vesícula biliar.

Quer saber mais?  Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!

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