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Carcinoma hepatocelular: saiba mais sobre a forma mais comum do câncer de fígado

Carcinoma hepatocelular: saiba mais sobre a forma mais comum do câncer de fígado

Carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma é o câncer primário que se desenvolve a partir da mutação genética de células do fígado. O hepatocarcinoma é bastante agressivo, apresentando elevada taxa de mortalidade. Por isso, é importante evitar o surgimento da doença, reduzindo os fatores de risco, entre os quais estão a cirrose hepática e as hepatites B e C.

Causas do carcinoma hepatocelular

O hepatocarcinoma resulta da mutação genética dos hepatócitos, células do fígado. O tumor pode se desenvolver devido à ação do vírus da hepatite B, que ataca as células do fígado, ou ser uma consequência de erros no processo de multiplicação celular, o qual é uma reação do fígado contra os danos causados por hepatites.

Quando surgem os sintomas característicos do carcinoma hepatocelular, o tempo de vida do paciente é curto, pois os tratamentos existentes não apresentam resultados satisfatórios. Por esta razão, a melhor estratégia contra o hepatocarcinoma é a prevenção dos fatores de risco.

A massificação da vacina contra a hepatite B, na maior parte das nações que apresentavam índices elevados de câncer de fígado, surtiu efeito positivo: a quantidade de casos da doença, relacionada à hepatite B, está diminuindo. No entanto, a cirrose hepática em decorrência de outras agressões como a hepatite C e a esteato-hepatite não alcoólica  ainda se mantêm em níveis elevados.

Sintomas do carcinoma hepatocelular

No estágio inicial, os sintomas não são específicos, o que acaba retardando o diagnóstico. Quando surgem os sinais mais evidentes, a doença já está em estágio avançado. Nesta fase, os sintomas do carcinoma hepatocelular são:

• Ascite (barriga d´água);

• Peritonite (infecção do peritônio);

• Icterícia (pele e olhos amarelados);

• Tumor palpável na região abdominal;

• Encefalopatia hepática;

• Hemorragia digestiva;

• Perda do apetite.

Diagnóstico do carcinoma hepatocelular

O diagnóstico do carcinoma hepatocelular é realizado através de exames de sangue, que avaliam as funções hepáticas e marcadores tumorais; exames de imagem como a tomografia computadorizada e ressonância magnética, os quais são mais eficazes na detecção de lesões e diferenciação entre tumores benignos e malignos.

A ultrassonografia é outro recurso que pode ser usado no rastreamento de um nódulo no paciente com cirrose, porém a eficácia dessa análise depende da qualificação e experiência do médico para identificar tumores no fígado.

Tratamento do carcinoma hepatocelular

O transplante de fígado é a solução mais eficaz para o paciente acometido pelo hepatocarcinoma. Quando isso não é possível, a alternativa é a realização da hepatectomia, procedimento cirúrgico para remover a parte do fígado onde o tumor está localizado, desde que o paciente reúna condições clínicas para este tratamento.

Existem outras opções não cirúrgicas, embora não tenham a mesma eficácia do transplante ou da hepatectomia. É o caso do tratamento percutâneo, que compreende a aplicação de uma injeção de etanol, diretamente no tumor. Nesse procedimento, o ultrassom guia a introdução da agulha até o ponto central do hepatocarcinoma. Outra abordagem é através da quimioembolização, que é a aplicação de medicamentos quimioterápicos e o bloqueio de ramos arteriais que levam sangue ao tumor. Há ainda a radiofrequência, aplicada no centro do tumor.

Essas opções podem ser usadas como parte da estratégia de tratamento através do transplante hepático ou da hepatectomia. Outras vezes, são opções disponíveis quando o paciente não pode ou, por razões pessoais, não deseja fazer a cirurgia.

Para reduzir os riscos do carcinoma hepatocelular, é importante prevenir as hepatites, através da vacinação e sexo seguro, buscar tratamento para o alcoolismo e obesidade e fazer os exames médicos de rotina, pelo menos uma vez ao ano.

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Metástase hepática: quais são os tratamentos indicados?

Metástase hepática: quais são os tratamentos indicados?

Uma vez que um tumor no fígado é detectado, determinando-se também se é primário ou secundário, tem início o tratamento adequado do paciente, conforme a sua idade e também o estágio da doença que o acomete. Nesse cenário, a metástase hepática acontece quando um tumor se espalha para o fígado, sendo originado em qualquer outro órgão.

As metástases hepáticas, portanto, são diferentes dos tumores primários. Deve-se ter em mente que um tumor com metástase hepática trata-se de uma doença que pode ter se disseminado para outros órgãos e, por isso, a avaliação deve ser cuidadosa para saber a real extensão da doença.

Nesses casos, as possibilidades de cura do paciente diminuem, mas ainda são possíveis. É fundamental a avaliação por uma equipe especializada e multidisciplinar para que o tratamento seja realizado com sucesso!

 

Como funciona o tratamento da metástase hepática?

A metástase hepática pode ser tratada por meio de terapia sistêmica, que consiste na utilização de terapia hormonal, quimioterapia e ou terapia biológica; ou ainda terapia local como cirurgia, radioterapia e outros. É importante destacar que o tratamento deve levar em consideração o tipo de tumor, seu tamanho, sua localização e a quantidade de cânceres metastáticos; a idade e a saúde do paciente, além dos demais tratamentos que o paciente já experimentou.

A quimioterapia, através de medicamentos via oral ou por método intravenoso, tem a intenção de inibir, destruir e controlar o crescimento das células do tumor. Pode ser aplicada antes ou depois da cirurgia.

A imunoterapia é um tratamento que faz uso de anticorpos e vacinas. Tais agentes restauram o sistema imunológico do corpo no combate ao câncer. Também é indicada sempre que há necessidade de reduzir os efeitos colaterais de outros tratamentos.

A hormonoterapia atua diretamente contra os hormônios que favorecem o crescimento do tumor. A intenção é ajudar todo o tratamento as fazer efeito.

E quais são as terapias localizadas?

A primeira é a cirurgia, indicada sempre quando o tumor encontra-se em estágio inicial, na qual a retirada da parte afetada do órgão se torna mais fácil. Há, ainda, os casos nos quais um transplante de fígado se torna a opção mais recomendada. Essa opção, de acordo com a legislação brasileira, somente é permitida para as metástases de tumores neuroendócrinos irressecáveis e limitadas somente ao fígado.

A segunda terapia localizada é a radioterapia, que usa radiação ionizante diretamente no tumor. É indicada quando o câncer não pode ser extraído com a cirurgia.

Por último, em casos de lesões pequenas naqueles pacientes com contra-indicação à cirurgia (por alguma questão técnica ou condição clínica) vem crescendo o uso da radiofreqüência que atua “queimando” a lesão metastática através de uma agulha específica. Essa terapia pode, inclusive, ser combinada com o procedimento cirúrgico em alguns casos específicos.

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Como funciona a cirurgia videolaparoscópica?

Como funciona a cirurgia videolaparoscópica?

Atualmente, os profissionais da área médica vêm apostando em técnicas cada vez menos invasivas para a realização de cirurgias. A preocupação não existe apenas para reduzir os efeitos colaterais, mas também está relacionada à exploração mais profunda da região operada. Por esse motivo, a cirurgia videolaparoscópica vem se tornando uma tendência crescente ao promover maior eficiência no tratamento de doenças mais complexas.

Voltada tanto para a fase de diagnóstico/biópsia quanto para o próprio tratamento, a cirurgia é uma medida sem restrições de público. Crianças, adultos e idosos podem ser submetidas ao procedimento e ter o máximo de aproveitamento da técnica.

Afinal, como funciona a cirurgia videolaparoscópica?

O maior enfoque prezado por esse tipo de cirurgia é evitar o máximo de intervenções que prejudiquem o corpo humano, a exemplo de cortes, incisões e suturas. Como o nome já diz, o procedimento é visualizado do início ao fim pelo cirurgião, a fim de prevenir possíveis complicações durante a realização.

Para cada doença a ser tratada, o número de furos realizados pode ser maior ou menor. Em geral, o cirurgião faz uma média de 4 a 6 furos pequenos na região a ser operada. Esses furos servem como passagem para uma microcâmera dotada de fonte de luz, detalhando o caminho e a área visada. É através desses pequenos furos que os instrumentos também são introduzidos para corte ou remoção do órgão afetado.

É interessante acrescentar que essa  microcâmera exibe a região operada de forma detalhada, sendo que tudo é observado pelo cirurgião por uma tela. A partir daí, a equipe médica confere o local exato a ser tratado sem que outras partes sejam atingidas acidentalmente.

Embora se trate de uma metodologia que não causa complicações graves, a anestesia deve ser geral para que o paciente não sinta qualquer tipo de incômodo. Normalmente, o indivíduo submetido a uma cirurgia videolaparoscópica permanece internado por pelo menos um dia para recuperação total.

Tipos de cirurgia videolaparoscópica

Muitos médicos têm optado pelo procedimento em questão por conta da possibilidade de não realizar cortes abertos no corpo. Em locais como o sistema reprodutivo e órgãos inflamados (como a vesícula e o apêndice), o método de videolaparoscopia é bastante recomendado.

Cirurgias bariátricas, tratamento contra hérnias inguinais e de hiato, cirurgias contra câncer de cólon de útero e retirada de tumores são alguns dos tratamentos que começaram a adotar a videolaparoscopia como um recurso essencial.

A recuperação, em todos os casos, é bem mais rápida do que no caso de uma cirurgia convencional, oferecendo inúmeros benefícios para o paciente. Normalmente, um dia é o tempo médio para que o indivíduo já alcance uma reabilitação considerável.

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Você sabe o que é um nódulo hepático?

Você sabe o que é um nódulo hepático?

Qualquer tecido ou órgão do corpo humano pode desenvolver algum tipo de formação irregular. Geralmente presentes na superfície dessas regiões, essas formações podem ser benignas ou malignas. Uma delas é conhecida como “nódulo”, ocorrendo em áreas suscetíveis como o fígado. Nesse caso, essa massa é denominada de “nódulo hepático”, e pode ou não indicar um problema.

Vale notar que esse nódulo pode aparecer como lesão única ou como várias formações espalhadas pelo órgão. De formato arredondado e com estrutura irregular, conta também com variações de tamanho a depender de cada caso.

Por que o nódulo hepático surge?

Por se tratar de uma anomalia, esse tipo de massa passa por um diagnóstico bem específico. Exames de sangue e de imagem, sobretudo as ressonâncias magnéticas, são recursos que ajudam os médicos a identificarem a natureza do nódulo, assim como sua localização anatômica e possibilidades de tratamento, quando necessário.

Contudo, nem sempre a causa está no próprio fígado. Em determinadas situações, o problema se originou em outros órgãos e se alastrou até chegar ao fígado, ocasionando assim o nódulo. Alguns transtornos em vasos sanguíneos também podem motivar o aparecimento da formação irregular, mas nem todos os casos representam uma preocupação clínica. Os vasos podem ser malformados e com o tempo se dissolverem ou se regenerarem.

Vale notar que a principal causa dessa questão hepática está relacionada a hábitos nocivos do dia a dia, tais como fumo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o acúmulo de gorduras no sangue através da má alimentação, entre outras situações. Também podem estar associados ao uso de medicação, mais especificamente o uso de anticoncepcionais pelas mulheres.

Sintomas do nódulo

Como a maioria dos nódulos é de natureza benigna, eles geralmente não causam sintomas ou efeitos colaterais. Porém, é importante se atentar ao seu tamanho, que pode provocar dores (moderadas ou intensas) na região abdominal ou lombar. Através de um ultrassom (primeiro exame de imagem normalmente solicitado), o médico poderá fazer uma avaliação inicial quanto ao tamanho, natureza e correlação com as queixas do paciente.

Caso se trate de um nódulo maligno, é possível que o indivíduo apresente alguns sintomas associados como perda de apetite, emagrecimento ou febre. Por vezes, podem indicar um tumor primário do fígado ou uma metástase hepática. Nesse ultimo caso, muitas das vezes o paciente já tem um histórico de tratamento de câncer em outro órgão e o nódulo provavelmente está relacionado ao problema que surgiu em outro órgão e que afetou o fígado.

Tipos de nódulo hepático benigno

Existem três tipos principais: o hemangioma, hiperplasia nodular focal e o adenoma hepático. O hemangioma é o mais comum e se origina nos vasos sanguíneos. Já a hiperplasia nodular focal, por sua vez, surge por conta da proliferação de células ao redor de um vaso. Embora não haja uma comprovação científica inquestionável, acredita-se que o uso de contraceptivos hormonais possa aumentar sua incidência, que é maior em mulheres jovens. Por último o adenoma hepático é o que demanda maior cuidado na avaliação pois há indicação de tratamento quando ele ocorre em homens ou quando apresenta tamanho superior a 4 centímetros na mulher devido ao risco de sangramento e/ou transformação numa doença maligna. Esses nódulos estão associados ao uso de contraceptivos orais e podem regredir quando o uso dessa medicação é interrompida.

Em todos os casos, os nódulos podem ser assintomáticos ou não. O importante é ter em mente que requerem um acompanhamento médico preciso e contínuo.

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Cálculo biliar – Causas, sintomas e tratamento

Cálculo biliar – Causas, sintomas e tratamento

O cálculo biliar, condição também conhecida como cálculo de vesícula, pedra na vesícula ou coletitíase, é relativamente comum e pode acometer indivíduos de todas as faixas etárias.

Os cálculos biliares consistem em “depósitos” consistentes e rijos, com tamanhos que podem variar entre um pequeno grão de arroz e uma bolinha de golfe. Eles se formam no interior da vesícula biliar, um pequeno órgão do sistema digestivo responsável pela produção e armazenamento de bile.

Alguns indivíduos desenvolvem um único cálculo biliar, enquanto outros podem desenvolvê-los em maior variedade.

Os cálculos biliares podem ser classificados em dois tipos:

1. De colesterol: manifestação mais comum da condição, o cálculo biliar aqui é amarelado e formado, especialmente, por colesterol que não tenha sido dissolvido pela vesícula;

2. Pigmentados: os cálculos neste caso são pretos ou marrons, e se formam quando a bile do indivíduo está com alta concentração de bilirrubina. A bilirrubina é uma substância formada a partir da quebra das hemácias no interior da corrente sanguínea.

A seguir, confira quais são as causas, os sintomas e os tratamentos para pedra na vesícula.

Quais são as causas de cálculo biliar?

Não há consenso na comunidade médica acerca das razões que levam ao surgimento de pedras na vesícula. Porém, ela geralmente se manifesta quando há concentração elevada da bile na vesícula.

O desequilíbrio entre o colesterol e os solubilizantes do mesmo em nosso organismo também pode levar ao aparecimento da condição. Isso ocorre, por sua vez, quando há menor quantia destas substâncias na bile, ou quando os níveis de colesterol estão muito altos.

Já os principais fatores de risco atrelados a doença são:

  • Gênero feminino;
  • Obesidade ou IMC alto;
  • Idade superior a 60 anos;
  • Gravidez;
  • Dieta pobre em fibras e rica em gorduras trans e saturadas;
  • Diabetes ou colesterol alto;
  • Histórico na família;
  • Uso de medicamentos para diminuição do colesterol ou remédios com estrogênio;
  • Hemólise crônica (quando o organismo destrói suas próprias hemácias).

Sinais e sintomas da condição

É muito comum que o cálculo biliar simplesmente não manifeste nenhum sinal de que está por lá. Porém, pedras maiores podem levar a desconforto e a sintomas similares a cólica no abdômen, além de outros sinais, tais como:

  • Dor aguda no abdômen, que eventualmente, pode atingir também a coluna;
  • Dores no abdômen após as refeições;
  • Amarelamento da parte interna do olho e da pele como um todo;
  • Febre;
  • Inchaço no abdômen;
  • Fezes mais claras do que o comum;
  • Vômitos e enjoos frequentes.

Há tratamento?

Sim. Porém, pedras na vesícula que não apresentam sintomas ou sinais, tais como aqueles apenas detectados em exames de rotina, não necessariamente precisam ser removidas.

Porém, caso haja sintomas ou possibilidade de complicações, a pedra na vesícula pode ser tratada via procedimento cirúrgico (pela colecistectomia), através de uma cirurgia minimamente invasiva. É o que popularmente chamamos de cirurgia da vesícula, ou cirurgia de retirada da vesícula.

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Tudo que você precisa saber sobre o colangiocarcinoma

Tudo que você precisa saber sobre o colangiocarcinoma

Existem vários tipos de câncer. Alguns são mais comuns e outros são mais raros. Quanto mais raros forem, mais graves são seus sintomas e quadro clínico. Na lista dessas doenças mais delicadas se encontra o colangiocarcinoma, que é o câncer nas vias biliares. Alguns podem até estranhar o grau de seriedade do câncer nas vias biliares, mas a doença nesse caso costuma ser ainda mais grave.

Por ter essa complexidade mais delicada, a incidência de tumores nos ductos biliares se torna uma preocupação mais intensa pela classe médica. Isso porque a probabilidade de metástase ou invasão local de estruturas vitais pelo tumor pode ser mais forte e mais rápida do que outros tipos de câncer e essa ocorrência costuma afetar o corpo de diversas formas.

A causa do colangiocarcinoma

Embora a identificação do problema não seja tão exata, a causa mais apontada pelos médicos se dá por conta de problemas que agridem as células dos ductos biliares. A princípio, o tumor pode ser um adenocarcinoma, mas que pode apresentar outra linhagem histológica.

O colangiocarcinoma pode ter característica nodular, difusa ou papilar dependendo de alguns aspectos. O que os médicos apontam é que o câncer nas vias biliares quase sempre surge em decorrência de outra doença ou fator de risco. Enfermidades como a colangite esclerosante e úlceras originadas em outros canais podem acometer o corpo com um tumor que pode se espalhar de modo devagar ou rápido. E dependendo da gravidade, os tumores podem acometer também o pâncreas ou vasos sangüíneos localizados próximos ao fígado.

Prurido, dores abdominais, fezes brancas, coceira intensa e perda de peso repentina são os principais sintomas da doença. No entanto, a icterícia é o sintoma mais forte do problema e é um sinal de que o caso precisa ser tratado com urgência.

Tratamento

Por ser um tipo de câncer raro, o paciente pode ser submetido a processos terapêuticos mais específicos para não ampliar o grau de agressividade da doença. O diagnóstico é 100% ambulatorial e métodos como ultrassons e ressonâncias são usados para notar a complexidade do tumor e sua ocorrência em outros possíveis locais, se houver.

O principal tratamento, e único com potencial de cura, é a cirurgia para retirada do tumor. A cirurgia pode envolver apenas as vias biliares ou englobar também a cirurgia do fígado (hepatectomia) ou cirurgia do pâncreas (pancreatectomia ou duodenopancreatectomia) dependendo da localização do colangiocarcionoma. Além disso, o tratamento do colangiocarcinoma pode envolver quimioterapia e radioterapia.

Contudo, outros tipos de tratamento podem estar incluídos. Uma delas é a quimioembolização para prender um medicamento no tumor que irá destruí-lo por dentro ao mesmo tempo que se interrompe o fluxo sanguíneo no vaso que nutre o tumor. No entanto, o hepatologista precisa verificar se o corpo consegue aguentar o processo completo sem sofrer qualquer tipo de efeito colateral. O importante é destruir as células anormais mas com segurança para o paciente.

Responsável por 5% das mortes de câncer no mundo, o colangiocarcinoma é um dos cânceres mais raros que existem. E por ser raro, seu tratamento é mais específico. Saiba mais clicando aqui.

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Você sabe o que é a hiperplasia nodular focal?

Você sabe o que é a hiperplasia nodular focal?

Os tumores benignos encontrados no fígado, apesar de não representarem uma condição grave (como um câncer), devem ser acompanhados de modo a evitar complicações. Neste artigo, trouxemos tudo sobre uma de suas mais comuns manifestações, a hiperplasia nodular focal.

O que é hiperplasia nodular focal?

A hiperplasia nodular focal, conhecida popularmente apenas pela sigla HNF, consiste em um tumor hepático benigno.

Ele representa o segundo caso mais comum de tumor benigno do fígado, ficando atrás apenas dos hemangiomas. Depois deste, a HNF aparece, em média, 65 a 85% dos tumores benignos que afetam o fígado.

Em grande parte dos casos de sua manifestação, a hiperplasia nodular focal não exige tratamento. Vale ainda destacar que ela costuma ser diagnosticada em exames rotineiros e não consiste em uma lesão que posteriormente pode se transformar em um cancro (câncer) maligno.

Qual é a causa para o surgimento da hiperplasia nodular focal?

A HNF não possui causas bem esclarecidas na comunidade médica, porém, há o consenso entre profissionais e cientistas de que ela suja a partir de más formações vasculares, que aumentam o fluxo local de circulação sanguínea. Com o fluxo sanguíneo aumentado, as hiperplasias, células presentes no fígado, se multiplicam e geram o tumor.

Não há evidências sobre o tipo de estímulo que pode levar o indivíduo a desenvolver hiperplasia nodular focal, apesar de ela ser mais comum no público feminino do que no masculino. Estima-se que 8 a 9 mulheres desenvolvem o tumor benigno para cada 1 homem.
Sendo assim, considerando apenas aqueles que a desenvolvem, ela está 90% mais propícia para mulheres do que para homens.

Além disso, as mulheres com idade entre 20 a 50 anos (coincidentemente, no período fértil) também são as mais afetadas pela condição, apesar de não haver qualquer tipo de conclusão ou evidência sobre a relação entre o tumor e o consumo de anticoncepcionais ou ações naturais dos hormônios.

Sendo assim, ser mulher e estar na idade fértil podem ser considerados fatores de risco para o desenvolvimento da condição.

Quais são os sintomas da condição?

Na grande maioria das vezes o tumor HNF é descoberto ao acaso, especialmente em meio a baterias de exames de rotina. Isso se dá uma vez que a condição quase nunca apresenta sintomas.

Raramente, dores podem surgir na região do fígado quando hemorragias ou rupturas ocorrem no interior do cisco. Tumoração no órgão também pode ser notada.

A lesão, por sua vez, dificilmente ultrapassa 5 centímetros de tamanho. Ela costuma ser caracterizada por uma cicatriz fibrosa que fica centralizada na lesão, além de vasos de artérias grandes e espessos que se estendem de modo radial do centro aos cantos, sendo estes acompanhados por ductos biliares.

Quando localizada no lobo esquerdo do fígado e com tamanho grande, pode causar compressão sobre o estômago e dificuldades na alimentação e sensação de plenitude. Entretanto, essa também é uma condição rara.

O diagnóstico é realizado por meio de exames de imagens, sobretudo a tomografias computadorizadas. Também é possível identificá-la (com 98% de garantia) em ressonâncias magnéticas do fígado.

Agora você já sabe o que é hiperplasia nodular focal. Quer saber mais? Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro.

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Entenda mais sobre o adenoma hepático

Entenda mais sobre o adenoma hepático

Quando falamos do sistema digestivo, o fígado pode ser considerado um dos órgãos mais importantes, uma vez que sua principal função é basicamente metabolizar e armazenar os nutrientes para que o corpo possa absorvê-los. No entanto, assim como qualquer outro órgão, está sujeito ao surgimento de diversas condições. Dentre elas, aqui vamos abordar uma específica: o adenoma hepático. No que exatamente essa condição consiste? Acompanhe esse texto para entender mais sobre este problema.

O que é o adenoma hepático?

O adenoma hepático é um tipo de tumor benigno que pode surgir no fígado. De maneira geral, ele é dividido em dois principais subtipos: o que surge no canal biliar e o que surge nas células hepáticas. No primeiro caso, trata-se de tumores que não possuem interesse clínico, pois não apresentam risco para o paciente. Já no segundo caso, o acompanhamento médico é fundamental.

Isso porque possuem tamanho e número variáveis, podendo atingir até 15 cm de diâmetro e ser apenas um – cerca de 70% a 80% dos casos –  ou múltiplos tumores. Vale ressaltar que não se deve confundir o adenoma hepático com câncer, uma vez que são tumores benignos. No entanto, em alguns casos eles devem ser tratados, uma vez que podem causar hemorragia e se transformarem em tumores malignos dependendo do tamanho do adenoma e se ele ocorre em homens ou mulheres.

Em qual subgrupo há maior predominância?

A maioria dos casos, mais especificamente 90% deles, é manifestada em mulheres com idade entre 30 a 50 anos. Isso porque uma das principais causas das lesões inclui o uso de contraceptivos orais. No entanto, existem outros fatores de risco, como a diabetes e uso de esteroides. É importante destacar que mulheres grávidas tendem a apresentar um agravamento dos sintomas da doença.

Como é feito o diagnóstico do adenoma hepático?

A primeira coisa a se ter em mente é que se trata de uma doença assintomática, fazendo com que as pessoas atingidas só procurem um médico quando sentem dores no lado direito do abdômen. Algumas vezes o adenoma hepático é descoberto em exames realizados de rotina, solicitados pelo médico do paciente com intuito de realizar um check-up ou investigando queixas em outro ponto do abdômen.

Para detectar um tumor, o método inicial é a ecografia, mas existem outras opções, a exemplo da ressonância magnética nuclear e da tomografia computadorizada que são realizadas durante a investigação diagnóstica. Outros exames mais simples, como o de sangue, podem ser realizados para detectar alterações nos níveis de colestase, transaminases e mesmo anemia, que podem ajudar indiretamente na avaliação e acompanhamento.

Tratamento

Existem diversas alternativas para a realização do tratamento, que dependem muito do estado do paciente. A maioria demandará apenas acompanhamento por um especialista mas, em casos específicos, pode ser necessário a retirada através de cirurgia do fígado. Dependendo do caso, pode ser feita uma cirurgia minimamente invasiva para a retirada do tumor.  A embolização arterial pode ser uma solução temporária para evitar hemorragias em tumores grandes ou naqueles com sangramento ativo. Em caso de pacientes que apresentem diversos tumores de adenoma hepático ou que apresentem somente um tumor que não pode ser removido cirurgicamente, um transplante de fígado é a melhor alternativa.

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Você sabe o que é a hérnia incisional?  

Você sabe o que é a hérnia incisional?  

Quando o abdômen é submetido a uma cirurgia, é essencial que haja o fechamento do corte na região tratada. No entanto, é comum que a parede abdominal apresente uma certa fraqueza no local próximo a cicatriz do procedimento. Essa fraqueza se alarga e resulta em uma hérnia incisional, que pode ou não vir acompanhada de dor abdominal.

Muitas pessoas acreditam que esse tipo de hérnia ocorre em decorrência de uma musculatura mais frágil ou fraca. No entanto, embora o problema seja de fato mais comum em indivíduos que não contam com um abdômen fortalecido (caso de pessoas obesas e fumantes, por exemplo), ele também pode se desenvolver em musculaturas resistentes e fortificadas.

Tenho hérnia incisional. Por quê?

Como já foi dito, esse tipo de hérnia pode acontecer com qualquer pessoa que foi submetida a uma cirurgia. Porém, quem luta contra a obesidade e o tabagismo apresenta maiores indícios de desenvolver uma hérnia incisional.

Há causas “internas” e “externas” para a patologia. Em se tratando de classificações “internas”, pessoas que possuem certa deficiência nutritiva ou estão com alguma doença consumptiva podem ter uma hérnia desse tipo após uma cirurgia abdominal.

Já nas causas “externas”, os motivos podem ser vários, e são especialmente relacionados à cirurgia em si. Às vezes, a falta de um fechamento apropriado na região operada pode ser a principal causa, principalmente quando a cirurgia também deixa espaço para infecções e outros tipos severos de contaminação.

Outro motivo está relacionado à falta de repouso adequado após os procedimentos cirúrgicos. Há pessoas que não respeitam o período de tempo que deve ser dedicado ao descanso, supondo que o abdômen já suporta esforços físicos mais fortes. Por conta disso, essa “rasgadura” próxima à cicatriz vai se expandindo e surge uma hérnia incisional.

Complicações da hérnia

Na maioria dos casos, esse tipo de hérnia não vem acompanhado de dor.  Assim, muitas pessoas cometem o erro de realizar esforços físicos muito pouco tempo depois da realização da cirurgia. E é aí que surgem as complicações.

Caso não haja um tratamento adequado, a hérnia pode ficar presa ou ser “estrangulada”, fazendo com que seja impossível rearranjá-la dentro da área abdominal. Nesse caso, a dor pode surgir e o intestino corre o risco de sofrer uma isquemia.

E o tratamento?

A única forma de tratar a hérnia incisional é através de uma outra cirurgia. Porém, o método pode ser diferente a depender do tamanho e da capacidade de correção. No caso dos idosos, por exemplo, a correção é mais difícil por conta da fragilidade do corpo que poderá comprometer a pressão intra-abdominal e afetar também a respiração.

Se o paciente for mais jovem, o cirurgião poderá usar um dos dois tipos de procedimento: cirurgia aberta ou laparoscopia. A cirurgia aberta é o método mais tradicional e consiste na recolocação da hérnia no devido espaço abdominal. Já no caso da laparoscopia, além de resolver o problema da hérnia, o cirurgião também adota uma técnica menos invasiva.

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Hepatite C: causas, sintomas e tratamento

Hepatite C: causas, sintomas e tratamento

A hepatite C consiste em uma doença viral que afeta mais de 1,5 milhão de brasileiros. Apesar de raramente apresentar sintomas, ela é a principal responsável pela inflamação do fígado, por 40% dos casos nacionais de cirrose e 70% dos casos de hepatites crônicas.

Na grande maioria dos casos, indivíduos com hepatite C apenas descobrem a inflamação após exames de rotina, doações de sangue ou no diagnóstico de outras doenças no fígado.

A hepatite C está entre os três principais tipos de hepatite, sendo considerada o tipo mais grave da doença.

A seguir, confira mais sobre as causas, sintomas e tratamentos da patologia!

Causas e fatores de risco relacionados à doença

A doença é causada pelo vírus C. Sua transmissão ocorre pelo contato do paciente com sangue contaminado (seja por meio de acidentes, transfusões sanguíneas ou uso de drogas injetáveis).

Não há comprovação científica de que haja transmissão por meio de relações sexuais, mas admite-se que possa haver a transmissão pelo contato sexual em alguns casos. De mãe para filho, a transmissão é rara, ocorrendo no parto em cerca de 5% dos casos.

Algumas condições que podem favorecer a contaminação com o vírus, por sua vez, são as seguintes:

  • Ficar em diálise renal por longos períodos;
  • Transfusões sanguíneas antes de 1992 (quando o procedimento contava com maior risco de contaminação);
  • Compartilhar agulhas ou injetar drogas com indivíduos contaminados pela doença;
  • Ter contato direto e regular com substâncias sanguíneas (como é o que acontece com profissionais da saúde, por exemplo);
  • Fazer procedimentos de acupuntura ou tatuagens com agulhas contaminadas;
  • Receber órgãos ou sangue de doadores infectados pela doença.

Hepatite C: possíveis sintomas

A hepatite C pode se manifestar no organismo de duas formas: crônica ou aguda.

Na infecção crônica, os sintomas são praticamente inexistentes. Já na infecção aguda, ou seja, súbita, eles podem ser:

  • Comum perda de apetite;
  • Dor e/ou inchaço na região abdominal;
  • Febre;
  • Sangramento estomacal ou no esôfago;
  • Urina escura;
  • Fadiga ou cansaço frequentes;
  • Vômitos e enjoos;
  • Coceira em diferentes partes do corpo;
  • Olhos amarelados.

Tratamentos para a hepatite C

Felizmente, a hepatite C é uma condição que nem sempre precisa ser tratada.

O tratamento costuma ser exigido somente nos casos em que a doença pode levar a futuras complicações. Nessas situações, a hepatite C é tratada pela ingestão de remédios antivirais por longas semanas, até que haja a eliminação por completo do vírus do organismo do paciente.

Esses medicamentos costumam causar variados efeitos colaterais, tais como fortes dores de cabeça, dores musculares, depressão, febre e perda de apetite.

Se o fígado estiver comprometido pela ação do vírus, o transplante hepático também pode se tornar uma opção.

 

Agora você já conhece mais sobre a hepatite C, assim como suas características, sintomas, causas e métodos de tratamento. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo e hepatobiliar no Rio de Janeiro!

Posted by Dr. Douglas Bastos in Todos, 0 comments