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Apendicite: diagnóstico e tratamento

Apendicite: diagnóstico e tratamento

Se você fizer uma busca na internet talvez você encontre mais resultados sobre apendicite, suas causas e tratamentos, do que do próprio órgão, o apêndice. Não é para menos, esse pequeno tubo ligado à primeira parte do intestino grosso é tão discreto que até hoje é alvo de estudos e algumas teorias sobre suas reais funções. Uma dessas teorias, inclusive, diz que o apêndice é um traço da evolução humana e que hoje não tem mais tantas funções para o nosso corpo. No entanto, se esse apêndice inflamar pode causar uma dor forte devido à apendicite.

O que é apendicite?

É a inflamação do apêndice. Ela pode ser causada por obstrução desse órgão. Por ser um órgão muito pequeno, o apêndice pode se inflamar com facilidade, por isso esse diagnóstico é comum.

Sintomas

Estima-se que 1 a cada 13 pessoas desenvolva a apendicite ao longo da vida. Ela pode surgir em qualquer idade e não é possível prevenir, mas alguns sintomas podem facilitar o diagnóstico.

O principal deles é mesmo a dor aguda, ou seja, de início repentino, na região da barriga. Obviamente, nem toda dor na região abdominal é um problema grave, mas em caso de uma dor aguda generalizada na barriga ou localizada no lado direito inferior, vale a pena procurar atendimento médico. Há outros sintomas que podem acompanhar a dor e que você também você deve ficar atento caso aconteça como prisão de ventre, inchaço, náuseas e vômitos.

Tratamento

O tratamento da apendicite é a cirurgia para retirada do apêndice, a apendicectomia. A apendicectomia por videolaparoscopia é o método de escolha por ser menos invasivo e permitir recuperação mais rápida. O tempo de internação é pequeno, varia de 1 a 2 dias. Durante um período de 3 meses é indicado que ele evite qualquer tipo de atividade física. Outra grande vantagem da retirada do apêndice é ter a certeza que, após isso, a apendicite nunca mais será um problema.

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Câncer colorretal: Principais causas e tratamentos

Câncer colorretal: Principais causas e tratamentos

O câncer colorretal atinge duas porções do intestino grosso. Na maioria das vezes, desenvolve-se a partir de pólipos que crescem no cólon e no reto. Como o crescimento dos pólipos é lento, é possível tratá-los antes que evoluam para o câncer. O diagnóstico é realizado através de um exame denominado colonoscopia.

A prevenção dessa doença está associada a hábitos de vida mais saudáveis, a começar pela alimentação rica em fibras, e exames médicos periódicos, quando há casos de câncer colorretal na família e para quem tem 50 anos de idade ou mais.

Fatores de risco do câncer colorretal

  • Existência de pólipos no cólon e reto
  • Idade superior a 50 anos
  • Dieta rica em gorduras, carne vermelha, embutidos
  • Sedentarismo e obesidade
  • Alcoolismo e tabagismo
  • Doenças no intestino
  • Histórico familiar de câncer colorretal
  • Polipose adenomatosa familiar

Sintomas de câncer colorretal

Alguns sintomas do câncer colorretal também estão relacionados a outros tipos de doenças. Por isso, é fundamental buscar ajuda médica o mais cedo possível, para obter um diagnóstico preciso sobre a causa de sintomas como:

  • Sangramento na evacuação
  • Fezes mais escuras, pastosas e fétidas
  • Intestino preso ou diarreias frequentes
  • Vontade de evacuar continuamente
  • Dor na região do ânus
  • Cólicas e aumento dos gases
  • Anemia, fraqueza e emagrecimento repentino

Diagnóstico e tratamento do câncer colorretal

O primeiro exame a ser realizado é a colonoscopia. Havendo suspeita de câncer colorretal, durante a colonoscopia serão coletadas amostras de tecidos para biópsia. Quando o médico identifica os pólipos ou tumores em estágio inicial, o tratamento é menos agressivo. Eles podem ser removidos, durante a colonoscopia ou através de ressecção cirúrgica de tumores menores.

Se os tumores já estiverem muito desenvolvidos, o paciente será submetido a uma cirurgia mais complexa, que pode ser feita pelo método tradicional ou por videolaparoscopia. Alguns centros hospitalares mais avançados disponibilizam a cirurgia robótica. A laparoscopia e a cirurgia robótica são métodos que reduzem os riscos de hemorragia, infecções e proporcionam um pós-operatório mais tranquilo.

Além da cirurgia, podem ser necessárias sessões de radioterapia e quimioterapia, antes e após o procedimento cirúrgico em alguns casos. Isso ocorre na dependência da localização e do estágio em que o câncer foi diagnosticado. Esses procedimentos são necessários para reduzir o tumor, antes da operação, e eliminar células cancerígenas que tenham migrado para outras partes do corpo.

Prevenção do câncer colorretal

O primeiro cuidado é com a alimentação, que deve ser rica em fibras e isenta de embutidos e outros alimentos processados. Além disso, também é importante reduzir o consumo de carnes vermelhas. Recomendamos incluir mais frutas, verduras, legumes, grãos integrais e peixes no cardápio. Alcoolismo, tabagismo e obesidade são doenças que devem ser tratadas com a ajuda de especialistas.

O check-up médico anual é outra medida preventiva para o câncer colorretal e outras doenças. A colonoscopia é um exame que possibilita identificar o crescimento de pólipos no cólon e no reto ou tumores em estágio inicial. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento dessa doença. Quem tem histórico familiar de câncer colorretal deve iniciar a prevenção antes dos 50 anos. Se não for o caso, o rastreamento pode ser iniciado após os 50 anos, sendo repetido conforme a recomendação médica que se baseará nos achados do último exame de colonoscopia e história familiar de cada indivíduo.

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Cálculo biliar: o que é e como tratar

Cálculo biliar: o que é e como tratar

Você sabe o que é o cálculo biliar? Consiste na formação de cálculo no interior da vesícula biliar, órgão que está localizado na região do fígado e que tem como objetivo armazenar a bile, formada por vários tipos de substâncias, por exemplo, o colesterol. A condição é mais conhecida como pedra na vesícula.

Cálculo biliar: tipos

Substâncias como bilirrubina, sais biliares e colesterol fazem parte da bile. O cálculo pode ser formado pelos elementos descritos a seguir.

Colesterol: é o tipo mais comum e que, geralmente, aparece na cor amarela. É formado por, principalmente, colesterol que ainda não foi dissolvido pelo organismo.

Pigmentados: normalmente esse cálculo aparece marrom ou preto e surge quando existe excesso de bilirrubina na bile.

Os cálculos podem aparecer de vários tamanhos e quantidades ou apenas um. Podem provocar dores, porque podem ficar presos no duto biliar, impedindo a bile de chegar ao intestino. A obstrução tende a causar muita dor na região superior direita do abdômen ou também nas costas. Dependendo da situação, além das dores, a condição pode provocar náusea, vômito e até febre. Mas as pedras nas vesículas também podem ficar assintomáticas, ou seja, não apresentar sintomas.

Causas

Ainda não se sabe as causas que provocam o cálculo biliar. Mas estudos sugerem que as pedras podem ser provocadas por causa do excesso de colesterol, que pode se tornar um cristal e, como consequência, se transformar em pedra. Nesse caso, o fígado estaria eliminando mais colesterol do que a quantidade que a própria bile poderia dissolver.

Dessa forma, se a bile ficar acumulada de forma excessiva na vesícula, pode provocar o aparecimento das pedras.

Porém, existem alguns fatores de risco que podem aumentar o aparecimento dos cálculos biliares, como obesidade, gravidez, diabetes, uso de medicamento para diminuir o colesterol, excesso de peso, sexo feminino, dieta com muito carboidrato ou gordura e pouca fibra, fumo, predisposição genética, ter mais de 60 anos, dentre outros.

Tratamento do cálculo biliar

O tratamento vai variar de acordo com a presença de sintomas da pedra na vesícula. Quando há sintomas associados ao cálculo biliar, está indicada a cirurgia para retirada da vesícula. Se não houver sintomas, o cálculo biliar pode ser apenas acompanhado. Entretanto, muitas vezes há recomendação para a retirada da vesícula mesmo nos casos assintomáticos. Uma exceção ocorre nas pessoas com risco cirúrgico elevado e quando o cálculo é constituído apenas por colesterol: podem ser usados medicamentos específicos para tentar diluir a pedra. A intervenção cirúrgica, quando indicada, é realizada de forma minimamente invasiva por meio de laparoscopia. Tudo deve ser avaliado por um médico.

Pedra na vesícula: prevenção

Prevenir é sempre a melhor escolha. Por isso, para evitar pedra na vesícula, cuide da sua alimentação. Saber escolher o que comer pode fazer a diferença para a sua saúde, sabia? Logo, não pule as refeições do dia, tente manter um peso saudável. Procure reduzir a quantidade de calorias e invista em atividades físicas, como uma caminhada.

Lembre-se de que o excesso de peso pode aumentar o risco de cálculo biliar. Evite alimentos gordurosos, porque podem aumentar o nível de colesterol. Siga sempre as orientações do seu médico. Tenha o hábito de cuidar da sua saúde e de você!

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Fígado: conheça a importância do órgão e sua função

Fígado: conheça a importância do órgão e sua função

O fígado é um dos principais órgãos do corpo humano, e é também nossa maior glândula. Esse órgão metaboliza os lipídios, proteínas e emulsifica as gorduras. Ele também ajuda a retirar as toxinas e substâncias nocivas do sangue, armazena e libera a glicose e produz a bile, entre outras atividades.

Como o fígado atua no corpo humano

Embora seja um órgão que se “regenera”, a função do fígado é insubstituível.  Se for retirado em cirurgia ou sofrer algum dano grave, pode levar o indivíduo a morte em poucas horas, levando os outros órgãos à falência.

O fígado produz glicose, combustível do funcionamento do nosso corpo, que abastece o coração e o cérebro. Também armazena energia através da produção de moléculas de gordura. Isso possibilita uma fonte de energia alternativa quando o corpo fica muito tempo sem alimento.

Doenças que podem atingir o fígado

A ingestão de alimentos pobres em nutrientes e muito gordurosos, além do álcool, prejudica a atuação desse órgão.

Devido aos maus hábitos alimentares, vem crescendo o número de doenças no fígado. Muitas vezes essas doenças são inicialmente assintomáticas o que impede o diagnostico precoce. Quando elas começam a apresentar seus sintomas, é sinal de que já há um grande prejuízo na função do órgão. Algumas vezes outras áreas do sistema digestivo também estão atingidas quando do diagnóstico.

Doenças como a hepatite, geralmente causada por vírus, podem ser o início de outros problemas graves como a cirrose hepática ou câncer do fígado. O consumo de álcool em excesso é um grande inimigo deste órgão. Isso porque o álcool agride as células hepáticas e com o tempo causa cicatrizes nos tecidos, o que acaba formando a cirrose hepática. Se a cirrose for muito avançada, o fígado perde seu funcionamento aos poucos. Isso pode levar o paciente a óbito ou a precisar de um transplante hepático!

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Como é o diagnóstico da hérnia epigástrica

Como é o diagnóstico da hérnia epigástrica

A hérnia epigástrica é uma das formas de hérnia abdominal. Um problema que aflige até 8% dos brasileiros, sendo que só a hérnia inguinal foi responsável por afastar cerca de 80 mil trabalhadores de suas atividades.

A hérnia inguinal é a mais popular, responsável por 80% dos casos de hérnia abdominal.

Se a hérnia inguinal atinge preferencialmente os homens em idade laboral, a umbilical acomete os recém-nascidos. A incisional é mais relacionada a um histórico de incisões cirúrgicas, atingindo as pessoas mais velhas.

A hérnia epigástrica, tema deste artigo, ocorre numa região específica, acima do umbigo no abdômen. Esse processo é consequência da fragilidade dos músculos, que ocorre em função de diversos possíveis eventos. Pode ocorrer em função de obstipação, excesso de peso, levantamento de peso ou tosse sistemática.

Sintomas e diagnóstico

É mais comum entre os homens, que constituem 75% dos pacientes. Ocorre, também, entre crianças recém-nascidas. Fica visível em decorrência de qualquer atividade que acarrete a contração dos músculos do abdômen.

Como muitas vezes fica visível, a hérnia pode ser facilmente diagnosticada. Em alguns casos, no entanto, para a confirmação, é necessário realizar exames de imagem.

Os sintomas podem ocorrer de forma cíclica, assim como a doença pode ser assintomática. Em alguns casos, porém, acontece o estrangulamento do tecido proeminente por entre os músculos abdominais. Nesse caso, os sintomas são bem mais intensos, com dores e vermelhidão na pele sobre a região afeta, acompanhadas de náusea e vômito. Nesses casos está indicada a cirurgia da hérnia.

Nem sempre é possível evitar o aparecimento da hérnia, mas alguns comportamentos podem contribuir para isso, como o excesso de peso, principalmente quando relacionado a um ganho súbito, levantamento de grandes cargas e ter o organismo acometido por doenças que provocam espirros, vômito e tosse crônicas.

Tratamento

No caso da hérnia epigástrica, não há cura espontânea, sendo que o único tratamento é cirúrgico. A boa notícia é que o índice de sucesso é absoluto e o problema raramente volta acontecer após a cirurgia da hérnia.

O objetivo da cirurgia da hérnia é corrigir os defeitos da parede abdominal. No caso de pequenas hérnias, é feita a sutura dos músculos do abdômen na região. Em caso de hérnias maiores, a região é coberta com uma tela, espécie de rede, para fortalecer a musculatura da parede abdominal.

A intervenção cirúrgica pode se dar por meio de uma laparoscopia, com pequenas incisões, ou por via clássica, aberta.

Normalmente, o paciente sequer tem a necessidade de ficar internado após a cirurgia da hérnia epigástrica. Pode ter alta no mesmo dia, ou no dia seguinte pela manhã. Somente é recomendado o repouso durante os primeiros 15 a 30 dias, evitando situações em que haja pressão sobre os músculos abdominais, como pegar peso, fazer movimentos abruptos, tossir, espirrar e vomitar, por exemplo.

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Como é o pós-operatório da cirurgia de vesícula

Como é o pós-operatório da cirurgia de vesícula

Câncer, pedras ou uma suposta inflamação são as causas principais para que uma cirurgia de vesícula seja feita. A técnica é rápida e geralmente não apresenta muitos riscos para o paciente, que pode ter a rotina cumprida normalmente após o período de recuperação. Contudo, para que isso se concretize, o pós-operatório precisa ter alguns cuidados que são específicos para que as complicações não aconteçam.

A recuperação inicial demora até 2 semanas, quando é possível retornar as atividades do dia a dia. Esse período geralmente é menor quando a cirurgia é feita por videolaparoscopia. A cirurgia da vesícula por videolaparoscopia está associada a menor trauma cirúrgico e, portanto, recuperação mais rápida.

Efeitos no pós-operatório da cirurgia da vesícula

O principal efeito após o procedimento é a dor. Com um corte no abdômen ou não, o paciente ainda poderá sentir alguns incômodos na área abdominal e em outras regiões próximas, como os quadris. Nesse caso, analgésicos são usados para alívio e garantir que a pessoa não se sinta ruim durante a recuperação.

Além de tratar a dor, é necessário repouso maior nos primeiros 2 ou 3 dias. Após esse período, o paciente já precisa se locomover mais, com um esforço moderado. Caminhar pela casa por pelo menos 10 minutos já ajuda a recondicionar o corpo e, assim, estimular a regeneração.

Banhos

Os banhos também são simples, mas devem ser feitos sem deixar a área dos pontos úmida. O paciente precisa se secar bem e, se a cirurgia da vesícula for aberta, manter o curativo sempre limpo. Caso haja alguma dificuldade para fazer a troca do curativo, o médico deve ser consultado para realizar a tarefa da forma correta. Deve-se também evitar retirar os pontos logo após a operação, porque o processo de cicatrização ainda não se concretizou de fato.

Alimentação

Como a vesícula faz parte do sistema digestivo, são necessários alguns cuidados com a alimentação. Os primeiros dias deverão ser à base de alimentos não gordurosos e em porções reduzidas. A comida deve ser de fácil digestão para evitar desconforto abdominal adicional após a cirurgia da vesícula.

Como o corpo ainda está se readaptando, é possível que ocorram diarreias ou gases na área estomacal. Laxantes poderão ser indicados pelo médico, mediante avaliação. A dica é consumir alimentos pastosos e bebidas quentes, para que todo o aparelho digestivo trabalhe no tempo dele, mas de forma a não forçar a recuperação. Nosso organismo tem uma grande capacidade de recuperação e na cirurgia da vesícula não é diferente!

Além dessas informações, é importante atentar para a cicatrização após a cirurgia da vesícula. Ela é um importante indicador de que o pós-operatório está fluindo bem e sem complicações. A ida frequente ao médico para outras avaliações é necessária para qualquer eventualidade, boa ou não.  

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Entenda como é a recuperação do transplante do fígado

Entenda como é a recuperação do transplante do fígado

Um dos maiores órgãos do corpo humano, o fígado está relacionado a funções específicas muito importantes para o organismo. Anexo do sistema digestivo, está localizado na parte superior da região abdominal, à direita. Dentre as várias atividades que realiza, a mais conhecida é a produção e a secreção de bile.

Caso ocorra alguma doença crônica que evolua com perda da função do órgão a única solução é o transplante do fígado. Como este órgão regenera, pode ser feito um transplante de um doador morto ou de um doador vivo. O processo de recuperação é sempre delicado e requer dedicação do paciente e constante avaliação médica.

Doenças que causam um transplante do fígado

O fígado tem como função mais conhecida a produção da bile, uma substância armazenada na vesícula biliar, que age ajudando a digestão de gorduras.

O órgão armazena vitaminas e minerais, metaboliza os lipídios e as proteínas, armazena e libera glicose, sintetiza as proteínas do plasma e destrói células sanguíneas velhas ou danificadas entre outras funções. 

Quando o fígado fica doente, todas essas funções podem ser prejudicadas, assim como os outros órgãos e componentes com que ele atua. Algumas situações levam o fígado a ter microlesões que se regeneram, porém o tecido fica mais fibroso e pode evoluir para cirrose com o tempo.

Os primeiros sintomas de um problema hepático são fadiga, icterícia, dor abdominal, aumento do abdome, náuseas e vômitos, que podem vir acompanhados de outras sensações. 

A cirrose é a doença grave mais comum, que não tem cura e acontece como consequência de outras doenças hepáticas, como hepatite, doenças autoimunes e alcoolismo.

A doença pode ser tratada na fase inicial, para que retarde ou impeça a evolução.  Mas, quando a doença já está em fase avançada, a única solução é o transplante de fígado.

O procedimento também é indicado em alguns casos de câncer de fígado e doenças hereditárias.

O transplante do fígado e a recuperação

Um transplante bem-sucedido pode levar o paciente a ter uma vida normal e retornar aos hábitos cotidianos. 

A realização do procedimento requer a presença de uma equipe multidisciplinar. Em geral é composta por cirurgião do aparelho digestivo, hepatologista, nutricionista, enfermeira, fisioterapeuta e psicóloga. O transplante hepatico só pode ser feito se o paciente estiver em condições adequadas.

Após a cirurgia, é preciso se manter internado no hospital entre 1 e 3 semanas. Nesse período o paciente é avaliado rigorosamente. O objetivo é identificar precocemente alguma complicação ou rejeição. Também é quando se observa se o órgão está evoluindo adequadamente. É necessário continuar com o uso de medicamentos, para evitar a rejeição do fígado.

Há riscos de infecções também, e cuidados especiais são tomados nas primeiras semanas. O alimento inicial de um transplantado é líquido. A consistência vai avançando de acordo com a evolução do quadro. Alimentos naturais e bem cozidos são os escolhidos.

Um dos riscos que o fígado transplantado pode ter é o retorno da doença que o acometeu, como o caso de hepatite C. Há ainda o risco de obstruções dos vasos sanguíneos e lesões nos dutos biliares.

Após a alta hospitalar, o paciente mantém um acompanhamento médico periódico. Cuidados especiais são adotados no contato com pessoas com doenças e ambientes sem higienização.

Com o tempo o paciente que passou pelo transplante do fígado pode retornar ao dia a dia familiar e de trabalho.

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Câncer de vias biliares: sintomas, causas e tratamento

Câncer de vias biliares: sintomas, causas e tratamento

O câncer de vias biliares pode surgir dentro ou fora do fígado, na vesícula biliar ou na ampola hepatopancreática (ampola de Vater), formada pelos ductos do pâncreas e do colédoco. A incidência de tumores malignos em vias biliares é maior a partir dos 60 anos de idade, mas esse tipo de câncer é raro.

Vias biliares são canais por meio dos quais a bile escoa do fígado para a vesícula e da vesícula para o duodeno. A formação de cálculos biliares (pedras), o desenvolvimento de tumores e o estreitamento desses canais em decorrência de infecção, inflamação ou cicatrizes de cirurgias causam a obstrução das vias biliares.

Sintomas de câncer de vias biliares

O câncer de vias biliares tem, basicamente, quatro estágios. Nos dois primeiros, o tumor está localizado somente nas vias biliares. Na terceira fase, o câncer já afetou órgãos próximos, como fígado, pâncreas, vesícula biliar e duodeno. O quarto estádio corresponde à metástase, ou seja, as células de câncer já migraram para outras partes do corpo.  

Os principais sintomas são:

  • Dor no abdômen: A dor abdominal costuma surgir quando os tumores de vias biliares já estão crescidos. Em geral, a dor é sentida na área inferior às costelas. Também pode ocorrer a distensão abdominal.
  • Coceira: Esse sintoma resulta da elevação de bilirrubina na circulação sanguínea. Portanto, quando surge uma coceira atípica no corpo e sem motivo aparente, é importante procurar orientação médica.
  • Fezes claras e urina escura: A redução da quantidade de bilirrubina no trato intestinal resulta em fezes mais claras. Mas a urina, em contrapartida, fica mais escura, já que há mais bilirrubina na circulação sanguínea.
  • Icterícia: O excesso de bilirrubina no sangue causa o amarelamento dos olhos e da pele. A icterícia não é um sintoma exclusivo de tumores malignos em vias biliares, porém, apenas os exames médicos poderão determinar com exatidão as causas desse problema.
  • Menos apetite: O quadro geral de mal-estar afeta o apetite também. Em consequência disso, há uma acentuada perda de peso.
  • Náuseas e vômitos: Os sintomas ocorrem devido a infecções geradas pela obstrução de vias biliares, o que ainda gera danos ao fígado, pâncreas e vesícula. A febre é comum durante esses quadros infecciosos.

Diagnóstico e tratamento do câncer de vias biliares

Em geral, o diagnóstico é feito quando a doença já está avançada, já que, no estágio inicial, dificilmente surgem sintomas. A ressonância magnética e a tomografia computadorizada possibilitam a realização de um diagnóstico mais detalhado das vias biliares. Algumas vezes a biópsia é necessária para concluir o resultado do exame.

A cirurgia é a solução ideal para a remoção de tumores malignos localizados. No entanto, a tomada de decisão leva em conta outros fatores, como a idade e as condições gerais do paciente. Quando o quadro clínico é incompatível com a realização de uma cirurgia, pode-se optar por quimioterapia, radioterapia e outros tratamentos paliativos. Somente após a bateria de exames é que o médico terá informações suficientes para definir o plano de tratamento do câncer de vias biliares.

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Como funciona o transplante de fígado?

Como funciona o transplante de fígado?

O fígado é essencial para a saúde do corpo e desempenha vários papéis para que o organismo funcione adequadamente. Ele é um órgão, que exerce funções exócrinas e endócrinas.

É através do fígado que a glicose é armazenada e liberada, o metabolismo dos lipídeos e das proteínas é realizado, por exemplo.

Nesse cenário, quando o fígado deixa de funcionar por conta de alguma doença irreversível, é preciso realizar um transplante. O transplante de fígado irá proporcionar melhora na qualidade e tempo de vida do paciente.

O que leva o paciente a um transplante de fígado?

Localizado do lado direito do abdômen, o fígado é constituído pelos hepatócitos, como são chamadas as células que compõem seu tecido. É o produtor de substâncias essenciais para o funcionamento do organismo, como dissemos anteriormente.

Com tantas funções, ele precisa estar saudável para exercê-las adequadamente. Algumas doenças podem provocar graves insuficiências hepáticas aguda ou crônicas, que podem ser letais.

Antes que isso aconteça, o recurso disponível na medicina é um transplante de fígado, substituindo o órgão doente por outro saudável. Nesse caso, é possível obter o fígado de um doador com morte cerebral ou de um doador vivo.

A cirrose hepática é a condição que mais provoca a necessidade de transplantes de fígado. A doença é causada por hepatite crônica B ou C, alcoolismo, doenças biliares e doença hepática gordurosa não alcoólica.  Outras indicações para o transplante de fígado são alguns tumores hepáticos e as hepatites fulminantes.

Transplante de fígado: como funciona?

Atualmente o transplante de fígado é um tipo de cirurgia que tem seus riscos, mas apresenta grandes chances de ser bem-sucedida para o paciente.

Atualmente, no Brasil, a taxa de sobrevida vem aumentando a cada ano, conforme os centros transplantadores adquirem experiência e evoluem os mecanismos de imunossupressão após o transplante. Vale notar que a lista de doentes, porém, ainda é bem maior do que a média de órgãos disponíveis.

O transplante com doador vivo é mais complexo e normalmente indicado para receptores crianças. É retirada uma parte do lobo esquerdo ou direito do fígado. Essa parte é transplantada no receptor.  O tempo de realização desse processo cirúrgico é longo, com uma média de 12 horas.

Já no caso do transplante com doador em morte encefálica, o órgão é retirado inteiro e transplantado no receptor. São feitas anastomoses (junções) dos vasos sanguíneos e dos ductos biliares até que se consiga restabelecer o fluxo de sangue e da produção da bile. Esse procedimento dura de seis a oito horas. Em casos mais complexos pode durar até dez horas.

O resultado do procedimento dependerá da qualidade do fígado recebido e da saúde do receptor antes do transplante.

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Tumor das vias biliares: principais tratamentos

Tumor das vias biliares: principais tratamentos

Mais raros, os tumores nas vias biliares correspondem a 3% dos que acometem o sistema gastrointestinal. No entanto, podem ser devastadores se diagnosticados tardiamente. Essas formações englobam a região biliar e são divididas entre intra hepáticas, peri hilares e extra hepáticas.

Esse tipo de tumor atinge o fígado, os canais biliares e a vesícula biliar. A bile, por sua vez, é um fluido muito importante para a digestão, já que dissolve as gorduras dos alimentos e absorve os seus nutrientes.

Causas e sintomas do tumor das vias biliares

Mais comum em pessoas de 60 a 70 anos, o câncer das vias biliares tem cura se for diagnosticado precocemente. Porém, sua evolução porém é muito rápida e em geral o paciente só o descobre quando está em estado avançado.

Os sintomas desse tipo de câncer não são muito específicos, o que dificulta o diagnóstico de forma rápida. Mas, quando o paciente começa a ter dores abdominais, perda de peso repentina, febre, inchaço na barriga, coceira generalizada, náuseas e vômitos, perda de apetite e icterícia, é muito importante buscar um médico de confiança para que ele possa investigar o problema. Em geral esses são sintomas relacionados à doenças das vias biliares.

O tumor das vias biliares é chamado de colangiocarcinoma. Esse câncer começa nas células glandulares e se desenvolve no tecido que reveste toda a via biliar.

Dentre as causas mais prováveis para seu surgimento, estão os cálculos biliares (como a colelitíase e hepatolitíase), pólipos na vesícula biliar, tabagismo, obesidade, colangite esclerosante primária, cistos de colédoco e infecção das vias biliares por parasitas.

Quais são os possíveis tratamentos para o problema?

Os tratamentos para o tumor das vias biliares dependem muito do estágio em que ele está, se já apresenta metástases e das condições físicas do paciente. A cirurgia sempre é a melhor opção e é a única estratégia considerada curativa. Quando o tumor é irressecável, os métodos mais usados são a radioterapia e a quimioterapia. Nesses casos, também são usadas próteses dentro das vias biliares. O objetivo das próteses é aliviar os sintomas obstrutivos como, por exemplo, a icterícia. Vale acrescentar que o foco dessas terapias é amenizar os sintomas e a evolução da doença. Isso traz mais qualidade e tempo de vida ao paciente.

Já os tumores ressecáveis são os que podem ser retirados por cirurgia. A cirurgia é o único método de cura, no qual são extraídas a área onde se localiza o câncer e seu entorno. Nesses casos, a vesícula biliar e os gânglios linfáticos são sempre retirados. Se o tumor estiver no fígado (colangiocarcinoma intra-hepático), uma parte desse órgão também é retirado (hepatectomia).

Quais são as cirurgias para o tumor de vias biliares?

Quando o tumor é muito invasivo pode ser avaliada uma cirurgia paliativa. O objetivo é desobstruir as vias biliares e aliviar as dores, mas sem curar a doença.

A cirurgia curativa é realizada de acordo com a localização do tumor das vias biliares. Quando o tumor é intra-hepático (colangiocarcinoma intra-hepático), através da retirada de parte do fígado, das vias biliares, da vesícula e dos gânglios linfáticos. Para o câncer peri-hilar (colangiocarcinoma peri-hilar ou tumor de Klatskin), são retirados parte do fígado, a vesícula, o ducto biliar e os gânglios linfáticos. Já no caso do câncer da via biliar distal (colangiocarcinoma distal e neoplasias peri-ampulares), há a remoção de parte do pâncreas e do intestino delgado além da via biliar principal, vesícula e gânglios linfáticos.

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