Dr. Douglas Bastos

O que é hepatite E?

O que é hepatite E?



A hepatite é uma doença que atinge o fígado e pode ocorrer devido a infecção por vírus, por excesso de consumo de bebidas alcoólicas ou pelo uso continuado de medicamentos que atacam o órgão. Neste artigo, vamos nos concentrar na hepatite E, um dos tipos manifestados.

Como essa é uma doença silenciosa, é de extrema importância estar em dia com as consultas e os exames de rotina, uma vez que um diagnóstico realizado precocemente aumenta as chances de cura ou de melhoria da qualidade de vida do paciente.

Neste artigo, falaremos sobre essa doença e em especial sobre a hepatite E, como dito acima. Continue a leitura e saiba mais!

O que caracteriza a hepatite?

A palavra hepatite tem origem grega: hepar significa fígado, e ite é um sufixo que se refere a inflamação, o que nos leva ao sentido de uma inflamação no fígado.

Essa inflamação pode acontecer por vários motivos. Somente um médico é capaz de determinar qual o tipo de hepatite presente no organismo. Da mesma forma, somente um hepatologista — médico que cuida do fígado — pode determinar a melhor forma de tratamento, já que a cada tipo é resguardada uma forma terapêutica específica.

Quais são os tipos de hepatite existentes?

A inflamação pode ocorrer por doença autoimune — quando o corpo ataca a si mesmo — ou em decorrência de agentes externos. Esses agentes externos podem ser o consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou uma infecção viral. Neste caso, os tipos de hepatite são denominados de acordo com os vírus que estão atacando aquele local, que podem ser:

Tipo A

O contágio acontece pelo consumo de água ou alimentos contaminados. Dessa forma, pode ser prevenida com a melhoria de saneamento básico ou com a vacina para vírus. O tratamento é feito com repouso e boa alimentação, para que o próprio corpo se recupere e adquira imunidade.

Tipo B

A hepatite do tipo B é um pouco mais grave que a primeira, por se tratar de uma doença que não tem cura. A contaminação acontece pelo sangue, pelo uso de seringas, lâminas de barbear e agulhas infectadas. O contágio também pode ocorrer pela relação sexual desprotegida. Pode ser prevenida evitando-se o compartilhamento de agulhas e lâminas, uso de preservativos e pela vacina contra o vírus do tipo B.

Tipo C

Esse tipo de vírus tem a mesma forma de contágio que a do tipo B, mas tem cura em 90% dos casos, quando o tratamento é feito da maneira correta.

Esses são os tipos mais conhecidos, principalmente por serem os casos mais recorrentes no Brasil. O que nem todos sabem é que ainda existem outros tipos da doença, como o D (delta) e o E.

Como é a hepatite E?

A hepatite do tipo E tem baixíssimos registros de ocorrência no Brasil, por se tratar de uma infecção que acomete com frequência países da África e da Ásia. Seu contágio acontece de forma similar ao do tipo A, ou seja, pelo consumo de água e alimentos infectados.

Assim como a hepatite A, o tratamento também envolve repouso, suspensão do consumo de álcool e de comidas gordurosas. Por fim, espera-se que o corpo se recupere sozinho, sem maiores consequências.

É uma doença que, inegavelmente, está atribuída a condições desiguais de existência, já que acomete países em desenvolvimento. Assim sendo, medidas simples de saneamento básico podem ser eficazes na sua prevenção.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!



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Como acontece o contágio da hepatite D?

Como acontece o contágio da hepatite D?



A hepatite é uma doença inflamatória que ataca o fígado e pode ocorrer por consumo excessivo de álcool (a chamada hepatite alcoólica) e em virtude de uma doença autoimune (chamada de HAI). De todo modo, a causa mais comum é a infecção por vírus, como ocorre com a hepatite D.

Existem diferentes tipos de vírus que acometem o fígado. Eles são nomeados por letras do alfabeto, assim como cada tipo de hepatite referente ao agente patológico que a causou.

Neste artigo, vamos explicar mais sobre o contágio da hepatite D. Continue a leitura e saiba mais!

Quais são os tipos de hepatites virais que existem?

São cinco os tipos de hepatites virais mais recorrentes, reconhecidas e estudadas pelos hepatologistas (médicos que cuidam do fígado): A, B, C, D e E.

Cada vírus tem um tipo específico de contaminação, de sintoma e de possível tratamento. As hepatites dos tipos A e E têm cura e são revertidas com repouso e alimentação controlada.

A hepatite do tipo C pode ser curada com o tratamento adequado em até 95% dos casos. Apesar disso, é o tipo que mais registra óbitos no Brasil, principalmente por sua característica assintomática. Ou seja, pela ausência de sintomas, muitas pessoas não sabem que são portadora do vírus.

A hepatite do tipo D — que também pode ser chamada de Delta — tem um número baixo de registro de óbitos por ter uma característica especial. Que característica é essa? Veremos a seguir.

O que é hepatite D?

Este tipo específico da doença é considerado um vírus satélite, ou seja, ele não consegue infectar uma pessoa sozinho. Isso acontece porque o chamado agente-delta é um vírus incompleto, que não consegue se reproduzir dentro da célula humana. Por essa razão, ele precisa de um outro agente invasor, que codifique nossas células e permita que ele se reproduza. Nesse caso específico, o vírus que causa a hepatite B.

Então as hepatites B e D são a mesma coisa?

Não. Os vírus são causados por agentes diferentes, mas podemos dizer que o vírus do tipo D, por ser dependente de um outro vírus, acaba adquirindo características-espelho do vírus B. Portanto, os dois tipos têm características similares.

Forma de contágio da hepatite d

Pelo compartilhamento de agulhas, seringas, lâminas de barbear ou alicates de unha contaminado. Além disso, a hepatite D pode ser transmitida por relações sexuais sem proteção, ou de mãe para o filho durante a gravidez, do parto ou da amamentação.

Sintomas

Aparecem de forma discreta e podem incluir cansaço, tontura, enjoos e vômitos, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Prevenção

Similarmente à hepatite do tipo B, pode ser prevenida evitando-se as ações que causam o contágio.

A vacina contra a hepatite D

Assim como a vacina previne contra a hepatite B, ela promove a imunização contra a hepatite D, pela sua condição natural de existência. A vacina existe e está disponível, portanto, consulte seu médico e faça sempre exames regulares para garantir uma vida saudável.

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O que é ascite?

O que é ascite?



A ascite, popularmente conhecida como barriga d’água, consiste no acúmulo de líquidos dentro da cavidade abdominal, causando um volume anormal na região.

No entanto, ao contrário do que o nome nos faz pensar, esse líquido acumulado não é feito exatamente de água: sua natureza pode variar de acordo com a doença que o provoca, podendo ser composto de conteúdo proteico, de bile ou de suco pancreático.

Neste artigo, trazemos algumas informações para que você saiba mais sobre esse problema. Confira!

Quais são as causas da ascite?

A ascite, ao contrário do que comumente se pensa, não é uma doença em si. Trata-se, na verdade, de um sintoma aparente de doenças cardíacas, renais ou hepáticas.

A barriga d’água costuma ser associada à esquistossomose, uma parasitose cuja infecção causa inchaço do abdômen. O sintoma também pode aparecer em decorrência de outras doenças como câncer, pancreatite ou tuberculose.

No entanto, seu aparecimento mais comum se dá pelas complicações de algumas doenças hepáticas, em especial a cirrose, que pode ser causada por hepatite crônica (causada por vírus) ou pela hepatite alcoólica.

A cirrose acontece quando o corpo, diante da inflamação que acomete o fígado, vai substituindo as células saudáveis por células cicatrizadas, que são mais fibrosas e prejudicam a circulação de sangue na região.

Essa condição promove a chamada hipertensão portal, que é o aumento da pressão nos vasos que convergem para a veia porta, que transporta sangue do fígado ao intestino.

Dessa forma, a pressão aumentada nos vasos faz com que um líquido com proteínas escape, tanto do fígado quanto do intestino, e se acumule na cavidade abdominal, causando o inchaço anômalo na barriga.

Além desse inchaço, poucos são os sintomas da hipertensão portal ou de suas principais doenças causadoras — a hepatite e a cirrose. Logo, se um indivíduo o apresenta de forma destacada, é possível que esteja já em um estágio avançado de uma doença crônica. Isso requer acompanhamento médico urgente, caso ainda haja um desconhecimento da causa da condição.

Possíveis complicações

Eventualmente, esse líquido ascítico, que escapa dos vasos sanguíneos portais, infecciona sem uma causa aparente, causando a chamada peritonite bacteriana espontânea (PBE). Um quadro ainda mais complicado para o paciente, que pode apresentar febre, mal-estar e agravamento da insuficiência hepática.

Para o tratamento adequado da ascite, da hipertensão portal e da peritonite bacteriana, é fundamental ter um diagnóstico preciso sobre a natureza do líquido acumulado e as doenças causadoras dessa condição.

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Quais são os tratamentos para a ascite?

Quais são os tratamentos para a ascite?

A ascite, também conhecida como barriga d’água, se dá pelo acúmulo de líquidos na região do abdome, causando desconforto, falta de apetite e, em alguns casos mais graves, dificuldade para respirar devido à pressão no diafragma.

Essa condição não é uma doença em si, mas um sintoma causado por doenças mais graves, geralmente do fígado, associado aos quadros de hipertensão portal (aumento da pressão em uma veia calibrosa chamada de veia porta), hepatite crônica, hepatite alcoólica ou cirrose.

Neste texto, vamos discutir qual é o melhor tratamento para cada conteúdo de líquido ascítico. Não deixe de ler!

Diagnóstico da ascite

Por se tratar de um fator que aponta para doenças que podem ser graves, ao menor indício de sua ocorrência, é necessário procurar um diagnóstico adequado para o tratamento tanto do sintoma quanto da doença que o provoca.

Assim, a presença de líquido na cavidade abdominal pode ser confirmada por exames de sangue e de imagem, como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética.

É de extrema importância que se conheça a natureza do líquido ascítico na busca de entender qual é a sua origem. Essa análise ocorre pela retirada, por punção, de uma pequena amostra. Posteriormente, conhecida a origem do vazamento, o tratamento pode ser administrado, tentando reverter o quadro da doença causadora do inchaço.

Tratamento

A maioria das doenças que a causam esse problema não tem cura, como é o caso da cirrose e da hepatite B, por exemplo. São doenças crônicas que necessitam de acompanhamento médico para que sua evolução e seus sintomas sejam controlados.

No entanto, para a ascite, especificamente, o tratamento consiste em medidas paliativas para reduzir o incômodo e o inchaço de maneira simultânea ao tratamento adequado para a doença que está causando o acúmulo de líquidos no abdômen, como as seguintes:

  • restrição de sal na alimentação diária;
  • uso de diuréticos, medicamentos que facilitam a eliminação de líquidos pelo corpo;
  • interrupção do consumo de bebidas alcoólicas, visto que o consumo exagerado ainda é o maior responsável pela cirrose;
  • consumo de albumina, uma proteína encontrada na clara do ovo que ajuda a manter a água dentro das veias e artérias, cuja reposição pode melhorar o vazamento de líquido proteico para o abdômen;
  • no caso de infecção do líquido vazado, o paciente será submetido ao tratamento com antibióticos.

Exatamente por não se tratar de uma doença específica, mas de um sintoma revelador de doenças crônicas que, normalmente, não apresentam sintomas iniciais, ao menor sinal de ascite, é de extrema importância que um médico especialista seja consultado.

Por isso, estar com os exames de rotina em dia permite a percepção de qualquer alteração no corpo, garantindo um tratamento eficiente e precoce no caso de alguma anomalia apresentada.

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O que é Síndrome de Budd Chiari?

O que é Síndrome de Budd Chiari?

O fígado é um órgão que precisa de atenção e cuidados redobrados, pois desempenha funções fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Essa atenção se justifica na quantidade de doenças que podem acometê-lo, tais como, a síndrome de Budd Chiari.

Você já ouviu falar nessa síndrome? Pois é, a maioria da população também não. Por isso, para ajudar a manter você informado, preparei esse texto explicando um pouco mais sobre o assunto.

Como acontece a síndrome de Budd Chiari?

Essa síndrome é uma doença rara que tem como característica principal a obstrução do fluxo sanguíneo entre as veias hepáticas e o coração. Essas veias são as responsáveis por drenar o fígado e, quando os coágulos se formam, provoca sintomas muito agressivos.

Em casos mais graves, os coágulos tornam-se muito grandes e alcançam a veia que entra no coração, produzindo problemas cardiovasculares.

Quais são os sintomas?

Como mencionado anteriormente, o sintomas são agressivos e começam de forma repentina. Os sinais mais frequentes são:

  • Hepatomegalia que ocorre quando o fígado se expande em função do acúmulo de sangue;
  • Dor abdominal na região do fígado;
  • Aumento da pressão venosa intra-hepática;
  • Acúmulo de água no abdômen (ascite);
  • Aumento de tamanho do baço (esplenomegalia);
  • Formação de varizes esofágicas;
  • Icterícia;
  • Edemas nos membros inferiores;
  • Dilatação das veias;
  • Hemorragias;
  • Aumento do volume abdominal.

Além disso, a síndrome de Budd Chiari pode evoluir para uma cirrose ou para uma insuficiência hepática aguda grave.

Qual é a causa?

Geralmente, a obstrução das veias hepáticas é ocasionada por doenças que promovem a coagulação dentro dos vasos, como por exemplo, síndromes mieloproliferativas, doença de Behçet, uso de contraceptivos, carcinoma hepatocelular, cistos, trombose, entre outros.

Quais são os tratamentos?

O tratamento é feito a partir da administração de anticoagulantes que ajudam a evitar a formação de uma trombose ou de outras complicações. Para tratar as obstruções, é utilizada a angioplastia percutânea, que consiste em dilatar as veias com o uso de um balão.

Outra técnica para tratar a síndrome de Budd Chiari é o desvio do fluxo sanguíneo do fígado. Assim, é possível evitar o aumento de pressão arterial e melhorar as funções hepáticas.

Caso o paciente apresente um quadro grave, a alternativa mais eficaz é a intervenção cirúrgica. O procedimento consiste no transplante do fígado comprometido por um órgão saudável.

Os pacientes dessa doença precisam estar atentos aos sintomas e buscar o tratamento o mais breve possível. Quando não há um acompanhamento, portadores da síndrome de Budd Chiari podem morrer em poucos meses. Caso suspeite de algo, procure o seu médico e seja avaliado.

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O que é colangite esclerosante primária?

O que é colangite esclerosante primária?

A importância do fígado está na quantidade de funções fundamentais que desempenha e que garantem o bom funcionamento do organismo. Esse órgão pode ser afetado por diversos tipos de doenças, como por exemplo, cirrose, hepatite e a colangite esclerosante primária. 

Nesse texto você irá conhecer um pouco mais da colangite esclerosante e descobrir quais são os sintomas e tratamentos.

Como acontece a colangite esclerosante primária?

É uma doença crônica e rara que acomete os canais biliares. Os canais biliares são ductos encarregados de transportar a bile até a vesícula. A bile é um líquido digestivo que o fígado produz e que ajuda no metabolismo e digestão dos alimentos e gorduras.

As pessoas que sofrem com essa doença têm os canais biliares obstruídos em função de uma inflamação, cicatrização ou fibrose. Assim, a bile se acumula no fígado, prejudicando as células hepáticas, causando a cirrose.

Ao passo que a cirrose evolui, o órgão deixa de funcionar corretamente e não desempenha suas tarefas. A colangite esclerosante primária acomete cerca de 10 a 40 pessoas em um grupo de um milhão, sendo a maioria homens acima dos 43 anos de idade.

Essa patologia ainda não tem uma causa definida, mas estudos apontam que seja uma doença autoimune. As doenças autoimunes são provocadas por um distúrbio no sistema imunológico, que passa a perceber as células saudáveis como agentes invasores. 

Assim, passam a atacar as células com o objetivo de neutralizá-las. Essa ação desenvolve a colangite.

Quais são os sintomas?

A colangite esclerosante primária é uma doença silenciosa, pois não costuma apresentar sintomas durante sua fase inicial. Quando surgem alguns sinais, eles são: 

  • Fadiga e cansaço excessivo;
  • Falta de apetite;
  • Inchaço da barriga;
  • Pele e olhos amarelados.
  • Coceira na pele;
  • Dor muscular e abdominal;

Como diagnosticar?

Na maioria dos casos, o diagnóstico se inicia pelos resultados do exame de sangue. Esse exame aponta o aumento das enzimas hepáticas. 

Para confirmar o diagnóstico, o médico poderá solicitar a pesquisa de anticorpos, colangio-ressonância magnética, colangiopancreatografia endoscópica retrógrada e até a biópsia do fígado.

Quais são os tratamentos?

Não existe uma cura para a doença. O foco do tratamento é controlar os sintomas e evitar a sua evolução. Para isso, o tratamento medicamentoso consiste no uso de colestiramina para controlar a coceira, antibióticos para infecção nos canais e uso de suplementos vitamínicos.

Com o passar dos anos e a ineficácia do tratamento, o paciente continua a perder a função hepática. Quando essa insuficiência se torna grave, apenas o transplante de fígado pode solucionar.  Esse é um procedimento eficaz, com taxa de sobrevivência de 80%.

Já sabe o que é a colangite esclerosante primária? Então, fique atento ao funcionamento do seu organismo e aos sinais enviados pelo corpo. Caso tenha alguma suspeita, procure o seu médico para ser avaliado.

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O que é colangite biliar primária?

O que é colangite biliar primária?

O fígado é um órgão que desempenha importantes funções para o organismo e pode ser acometido por diversos tipos de doenças. A colangite biliar primária, apesar de desconhecida, é um exemplo de uma patologia que pode causar danos irreversíveis ao paciente.

Já ouviu falar nela? Não se preocupe, nesse texto você vai entender tudo sobre a doença. Por isso, continue a leitura.

Como acontece a colangite biliar primária?

A colangite biliar primária (CBP) é uma doença hepática autoimune que se caracteriza pela destruição progressiva dos canais biliares do fígado. Os canais biliares são ductos encarregados de transportar a bile até a vesícula.

As doenças autoimunes são provocadas por um distúrbio no sistema imunológico, que passa a perceber as células saudáveis como agentes invasores. Assim, passam a atacar com o objetivo de neutralizá-las. Essa ação nas células do fígado desenvolve a colangite.

É uma patologia crônica que progride de forma lenta. Caso não haja tratamento, pode se agravar e causar a fibrose, cirrose e a insuficiência hepática. A CBP atinge, principalmente, as mulheres e já foi a principal causa de transplantes de fígado.

Quais são os sintomas?

Assim como a hepatite C, a colangite biliar primária é uma doença perigosa em função da ausência de sintomas em sua fase inicial, dificultando o diagnóstico precoce. Esses sinais costumam aparecer apenas quando a doença já evoluiu. Os sintomas mais comuns são:

  • Cansaço excessivo;
  • Falta de apetite;
  • Inchaço da barriga;
  • Pele e olhos amarelados.
  • Náuseas;
  • Coceira na pele;
  • Sangramentos espontâneos;
  • Dor muscular e abdominal;
  • Diarréia com excesso de gordura nas fezes;
  • Inchaço dos pés e tornozelos.

Como diagnosticar?

Na maioria dos casos, o diagnóstico é confirmado pelos resultados do exame de sangue. Esse exame aponta o aumento das enzimas hepáticas. Para reforçar o diagnóstico, o médico pode solicitar outros exames, como dosagem de anticorpos, colangiografia ou ultrassom.

Quais são os tratamentos?

O objetivo do tratamento é controlar os sintomas e evitar a evolução da doença. Para isso, o tratamento medicamentoso consiste no uso de:

  • Ácido ursodesoxicólico, substância que evita o acúmulo de toxinas no fígado;
  • Colestiramina, um pó que alivia a coceira no corpo;
  • Pilocarpina e colírios hidratantes, duas substâncias para hidratação dos olhos e da boca.

O ácido obeticólico é um novo medicamento que começou a ser utilizado no tratamento da CBP. Esse ácido ajuda a melhorar o fluxo da bile, impedindo a inflamação e a obstrução dos canais biliares.

Nos casos mais graves, a intervenção cirúrgica é a melhor solução. Esse procedimento consiste no transplante do fígado doente por um novo.

Agora você já sabe o que é a colangite biliar primária, conhece os seus sintomas e tratamentos. Caso tenha alguma suspeita, procure o seu médico para ser avaliado.

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Doença celíaca e o fígado: entenda como a doença pode afetar o órgão

Doença celíaca e o fígado: entenda como a doença pode afetar o órgão

Nosso organismo pode ser acometido por algumas disfunções que causam uma reação indevida do sistema imunológico. Essa reação é conhecida como doença autoimune. Um dos exemplos mais conhecidos é a doença celíaca.

Você conhece alguém que sofre com essa patologia? Nesse texto, você irá encontrar as principais informações a respeito do assunto.

O que é doença celíaca?

Essa é uma doença crônica e autoimune causada por uma intolerância alimentar que acarreta em um processo inflamatório da parede interna do intestino delgado. 

A inflamação faz com que a mucosa do intestino se atrofie. Quando há essa atrofia, o organismo não absorve os nutrientes, sais minerais e água da mesma forma.

Quais são as causas?

A doença se desenvolve a partir da intolerância ao glúten. Porém, há diferenças entre ter intolerância e ter sensibilidade ao glúten. Pessoas que sofrem com a hipersensibilidade apresentam sintomas parecidos com os intolerantes. 

Contudo, essa sensibilidade não traz prejuízos ao intestino delgado. Ainda não há uma comprovação científica do que desencadeia a doença celíaca, mas os estudos apontam para uma provável causa hereditária.

Como o glúten é responsável por essa doença?

O glúten é um tipo de proteína encontrada no trigo, centeio e cevada. Quando colocada em água, essa proteína é quem dá flexibilidade às massas feitas com farinha de trigo. Os doentes celíacos são intolerantes ao glúten.

Quais os sintomas a pessoa apresenta?

No que diz respeito aos sintomas, essa intolerância pode ser clássica, não clássica e assintomática. A clássica é aquela que se identifica na infância e que pode levar o paciente à morte, caso o diagnóstico não seja realizado de forma precoce.

Geralmente, a pessoa apresenta diarréia crônica, desnutrição aguda, anemia, falta de apetite, barriga inchada, vômitos, atrofiamento dos glúteos, apatia e dor abdominal. O tipo não clássica se caracteriza pela presença de poucos sintomas e, quando aparecem, são discretos

Os mais comuns são a ocorrência de anemia resistente a reposição de ferro, cansaço, irritabilidade, dificuldade em ganhar peso, problemas no crescimento, manchas nos dentes, esterilidade e osteoporose.

Já a assintomática, como o nome explica, não apresenta sintomas. Entretanto, quando não tratada, pode evoluir para os quadros de câncer de intestino, anemia, abortos de repetição e esterilidade.

Como essa doença pode afetar o fígado?

O fígado desempenha importantes funções no organismo, ajudando a eliminar o álcool e outras toxinas, produzindo a bile e proteínas. Geralmente, os doentes celíacos apresentam uma elevação nas taxas de enzimas hepáticas.

Essas taxas voltam ao normal logo após o início da dieta sem glúten. Contudo, a doença celíaca também está relacionada à causa da doença hepática gordurosa e da insuficiência hepática grave.

Um estudo confirmou que os doentes celíacos têm até três vezes mais chances de adquirir uma patologia no fígado. A incapacidade de digerir o glúten corretamente desenvolve um estado de toxicidade e inflamação, causando a síndrome do intestino permeável.

Essa síndrome faz com que as toxinas entrem na corrente sanguínea e cheguem até o fígado. Quando não há um tratamento para baixar as taxas das enzimas hepáticas, o paciente pode também desenvolver uma esteatose hepática não alcoólica.

Por isso, é importante que você esteja sempre atento ao sinais emitidos pelo organismo, principalmente após a ingestão de alimentos com glúten. A doença celíaca pode causar graves prejuízos à sua saúde.

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Tenho cirrose. Posso fazer cirurgia bariátrica?

Tenho cirrose. Posso fazer cirurgia bariátrica?

A cirurgia bariátrica surgiu como uma “solução ideal” para diminuir o peso de pessoas que tenham obesidade grau III. Contudo, para estar apto ao procedimento é necessário o cumprimento de alguns requisitos e um deles diz respeito ao pacientes com cirrose hepática.

Você sabe qual é essa relação? Então, continue a leitura porque preparei esse texto para explicar mais sobre essa dúvida que muitas pessoas têm.

O que é cirrose?

É uma doença crônica do fígado e tem como principais características a fibrose e o aparecimento de nódulos que interrompem o fluxo sanguíneo. Essa patologia faz com que o fígado deixe de produzir células saudáveis para desenvolver tecido de cicatrização.

Quando essa alteração ocorre, o órgão não desempenha as suas funções mais importantes, tais como, a produção da bile e de proteínas, manutenção dos níveis de açúcar no sangue, metabolização do colesterol, do álcool e de alguns medicamentos.

Essa doença acomete, com mais frequência, homens com mais de 45 anos de idade. Porém, isso não significa que mulheres estejam isentas do problema.

Quais são as causas?

A fibrose e a formação de nódulos é causada pela ocorrência de infecções ou inflamações no fígado. O consumo abusivo de álcool é a principal condição que causa essa problema, assim como os vírus que provocam a hepatite crônica.

Como o órgão é responsável pela metabolização do álcool, a presença de uma quantidade excessiva dessa substância provoca danos nos seus tecidos vitais, comprometendo o seu funcionamento.

O que é a cirurgia bariátrica?

A cirurgia bariátrica, também conhecida como cirurgia de redução do estômago, destina-se ao tratamento dos quadros de obesidade mórbida ou grave e também de outras patologias que estão associadas ao excesso de gordura corporal.

O procedimento pode ser feito por abordagem aberta, videolaparoscopia, robótica e endoscópica. Além disso, é classificada de acordo com a forma como funcionam. A cirurgia restritiva é aquela que restringe a quantidade de alimentos que o estômago pode receber.

Já o tipo disabsortiva é a cirurgia que altera, em menor proporção, o tamanho e a capacidade do estômago em receber alimentos. Em alguns casos, esse procedimento pode ser realizado apenas no intestino.

O padrão ouro da cirurgia bariátrica é aquele que mistura as técnicas de ambos os tipos, provocando a restrição na capacidade o estômago, desviando o intestino e com uma discreta má absorção de alimentos.

Paciente com cirrose hepática pode fazer essa cirurgia?

A realização de intervenções cirúrgicas em pacientes cirróticos, na maioria dos casos, resultam em maior tempo de internação hospitalar e risco de graves complicações. Contudo, a cirurgia bariátrica pode ser realizada em determinados tipos de pacientes.

O cirurgião precisa considerar a gravidade da doença, o funcionamento do fígado e avaliar a presença de varizes no esôfago. O grau de alteração pelo qual o órgão passou em função da doença é determinante para a escolha pelo melhor tipo de cirurgia.

Os resultados mais satisfatórios foram obtidos quando o procedimento realizado foi a laparoscópica e não a cirurgia aberta. Neste tipo de cirurgia, um pedaço do estômago é retirado por meio de grampeamento e apenas o tubo gástrico permanece.

Como você percebeu, é possível que pacientes com cirrose realizem a cirurgia bariátrica. Porém, as chances do procedimento ser realizado com sucesso aumentam quando ele é realizado por profissionais experientes.

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Quais os benefícios da videolaparoscopia?

Quais os benefícios da videolaparoscopia?

A cirurgia por videolaparoscopia é um procedimento que tem ganhado cada vez mais espaço no setor médico e entre os pacientes. Isso ocorre especialmente por se tratar de algo muito pouco invasivo, proporcionando a ele mais segurança e uma recuperação mais tranquila. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre esta técnica e alguns de seus principais benefícios. Acompanhe!

Quais são as vantagens da videolaparoscopia?

Quando o cirurgião realiza o procedimento convencional, ou aberto, grandes incisões são feitas no abdômen do paciente. No caso da videolaparoscopia, isso não ocorre. Trata-se de uma cirurgia com mínima invasão. Isso significa que os cortes feitos são muito pequenos. Para se ter uma ideia, normalmente eles são menores que 0,5 cm — mas podem ser um pouco maiores. Por meio dessas pequenas incisões é que o médico fará a inserção dos instrumentos — muito finos, por sinal — e de um sofisticado equipamento de vídeo para que, então, possa realizar a operação. Veja alguns outros benefícios obtidos por meio dessa técnica:
  • o paciente sente menos dores no processo pós-operatório;
  • o retorno às suas atividades de rotina também é mais rápido;
  • há pouca perda sanguínea;
  • mesmo não sendo amplamente usada, é muito eficaz e segura;
  • há menos riscos de que órgãos adjacentes sejam danificados no processo cirúrgico;
  • o período de internação é relativamente curto;
  • há menos riscos de infecções;
  • esteticamente é muito melhor;
  • as lesões são muito menores.
A videolaparoscopia cirúrgica é realizada com o paciente sob o efeito de anestesia geral. Por isso, ao passar por todo o processo, ele não sente nenhum tipo de dor ou incômodo. Apesar de a alta hospitalar ser mais breve quando comparada ao método tradicional, pode ser necessário um período em observação.

Como é realizada a videolaparoscopia?

O procedimento cirúrgico é muito usado por médicos especializados em gastroenterologia e em doenças do sistema digestivo, urologia e também por especialistas em ginecologia. Como observamos, as incisões que devem ser feitas são muito pequenas. A quantidade delas vai depender da finalidade da cirurgia, da situação do paciente e também do estado em que se encontra a doença. Durante a realização do processo cirúrgico, uma microcâmera integrada a um foco de luz é introduzida no paciente por uma das incisões. É ela que permitirá ao médico ter toda a visão de que precisa e observar detalhadamente o interior do corpo. As demais incisões são usadas pelo cirurgião para inserir e operar pinças e outros instrumentos adaptados para o procedimento. É importante ressaltar que a precisão cirúrgica é muito grande. Para se ter uma ideia, durante a cirurgia, o especialista recebe as imagens em um monitor e poderá ampliá-la dezenas de vezes. Além da precisão, tudo tem um excelente nível de segurança e eficácia para o paciente.

Quando surgiu essa cirurgia?

Apesar de muitos acharem que se trata de algo novo, a videolaparoscopia já existe desde os anos 1980. Na época, a primeira cirurgia envolveu a retirada da vesícula biliar de um paciente. No Brasil, a videolaparoscopia começou a ser usada no começo dos anos 1990. Desde então, ela tem sido um dos mais excelentes recursos à disposição da medicina moderna no país. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!
Posted by Dr. Douglas Bastos in Todos