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Pedra nos rins: problema é mais comum no verão

Pedra nos rins: problema é mais comum no verão

Os cálculos renais são massas de cristais que aparecem quando o organismo não está hidratado o suficiente, já que a falta de água não permite que os sais se dissolvam. O problema pode se agravar no verão, época em o risco de desidratação é maior. Essas pedras são formadas por sais de diversas substâncias, incluindo cálcio, amônio, fósforo, aminoácidos, ácido úrico e colesterol. Quando surgem no organismo, podem causar uma série de complicações, muitas vezes com a presença de dor intensa.

Apesar do nome, elas podem aparecer também em outros órgãos do trato urinário além dos rins. Existem quatro principais tipos de formação dessas pedras, além de outros extremamente raros. São eles:

  • Cálcio: é mais frequente; concentra grande quantidade de cálcio, que pode se unir a outras matérias. Ocorre mais em homens, entre os 20 e 30 anos;
  • Ácido úrico: mais raros; concentram muito ácido úrico e muitas vezes estão associados a fatores genéticos, gota ou quimioterapia;
  • Cistina: ocorre em pessoas que têm cistinúria, uma doença renal hereditária;
  • Estruvita: ocorre principalmente em quem sofre com infecção urinária, especialmente mulheres. Pode bloquear rins, o ureter ou a bexiga.

Causas e sintomas

A maior causa do cálculo renal é a pouca ingestão de água. Existem, entretanto, fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolvimento desse problema. São eles: histórico familiar, obesidade, dietas com muito sal e sódio, e doenças do trato digestivo ou urinário.

Os sintomas incluem dor intensa e variável nas regiões inferior e lombar do abdômen, náuseas e vômitos; pouco volume de urina, ainda que com vontade; ardência para urinar e sangue na urina.

O tratamento mais simples é beber muita água e tomar analgésicos. Nos casos mais complicados, pode ser necessária a intervenção cirúrgica.

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6 sinais de que você pode estar com pedra na vesícula

6 sinais de que você pode estar com pedra na vesícula

Você já deve ter ouvido falar de cólica biliar e, certamente, não gostaria de experimentar a sensação. Trata-se de uma dor intensa, com instantes de agravamento, causada por uma pedra na vesícula (também conhecida como colelitíase).

A colelitíase é um mal que, segundo estudos, pode afetar até 1/5 da população brasileira, atingindo mais as mulheres, principalmente aquelas que se encontram na faixa etária dos 45 aos 55 anos. A incidência do problema pode chegar à casa dos 30%.

Antes de listar 6 sinais que podem indicar a presença da doença, reunimos algumas informações importantes sobre o assunto. Vamos lá?

O que é a vesícula e qual seu papel no corpo humano?

A vesícula é um órgão do corpo humano que possui a forma de uma pera, integrando nosso aparelho digestivo. Ela tem como função armazenar e liberar no intestino a bile, que é um líquido de coloração amarelada, cuja finalidade é, principalmente, auxiliar na digestão e absorção dos alimentos, sobretudo aqueles que contém gorduras.

O que é, afinal, a pedra na vesícula?

A colelitíase é um mal causado pela presença de pedras na vesícula biliar. Essas pedras (ou cálculos, como também são chamadas) aparecem em decorrência de uma quantidade incomum de alguma das substâncias que compõem a bile.

A pedra pode estar presente na vesícula sem causar qualquer sintoma, especialmente quando é pequena. Em geral, as “pedrinhas” acabam sendo levadas junto com o líquido, atravessam os canais biliares e chegam ao intestino, onde são eliminadas com as fezes. Em outros casos, entretanto, elas se instalam na saída da vesícula biliar e obstruem a passagem da bile. Isso ocorre quando a pedra é maior do que o orifício de saída da vesícula.

É essa anomalia que provoca a dor, consequência da pressão interna na vesícula causada pelas contrações. Essas contrações são estimuladas pela sinalização do organismo de que há alimento a ser digerido, o que explica o fato de as dores aparecerem após as refeições, especialmente se estas forem ricas em gorduras.

6 sintomas que você deve observar

Para saber se há ocorrência de pedra na vesícula, observe se há manifestação dos seguintes sintomas:

  1. Cólica do lado direito do abdômen, após as refeições;
  2. 2. Enjoo e vômito após as refeições;
  3. Dor forte contínua no lado direito ou no meio do abdômen, com momentos de dor mais intensa e irradiando para as costas;
  4. Perda de apetite;
  5. Pele e olhos amarelados;
  6. Sensação de má digestão após as refeições.

Como evitar a formação de pedra na vesícula?

Para evitar a ocorrência desse mal, é essencial que se tome uma série de cuidados com a alimentação, evitando o consumo exagerado de alimentos gordurosos e ricos em carboidrato simples.

A dieta deve ser rica em fibras, frutas e verduras. Os refrigerantes devem ser evitados, assim como o uso sistemático e prolongado de anticoncepcionais. A prática de exercícios físicos é outra medida que reduz o risco, uma vez que ajuda no metabolismo do colesterol.

Diagnóstico e o tratamento

O diagnóstico é feito através de ultrassonografia. Em alguns casos, pode-se recorrer à ressonância magnética e à tomografia computadorizada.

O tratamento, dependendo das características e da gravidade dos sintomas, pode ser cirúrgico, com retirada da vesícula (cirurgia da vesícula). Em casos raros, onde o risco de se submeter à cirurgia é muito elevado, pode ser tentado a dissolução da pedra na vesícula com medicamentos. No entanto, esse tratamento é pouco eficiente e tem resultados ruins. Por isso, deve ser tentado apenas quando a realização da cirurgia da vesícula traz um risco muito elevado.

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Tumor no fígado: sintomas, causas e tratamento

Tumor no fígado: sintomas, causas e tratamento

O tumor no fígado é caracterizado pela existência de uma massa ou formação nesse órgão, que pode ou não ser indício de um câncer. O problema, que acomete uma considerável parcela da população, geralmente é provocado pelo consumo excessivo de álcool, cigarros e alimentos gordurosos.

No caso do tumor maligno, infecções como hepatites B e C, consumo excessivo de álcool, cirrose hepática, alto nível de gordura no sangue e obesidade estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que a idade média mais recorrente do câncer de fígado é entre os 60 e 70 anos, embora possa surgir em outras faixas etárias.

É importante notar que a doença age de forma bastante silenciosa. Em geral, quando o paciente sente qualquer sintoma, o quadro já é grave. Por esse motivo a realização de exames preventivos é tão importante, uma vez que pode contribuir e muito para um diagnóstico precoce.

Os tumores no fígado são classificados em dois tipos: primários, quando a doença começa no fígado e secundários, quando em fase de metástase (o tumor atinge ao fígado tendo se iniciado em outro órgão).

Os tumores primários malignos são também chamados de “carcinoma hepatocelular” ou “hepatocarcinoma” (tumor maligno comum em 80% dos pacientes com a doença); colangiocarcinoma (inicia-se nos dutos biliares); angiossarcoma (atinge aos vasos sanguíneos) e, quando atinge a uma criança, “hepatoblastoma”.

Sintomas do tumor no fígado

Geralmente, as pessoas que sofrem com o câncer de fígado não sentem qualquer tipo de dor ou reação no corpo, tão logo ele se inicia. Quando enfim ocorre o surgimento de qualquer sinal, aparecem também os nódulos em estágios bem avançados e consequente perda de peso, sensação de inchaço (muitas vezes após as refeições); perda de paladar, aumento do abdômen e até icterícia (o tom amarelado que surge nos olhos e na pele).

Uma vez que o médico suspeite ter detectado a doença, deverá proceder com o diagnóstico através da tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética ou da ultrassonografia, visando verificar a existência ou não do tumor. Exames de sangue específicos podem ajudar no diagnóstico do tumor no fígado. Em alguns casos, uma biópsia poderá complementar os exames iniciais, quando o tumor já estiver detectado. Nessa situação, o objetivo é identificar qual é o seu tipo e seu estágio do tumor, caso os exames anteriores não tenham sido conclusivos.

Como funciona o tratamento?

O melhor tratamento será proposto pelo médico especialista, conforme as condições do paciente e, principalmente, o estágio no qual o câncer se encontra. Caso o tumor esteja localizado apenas no fígado, por exemplo, a melhor alternativa será a cirurgia para remoção da área atingida ou o transplante do órgão, indicado em casos muito específicos conforme a legislação vigente.

Se o tumor no fígado for de tamanho pequeno e o paciente não tiver condições de passar por qualquer intervenção cirúrgica, a radiofrequência pode promover bons resultados. Um outro tipo de tratamento é a quimioembolização, que consiste no bloqueio da vascularização sanguínea dentro do tumor, por meio do lançamento de partículas de agente quimioterápico. A radioterapia, por fim, é um procedimento terapêutico que pode ser indicado em conjunto com a quimioterapia.

Vale ressaltar, no entanto, que o melhor tratamento, quando possível, é a cirurgia para retirada do tumor.

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Pancreatectomia: cuidados no pós-operatório

Pancreatectomia: cuidados no pós-operatório

O pós-operatório da pancreatectomia é o período, após a cirurgia, em que o paciente mais precisa de cuidados para que consiga passar pela reabilitação de forma completa e eficiente.

Trata-se de um momento delicado, no qual ele necessita de assistência específica e de manter cuidados muitos rigorosos. Por isso, entender essa fase é essencial para que tudo corra bem.

Continue a leitura do artigo para saber mais sobre o assunto!

Pancreatectomia : pós-operatório

O tempo em que o paciente permanecerá internado após passar por uma cirurgia de pancreatectomia dependerá de suas condições gerais de saúde.

É muito comum que as pessoas que passam por esse tipo de cirurgia tenham alta médica em alguns dias, porém, caso complicações aconteçam, o paciente pode precisar de mais tempo até que sua condição seja estabilizada por completo.

Como a pancreatectomia é uma cirurgia considerada complexa, ela pode exigir que o paciente fique sob os cuidados da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por um período entre um e três dias. Claro, esse cuidado extra dependerá de como está indo sua evolução no pós-operatório. Porém, as técnicas médicas evoluíram bastante e muitas ações tomadas têm caráter preventivo.

Logo após a pancreatectomia

Após esse primeiro momento, o paciente vai para o seu quarto e é nesse momento que ele precisa ter muita atenção às orientações e cuidados que deve ter a partir de então.

Por exemplo, caso ele tenha condições de se locomover, não deve fazer movimentos rápidos ou se levantar da cama de forma descuidada. Para prevenir qualquer eventualidade, a sugestão é aguardar por uns 10 minutos sentado com os pés para fora da cama para, então, se levantar.

É importante que ele tenha consciência que tais atividades devem ser feitas sempre sob orientação médica e com a ajuda de alguém.

Além disso, é interessante observar que, mesmo que ele siga todos os cuidados antes de se levantar para caminhar, é bem possível que nas primeiras vezes ainda sinta alguns incômodos, tais como sudorese, taquicardia, vômitos, náuseas e tonturas.

Porém, com o passar do tempo e na medida em que seu organismo se habituar a cada levantada, esses sinais desaparecem.

Outro cuidado é com o uso de medicação para alívio de suas dores. Elas podem variar de leve a forte e, de acordo com caso, também podem provocar mal-estar como náuseas. Aliás, ao menor sinal de que algo não está bem, ele deve solicitar a assistência da enfermagem para que as medidas necessárias possam ser tomadas.

Como é a alimentação?

Outro cuidado essencial no pós-operatório diz respeito ao tipo de alimentação que deverá ser consumida. Normalmente, a dieta segue algumas fases, passando por líquida, cremosa ou pastosa e semissólida leve.

Esse período pode levar algo em torno de uma semana, mas é importante saber que, apesar de estar ingerindo uma dieta diferenciada, ela está sendo equilibrada o suficiente para sanar as necessidades nutricionais de seu organismo.

Importância dos cuidados no pós-operatório

Qualquer que seja a cirurgia, ela pode fazer com que o paciente esteja mais vulnerável, especialmente em se tratando de seu sistema imunológico, que pode estar mais baixo e menos ativo.

Todos os cuidados no pós-operatório da pancreatectomia visam, além de uma rápida recuperação, evitar complicações e infecções que possam retardar o retorno do paciente às suas atividades normais.

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Quais são os sinais do câncer de pâncreas

Quais são os sinais do câncer de pâncreas

O câncer no pâncreas mais recorrente é o categorizado como adenocarcinoma, que tem origem no tecido glandular e corresponde a cerca de 90% dos diagnósticos.

Os cânceres nesse órgão do corpo humano costumam ser de difícil detecção e apresentam um alto nível de agressividade. Devido ao diagnóstico ocorrer muitas vezes de forma tardia, a sua taxa de mortalidade é muito alta.

Continue a leitura para saber como a doença se manifesta.

Principais sintomas de câncer de pâncreas

Apesar das características próprias dessa doença, seus sintomas podem se confundir com outros tipos de patologias clínicas, por isso, é preciso ter muita atenção e cuidado para procurar o médico ao menor indício. Conheça alguns deles logo a seguir:

  • a pele e os olhos costumam ficar amarelados, pois a doença pode atingir o fígado ou ainda comprimir os ductos responsáveis por transportar a bile;
  • a urina pode ficar mais escura devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue, novamente, um problema causado por falhas e obstrução do transporte da bile;
  • fezes oleosas e ou claras. Quando as enzimas biliares e pancreáticas não conseguem atingir o intestino, as fezes podem apresentar uma coloração mais clara, além de ficarem oleosas. A obstrução do ducto biliar também pode esbranquiçar as fezes ou dar a elas uma aparência acinzentada;
  • a presença de coágulos sanguíneos é o principal sinal de que há um câncer instalado no pâncreas. Eles surgem em uma veia da perna e são chamados de trombose venosa profunda. São dolorosos, provocam vermelhidão, queimação e inchaço na perna afetada;
  • as coceiras da pele podem ocorrer e têm como causa o acúmulo de bilirrubina na corrente sanguínea;
  • o câncer pode impedir a liberação do suco pancreático para o intestino e isso torna a digestão de alimentos mais gordurosos algo complicado. Essa má digestão costuma acontecer de forma persistente;
  • o indivíduo pode sofrer com fortes dores abdominais que se espalham pelas costas. São causadas, principalmente, porque o tumor aumenta de tamanho e acaba comprimindo outros órgãos;
  • existem situações em que pode contribuir para o surgimento de diabetes, pois o câncer pode alterar a forma como o pâncreas funciona e a produção de insulina;
  •  episódios frequentes de vômitos e náuseas;
  • o apetite da pessoa também é afetado e ela pode apresentar uma perda significativa de peso, uma vez que a digestão e fatores hormonais são alterados devido ao tumor;
  • pode haver aumento da vesícula biliar ou do fígado. Durante um exame físico, o médico pode fazer essa verificação e, posteriormente, pedir ao paciente que realize exames de imagens com o objetivo de obter um diagnóstico mais preciso.

Os sinais de câncer no pâncreas são muitos e apresentam uma diversidade grande em suas manifestações. Nesse contexto, o quanto antes os exames forem feitos e a doença diagnosticada, mais chances o paciente terá de superá-la.

Como é feito o diagnóstico

A detecção de um câncer no pâncreas pode ser feita por meio de exames radiológicos, clínicos ou laboratoriais. É possível fazer o diagnóstico precoce quando a pessoa procura o médico nos primeiros sinais e sintomas. Exames periódicos também são excelentes para a identificação da doença em pessoas que façam parte de grupos com maior chance de desenvolver esse tipo de tumor.

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O que é colecistite?

O que é colecistite?

O processo inflamatório da vesícula biliar é denominado de colecistite. A vesícula é uma espécie de bolsa situada junto ao fígado e que tem a função de armazenar a bile, um fluido essencial para a digestão de gorduras no organismo humano.

A colecistite pode ser caracterizada como aguda, situação em que há uma rápida piora do paciente e os sintomas apresentados são mais fortes. Ela também pode ser crônica, caso em que os sintomas verificados são mais leves, em um quadro que pode se estender por semanas e até meses.

Dentre os sintomas mais recorrentes e significativos de uma colecistite, podemos destacar episódios de febre, vômitos, náuseas e dor abdominal que remete a uma cólica. A presença de uma dor que persiste por mais de seis horas já é considerado um sinal indicador de que, talvez, a pessoa tenha desenvolvido a colecistite aguda.

Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre essa doença.

Quais são os grupos com maior risco?

Dentre os grupos que apresentam maiores chances de sofrer com essa doença, temos:

  • mulheres e homens com idade entre 40 e 60 anos;
  • pessoas que passaram por uma perda de peso muito rápida;
  • pessoas em situação de obesidade;
  • mulheres que fazem uso de pílulas anticoncepcionais ou reposição hormonal;
  • mulheres que já ficaram grávidas por diversas vezes.

Tipos de colecistite

Como apontamos anteriormente, a colecistite classificada como crônica e aguda. Ambas as situações são definidas pela frequência das dores bem como a intensidade com que afligem o paciente. Vamos saber mais:

Colecistite aguda

A ocorrência é de forma repentina, pegando a pessoa desprevenida. A dor é muito forte e, normalmente, se localizada na parte superior do abdômen. É comum que os episódios durem algo entre 6 e 8 horas.

Coleciste crônica

Nesse tipo, os ataques de dor ocorrem repetidas vezes. Geralmente, eles estão relacionados com o bloqueio do ducto pelos cálculos biliares. Na ocorrência de qualquer episódio de dor, é fundamental que o paciente procure atendimento hospitalar de forma urgente nessa situação.

Recomendações importantes

Nem sempre os sinais ocorrem com todos os pacientes que apresentam um quadro de colecistite. Aliás, isso é muito comum em crianças e idosos, especialmente pelo fato de ser uma doença considerada assintomática.

Porém, no caso de os sintomas surgirem, eles tendem a ser muito parecidos nos dois casos — o tempo de duração da dor, como vimos, é um fator-chave para a diferenciação — e tendem a piorar quando a pessoa come alimentos gordurosos.

Por fim, caso a pessoa seja diagnóstica com uma colecistite, ela poderá passar por uma cirurgia para a retirada da vesícula biliar, assim como dos cálculos, com o objetivo de aliviar os sintomas provocados pela doença e permitir que ela retorne a uma dieta normal e saudável.

Atualmente há duas técnicas usadas para a cirurgia de colecistite: a videolaparoscopia e a colecistectomia aberta. Cada um desses métodos possui suas particulares, por isso, é importante ter uma conversa franca com o médico sobre os prós e contras.

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Tratamentos para a colecistite

Tratamentos para a colecistite

Em linhas gerais, denominamos de colecistite uma inflamação que afeta a vesícula biliar, sendo que, na maioria das situações, ela está relacionada com a presença de cálculos biliares ou, como também são conhecidos, as pedras na vesícula.

Sobre a vesícula biliar, é importante saber que ela consiste em um dos menores órgãos do corpo. Situada logo abaixo do fígado, ela tem a função de guardar a bile temporariamente. Esse líquido, por sua vez, é produzido pelo fígado e atua no organismo humano ajudando na digestão das gorduras ingeridas.

Quando existe o acúmulo da bile nesse pequeno órgão de armazenamento, as chances de que uma infecção bacteriana ocorra são muito grandes. Nessa circunstância, a pessoa pode desenvolver uma inflamação e, como consequência, ter colecistite.

Entendidos esses primeiros pontos, vamos conhecer quais são os métodos de tratamento para colecistite mais usados. Confira!

Intervenções para tratar a colecistite

Jejum

O jejum não é recomendado pelo médico como um recurso de tratamento definitivo. Na realidade, o que ocorre é que a vesícula tem um papel fundamental na digestão e, por isso, ele pode ser utilizado como uma forma de diminuir a pressão sofrida pelo órgão e consequentemente ajudar a melhorar os sintomas.

Antibióticos

Em boa parte dos casos de colecistite, a vesícula entra em um estado de infecção em um período de até 48 horas após a instalação da inflamação, devido ao fato de a distensão contribuir para a proliferação das bactérias. Nessas situações, o uso de antibióticos torna-se essencial.

Compostos na veia

Pode acontecer de a pessoa não conseguir ou não poder se alimentar da maneira como deveria, sendo assim ela deverá ser hidratada com soro (e até medicamentos) na veia.

Analgésicos

No tratamento da colecistite, os analgésicos entram como um recurso para aliviar a dor provocada pela inflamação até o momento em que ela for reduzida.

Cirurgia

Por fim, chegamos à cirurgia. Atualmente, o método mais usado é a chamada colecistectomia videolaparoscópica. Essa técnica permite tratar a colecistite de forma eficaz, rápida e com muito menos incômodos para o paciente, especialmente, por ser um processo menos invasivo. Além disso, o período de recuperação também é menor.

Existe alguma maneira de prevenir a colecistite?

Sim. Na realidade, existem algumas ações que todos nós podemos adotar no dia a dia para prevenir e minimizar os riscos de sermos afetados pelos cálculos biliares e, com isso, as chances de desenvolver colecistite também diminuem.

Um boa prática preventiva é evitar, tanto quanto possível, a ingestão das chamadas gorduras saturadas. Também é muito importante manter horários regulares para café da manhã, almoço e jantar.

A prática de alguma atividade física também entra na lista de ações preventivas. O ideal é que a pessoa se exercite ao menos por 30 minutos diariamente por, no mínimo, 5 vezes na semana.

É importante ter em mente que o aumento de peso tem uma relação muito íntima com o surgimento dessa doença, por isso, todo o cuidado para manter o peso ideal em relação a altura e faixa etária sempre vale a pena.

Por fim, caso a pessoa sinta febre, dores que se espalham pelas costas, dor abdominal aguda e incômodos poucos minutos após as refeições, é bem possível que haja algum problema envolvendo a vesícula. E, nesses casos, o médico especialista deve ser procurado o quanto antes!

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12 grupos de risco para a hepatite C

12 grupos de risco para a hepatite C

A hepatite C é uma doença muito preocupante, especialmente por ser silenciosa e pela sua gravidade, pois pode levar a pessoa a desenvolver câncer de fígado e cirrose. Estima-se que existam mais de 600 mil brasileiros com o vírus que causa essa enfermidade.

Por outro lado, temos uma boa notícia: os tratamentos existentes na atualidade, em geral, são de curta duração (de apenas algumas semanas) e apresentam taxas de sucesso em torno de 90% dos casos.

De acordo com o Ministério da Saúde, é preciso que as pessoas sob suspeita ou que pertençam a alguns dos grupos de risco procurem fazer o correto acompanhamento médico e os testes para hepatite C, que são rápidos e muito efetivos.

A seguir, selecionamos alguns dos principais grupos de risco aos quais se deve ter atenção. Acompanhe.

  1. Pessoas que sejam portadoras do vírus HIV;
  2. Pessoas que precisaram fazer uso de medicamento por meio de seringas de vidro no período compreendido entre as décadas de 1970 e 1980;
  3. Usuários ou ex-usuários de drogas injetáveis ou ainda de cocaína inalada;
  4. Pacientes que sofrem com doenças renais e fazem hemodiálise;
  5. Os filhos de mães que possuem hepatite C devem seguir às orientações do pediatra;
  6. Quem colocou piercings ou fez tatuagens em locais que não contavam com vistoria sanitária
  7. Quem teve parceiros sexuais que eram infectados com a hepatite C;
  8. Pessoas com vários parceiros sexuais ou que tenham histórico de DSTs;
  9. Quem já teve alguma complicação de agressão ao fígado;
  10. Pessoas que trabalham na área da saúde, devido ao contato, exposição ou acidente com material contaminado;
  11. Quem precisou fazer transplante de órgão, pele, córneas ou tecidos. Doadores de medula óssea, óvulos e esperma, também entram nesse grupo;
  12. Quem precisou fazer transfusão de sangue antes de 1994.

Informações sobre o vírus da hepatite C

A hepatite C é uma doença caracterizada pela inflamação do fígado, uma condição que decorre da infecção pelo vírus VHC ou pelo HCV, os quais costumam ser transmitido pelo sangue contaminado.

De acordo com o estado da pessoa e suas condições de saúde, bem como do tempo e da intensidade da infecção, o vírus pode provocar câncer e cirrose.

É importante observar que, diferentemente do que acontece com as demais classes de vírus que provocam a hepatite, o responsável pela hepatite C faz com que o organismo não gere uma ação imunológica correta, o que contribui para que as infecções mais graves sejam menos sintomáticas. Além disso, essa reação do organismo facilita a instalação da hepatite crônica, uma das principais consequências dessa doença a longo prazo.

Prevenção da doença

A melhor prevenção é sempre tomar a vacina contra o vírus. Porém, existem outros cuidados que podem ser tomados de acordo com a rotina de cada pessoa: desinfetar as feridas, não compartilhar materiais usados na preparação de drogas, seringas e nem escova de dentes, além de usar preservativos nas relações sexuais mesmo que elas sejam pouco frequentes.

No mais, ao menor sinal de suspeita de hepatite C, o médico deverá ser procurado.

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Pancreatectomia: quais são as indicações?

Pancreatectomia: quais são as indicações?



A pancreatectomia é um tipo de cirurgia que tem como objetivo fazer a remoção de uma parte ou de todo o pâncreas.

Esse órgão é mais ou menos do tamanho da mão de uma pessoa e está localizado no abdômen, próximo ao estômago. O pâncreas possui duas funções fundamentais para nosso organismo:

  • produzir sucos gástricos que ajudam na digestão dos alimentos;
  • produzir hormônios que são essenciais para o corpo, a exemplo da insulina e do glucagon, que atuam no organismo equilibrando os níveis de açúcar, além de ajudar o corpo a armazenar a usar corretamente a energia obtida dos alimentos.

Neste artigo, vamos entender melhor em quais casos uma pancreatectomia é recomendada. Acompanhe!

Pancreatectomia: indicações

Atualmente, a Medicina faz uso da pancreatectomia para promover o tratamento de uma série de condições que podem afetar o pâncreas. Dentre elas, destacamos as seguintes:

  • traumas graves;
  • tumores de células das ilhotas (tumores neuroendócrinos);
  • inflamações;
  • câncer duodenal;
  • cistadenoma;
  • cistadenocarcinoma;
  • hipoglicemia hiperinsulinêmica grave;
  • pancreatite crônica grave;
  • neoplasias císticas papilares;
  • neoplasias;
  • pancreatite necrosante;
  • linfoma;
  • câncer distal (porção inferior) do ducto biliar;
  • câncer da ampola de Vater (câncer da ampola);
  • adenocarcinoma (85% de todos os cânceres no pâncreas);
  • tumores de células acinares.

Tipos de pancreatectomia

Dentre os procedimentos envolvendo a pancreatectomia um dos mais comuns é o chamado de pancreaticoduodenectomia, que tem como finalidade a remoção de partes cancerosas do pâncreas, do ducto biliar, do duodeno e, quando necessário, de partes do estômago.

Outra possibilidade é a pancreatectomia distal, a qual promove a remoção da cauda do pâncreas e do corpo.

Já a pancreatectomia total é um procedimento que requer muita atenção. Além de sua importância, ela traz potencial de morbidade grave e até de mortalidade. Nessa operação, é feita a remoção de todo o pâncreas, intestino delgado, estômago, ducto biliar comum, vesícula biliar, linfonodos e baço.

De uma forma geral, é comum que a pancreatectomia total seja reservada para pacientes para os quais cirurgias menores não traria os resultados esperados e para aqueles em que os tratamentos médicos falharam.

Riscos de uma pancreatectomia

Assim como ocorre com qualquer tipo de procedimento cirúrgico, os riscos existem. No caso da pancreatectomia podemos chamar a atenção para:

  • problemas digestivos a longo prazo, a exemplo de alterações nas funções intestinais, má absorção de nutrientes, perda de peso e infecções;
  • esvaziamento gástrico atrasado;
  • paralisia do estômago;
  • fístula pancreática;
  • sangramentos.

Observações importantes

Como apontamos anteriormente, as aplicações de uma pancreatectomia são muito diversas e suas indicações, de fato, são a solução para uma série de condições. Porém, algumas coisas precisam ser observadas para que tudo corra bem com a cirurgia, dentre as quais destacamos:

  • Caso consuma álcool e não consiga parar de beber, o médico precisa ser informado;
  • Evitar o consumo de álcool uma vez que a cirurgia já está encaminhada. Caso sinta dores de cabeça, nervosismo e tenha dificuldades para dormir devido a não estar mais consumindo bebidas, o médico deve ser avisado;
  • Seja honesto com seu médico sobre as reais quantidades de álcool que consome. Como sempre, qualquer informação compartilhada será mantida no mais absoluto sigilo.

Esperamos que este artigo tenha sido útil para esclarecer algumas de suas dúvidas sobre a pancreatectomia.

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Varizes esofágicas: tratamentos

Varizes esofágicas: tratamentos



A formação de varizes esofágicas se dá em pacientes que sofrem de doença hepática grave. Isso acontece quando o fígado se torna fibroso e rígido, por causa de inflamações recorrentes no tecido que o forma. Da mesma maneira que se formam cicatrizes mais duras na nossa pele, quando não cuidamos adequadamente de um machucado.

Esse quadro gera um aumento na pressão sanguínea das veias e canais que nutrem o fígado e todo o sistema digestivo, levando a um quadro de hipertensão portal. Desse modo, as veias do esôfago, sobrecarregadas com o aumento de pressão, ficam dilatadas, sensíveis e correm o risco de se romper. É considerada uma condição grave, visto que existe um alto risco de óbito por parte de seus portadores.

Neste artigo, você vai saber mais sobre o tratamento indicado para essa doença. Leia para saber mais!

Possíveis tratamentos para as varizes esofágicas

Tratamento farmacológico

Este tratamento é feito com o uso de medicamentos betabloqueadores por via oral. Esses remédios causam uma diminuição da pressão cardíaca, assim como da pressão sanguínea de todo o corpo — reduzindo também a pressão nas veias do esôfago.

No entanto, o uso de betabloqueadores só consegue reduzir a pressão sanguínea em até 25% e pode causar muitos efeitos colaterais, como fraqueza, queda de pressão, cansaço, fraqueza e sonolência.

Ligadura elástica ao redor das varizes esofágicas

Esse procedimento é feito aspirando-se o sangue — se algum sangue houver sido derramado no local da variz — e, então, é colocado um material elástico ao redor do lugar mais afetado. Isso estimula a coagulação sanguínea naquele local, o que contribui para o desaparecimento progressivo das veias dilatadas.

Tratamento radiológico-hemodinâmico

É um procedimento radiológico que consiste em criar um desvio entre a veia porta e a veia cava inferior — responsável por levar ao coração o sangue venoso (com pouco oxigênio) recolhido do abdome e dos membros inferiores.

O procedimento é realizado por meio da colocação de um cateter. Ele auxilia tanto na redução da hipertensão portal quanto no tratamento da ascite — acúmulo de líquidos no abdome que também é causado por doença hepática em estágio avançado.

Tratamento cirúrgico

Assim como o tratamento radiológico, o tratamento cirúrgico visa desviar o fluxo de sangue que passa pela veia porta para diminuir o quadro de hipertensão.

A diferença é que esse tratamento é cirúrgico e, portanto, feito de maneira mais incisiva e definitiva. Ele é utilizado em caso de não se obter resposta dos outros procedimentos para conter os sangramentos gastrointestinais.

Oclusão mecânica

Tratamento utilizado em caso de o paciente portador das varizes hepáticas viver longe dos grandes centros urbanos, onde não é possível recorrer a outro tipo de intervenção.

Coloca-se um balão no esôfago do indivíduo, pressionando a variz da qual decorre o sangramento. É um procedimento extremamente desconfortável. Seu tempo de uso está limitado a 24 horas, tempo máximo para que seja feito o deslocamento do paciente para um hospital que ofereça melhor tratamento para o sangramento gastrointestinal.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!



Posted by Dr. Douglas Bastos in Todos