Dr. Douglas Bastos

Cirurgia hepatobiliar: o que é e como funciona?

Cirurgia hepatobiliar: o que é e como funciona?

Assim como acontece com outros sistemas do organismo, o sistema hepatobiliar pode ser submetido a tratamentos cirúrgicos para resolução de problemas. Seja para defeitos congênitos ou doenças crônicas, os procedimentos se adaptam para consertar algo que está afetando o comportamento dos órgãos e complicando suas ações. Nesse cenário, a cirurgia hepatobiliar é uma das metodologias mais recomendadas pelos médicos para tratar anomalias envolvendo o fígado, as vias biliares e o pâncreas.

Por serem regiões muito complexas do corpo (devido às ligações com vasos biliares e sanguíneos), a cirurgia precisa ser realizada com o máximo de atenção. Na maioria dos casos, a operação é uma solução contra o surgimento de nódulos e tumores benignos ou malignos.

A complexidade da cirurgia hepatobiliar

Mesmo que um determinado problema acometa somente um dos órgãos, esse tipo de cirurgia abrange o fígado, o pâncreas e as vias biliares. Uma vez que esse sistema possui uma variedade de canais que servem para o fluxo da bile e de outras substâncias, o procedimento se torna ainda mais delicado.

Em grande parte dos casos, a cirurgia é recomendada como um tratamento para o câncer hepatobiliar, mesmo que o nódulo já esteja no estágio de metástase. Seja num quadro benigno ou maligno, a operação só pode ser realizada por profissionais experientes devido ao risco de atingir alguma via importante.

Conheça os tipos de cirurgia

O procedimento cirúrgico atinge completamente a área anatômica do fígado, do pâncreas e das vias biliares. Além disso, ele pode ser invasivo ou não: tudo dependerá de como o especialista avalia o nível clínico da doença que o paciente se encontra. Os métodos não invasivos, entretanto, costumam oferecer muito menos riscos e promover mais benefícios para o indivíduo operado.

A seguir, confira os principais tipos de cirurgia hepatobiliar:

Hepatectomia

É o método considerado mais seguro para tratamento de um tumor tanto durante a operação como também no pós-operatório. Realizada através de videolaparoscopia (cirurgia minimamente invasiva) ou aberta, a hepatectomia resseca somente o segmento do fígado que está acometido pelo câncer hepatobiliar. Essa ressecção não precisa ser ampliada para mais segmentos, a não ser que a lesão já esteja num estágio mais avançado. Nesse último caso, a hepatectomia poderá ser estendida para uma ressecção maior do fígado, podendo chegar até 60% do órgão.

Pancreatectomia

A pancreatectomia, por sua vez, é direcionada para quem sofre com lesões no pâncreas. Também pode ser feita por videolaparoscopia ou aberta, sendo escolhido a forma que mais facilitar a ressecção do segmento que está atingido pelo tumor benigno ou maligno.

Embora existam centros hospitalares que façam os dois tipos de cirurgia, a principal preocupação da classe médica é fazer a operação do modo menos invasivo possível: a taxa de co-morbidades no pós-operatório ainda é grande no Brasil, justamente por conta da complexidade do procedimento cirúrgico e pela pouca disponibilidade de equipes especializadas. Caso não seja realizada corretamente, a cirurgia pode acabar prejudicando o tratamento do paciente. Daí a grande importância de buscar um especialista com vasta experiência para a realização da cirurgia hepatobiliar.

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Vias biliares: o que são e para que servem?

Vias biliares: o que são e para que servem?

O corpo humano possui uma série de elementos e sistemas que são pouco conhecidos para muitas pessoas. As vias biliares são um exemplo. Sua importância para o funcionamento do organismo só é compreendida quando estamos diante de uma doença nestes pequenos canais.

Sua responsabilidade no sistema digestório, no entanto, é a de conduzir a bile produzida pelo fígado para ser armazenada na vesícula e, logo depois, seguir para o duodeno. Por se tratar de substância responsável pela digestão da gordura, qualquer disfunção que interfira no seu curso natural pode afetar o organismo como um todo.

Para você entender melhor o que são e qual a função dessas importantes vias de transporte de bile e de outras substâncias no nosso processo digestivo, criamos este post. Não deixe de acompanhar!

O que são as vias biliares?

Trata-se de pequenos ductos que ligam o fígado e a vesícula ao duodeno. Por eles, passa a bile, que é produzida pelo fígado e fica armazenada na vesícula até ser liberada, seguindo para o intestino delgado para cumprir seu papel na digestão das gorduras que consumimos.

Esses dutos condutores de bile se apresentam como intra-hepáticos, quando estão ainda dentro do fígado, e extra-hepáticos, quando se localizam na parte de fora do órgão.

Os microcanais que se localizam dentro do fígado emergem formando dois maiores: o ducto hepático direito e o ducto hepático esquerdo. Antes de saírem do fígado, eles se tornam apenas um, chamado ducto hepático comum. 

Após isso, ainda é dividido novamente em dois ductos, um indo para a vesícula e outro que segue para o duodeno. Cada trecho do trajeto tem uma função na produção, armazenamento e liberação da bile. 

Qual a sua função?

Como falamos, as vias ou canais biliares têm uma função extremamente importante no funcionamento do organismo. Por elas passam a bile que é produzida no fígado e serve principalmente para quebrar as moléculas de gordura que ingerimos na alimentação diária.

A partir desse processo, as gorduras boas, como os ácidos graxos, são aproveitadas para a manutenção das funções vitais do ser humano. 

Por isso, doenças que acometem as vias biliares podem trazer uma série de prejuízos para a saúde do indivíduo. O câncer, por exemplo, causa a obstrução dos ductos, inviabilizando a passagem da bile, que acaba ficando armazenada no fígado.

Quando isso ocorre, o paciente pode apresentar sintomas, como a icterícia e coceiras na pele, porque a bilirrubina, uma substância presente na bile, vai para a corrente sanguínea e se acumula nos tecidos da pele.

A obstrução das vias biliares pode ainda trazer outros sintomas que devem ser cuidadosamente observados, como fezes claras, perda de apetite, urina escura e dor abdominal. Diante de qualquer um desses indícios, é importante procurar um médico para a realização dos exames necessários.

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Cirrose hepática e câncer de fígado: qual é a relação?

Cirrose hepática e câncer de fígado: qual é a relação?

A cirrose hepática é o resultado final de um conjunto de agressões ao fígado, as quais vão deixando o tecido totalmente fibroso, incapaz de realizar as funções habituais. Com os nódulos criados pela regeneração, há uma mudança no fluxo sanguíneo, e partes do fígado podem não receber oxigenação e nutrientes necessários aos tecidos.

Há certa confusão sobre a cirrose hepática e o câncer de fígado, já que muitas pessoas acreditam se tratar da mesma doença. Porém, o câncer é resultado da transformação de uma célula saudável em maligna, passando a se dividir de  forma desordenada. A cirrose, como representa uma agressão e recuperação constante das células hepáticas, pode ser um fator de risco para o surgimento do câncer. O câncer de fígado pode ser um hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular, um colangiocarcinoma, um angiossarcoma ou um hepatoblastoma.

Como acontece a cirrose hepática

Por muito tempo, a doença era vista como exclusiva de alcoólatras, já que o uso exagerado e contínuo do álcool aumenta a possibilidade de cirrose. O álcool vai causando pequenas lesões no fígado, que vão se transformando em fibroses até o desenvolvimento da cirrose.

Há fatores de risco significativos, que podem causar doenças que levam à cirrose. Além do alcoolismo, há:

  • histórico familiar: doença de Wilson, hemocromatose, deficiência de alfa 1 antitripsina, fibrose cística e talassemia;
  • obesidade e diabetes: esteatose hepática;
  • medicações tóxicas: hepatopatias induzidas por drogas;
  • exposições parenterais, transfusão sanguínea: hepatites B e C;
  • histórico de icterícia: hepatite viral crônica;
  • doenças autoimunes: hepatite autoimune e cirrose biliar primária;
  • colite ulcerativa: colangite esclerosante primária;

O diagnóstico precoce das doenças relacionadas pode evitar o surgimento da cirrose. Essa não é uma doença contagiosa, embora algumas das causas, como a hepatite, são e devem ser cuidadas e precavidas. Os sintomas do quadro são a fadiga, emagrecimento, náuseas, icterícia, ascite, inchaço nas pernas e dor abdominal.

Quando a doença está estabelecida, os tratamentos servem apenas para amenizar os sintomas e evitar que ela possa se desenvolver ainda mais. Porém, a cura é feita somente com um transplante de fígado.

A relação do câncer de fígado com a cirrose hepática

A cirrose hepática é um dos principais fatores de risco para câncer de fígado. Algumas doenças representam risco de evoluir para cirrose, são elas: alcoolismo, hepatites B e C, doenças hepáticas metabólicas e autoimunes e doenças hepáticas gordurosas. Todo paciente com cirrose deve fazer uma avaliação periódica para saber se tem câncer ou nódulo no fígado.

O câncer de fígado pode ser primário ou secundário. O secundário surge pela metástase de câncer de outros órgãos. Já o primário se constitui de tumores que se iniciam no órgão e são muito difíceis de serem diagnosticados. Os sinais e sintomas nesses casos tendem a aparecer só em níveis avançados da doença.

Muitos sintomas que começam a surgir podem ser semelhantes à cirrose e levar a um diagnóstico equivocado, caso não sejam investigados adequadamente. Além de falta de apetite, cansaço e náuseas, o paciente pode apresentar o fígado e o baço aumentados. 

Se o câncer de fígado (tumor primário) não tiver causado metástase, ele pode ser retirado por cirurgia e ter a quimioterapia como tratamento adicional, para evitar novos focos. Em alguns casos podem ser realizados tratamentos percutâneos, menos invasivos.

Caso não seja possível a retirada cirúrgica, podem ser realizados tratamentos percutâneos, menos invasivos. Há ainda casos onde é indicado apenas quimioterapia, dependendo das características de cada caso.

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Obesidade é uma das principais causas da hérnia umbilical

Obesidade é uma das principais causas da hérnia umbilical

Como o nome já indica, a hérnia umbilical fica localizada na região do umbigo e pode levar um tempo considerável até ser notada. Sentida no tato quando adquire um tamanho significativo, ela também pode provocar dor e febre, que são sinais de alerta para possíveis complicações.

Vale notar que esse tipo de hérnia se forma através de uma falha na musculatura abdominal, fazendo com que parte do do epíploon (espécie de gordura intra-abdominal) ou do intestino consiga atravessá-la e cause uma protuberância. Trata-se de um problema comum em bebês e em pessoas com fatores de risco como obesidade.

Quais são principais causas da hérnia umbilical?

Quando o feto está em formação no ventre da mulher, ele está conectado a ela através do cordão umbilical. Ao redor deste cordão, está o anel umbilical, cercado de músculos que permitem que a área seja fechada após o nascimento.

No entanto, quando os músculos não se unem totalmente como o esperado, a parede abdominal torna-se fraca na região e fica suscetível ao surgimento de hérnias. Nesse sentido, as hérnias podem aparecer tanto no recém-nascido que ainda tem a parede abdominal em desenvolvimento, quando em outros momentos de sua vida (exatamente devido a essa má formação).

Em adultos, a hérnia umbilical ocorre frequentemente em quem carrega muito peso, apresenta sobrepeso, obesidade e obesidade mórbida, pessoas que realizaram alguma cirurgia abdominal (que acabou fragilizando a área) ou indivíduos que possuem ascite. Mulheres grávidas que apresentam essa falha na musculatura também costumam observar a hérnia umbilical durante a gestação.

É importante notar, entretanto, que o problema é mais comuns em crianças, inclusive bebês prematuros que ainda estão com baixo peso e precisam se desenvolver adequadamente. Adultos acima do peso ou mulheres que realizaram várias gestações também apresentam um risco iminente.

Sintomas e tratamentos do problema

Uma protuberância sentida na área do umbigo é o primeiro sinal de que há uma hérnia no local. Ela se torna mais evidente com a realização de movimentos bruscos, como tossir e fazer força, mas é de fato perceptível quando o indivíduo está na posição ereta (e não deitada).

A hérnia pode ficar anos sem causar nenhum incômodo quando possui tamanho médio – nessa situação, a parte do intestino vazada pode entrar e sair da cavidade sem problemas. Por outro lado, quando a hérnia é muito pequena ou muito grande, pode haver um estrangulamento do órgão causado pelos movimentos de abrir e fechar, causando inflamação local.

Nessas condições, a hérnia apresenta outros sintomas como dor, febre, vermelhidão, calor local, náuseas e vômitos, tornando-se urgente buscar um exame clínico e radiológico para determinar as características do problema. Na maioria dos casos, é necessária uma cirurgia para fechar a área aberta.

Com um correto exame físico, o médico já sabe o estado da hérnia presente. Pode-se empurrar a protuberância para dentro com o objetivo de atenuar os sintomas.

Por sua vez, a cirurgia é feita com uma pequena incisão na base umbilical, na qual é realizada uma união das partes separadas. Como o tecido já está frágil, o mais indicado é inserir uma prótese de tela para unir os lados. Em seguida, são dados pontos na área e o procedimento é finalizado.

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4 sintomas que podem indicar que você está com pedra na vesícula

4 sintomas que podem indicar que você está com pedra na vesícula

Os perigos da pedra na vesícula vão além da clássica dor após a alimentação. Transtornos no pâncreas, obstrução da via biliar e até infecção grave podem ocorrer.

Porém, suspeitar do diagnóstico não é algo difícil, se você estiver atento a alguns detalhes. Quem é diagnosticado com pedra na vesícula precisa procurar um especialista para correta avaliação. 

4 sintomas de pedra na vesícula

  1. Dor abdominal

A dor é a principal reclamação. Ela ocorre logo após uma refeição ou quando a pessoa realiza um esforço na área abdominal. Entretanto, não fica somente na barriga, a lombar e outras áreas acima, especialmente na região das costelas, também são atingidas pelo incômodo.

Se o consumo de gordura for grande, a vesícula fica ainda mais contraída, e é aí que a dor se acentua. 

  1. Mal estar após as refeições

Mal estar após as refeições é um sintoma comum para muitas doenças do aparelho digestivo. Muitas vezes os sintomas da pedra na vesícula se manifestam como uma sensação de má digestão. É frequente que essa queixa seja mais frequente após alimentos ricos em gordura ou frituras. 

 

  1. Urina Escura

Quando uma pedra sai da vesícula, e cai na via biliar principal, o colédoco, podem surgir alguns sintomas. Um desses sintomas é o escurecimento da urina. Em alguns casos os pacientes relatam que está com a urina com “cor de coca-cola”.  Esse é um relato com grande chance da origem ser relacionada a algum problema no fígado ou na vesícula.

  1. Cor amarelada nos olhos e pele

A icterícia é outro sintoma que pode indicar pedra na vesícula. Na verdade, assim como a urina escura, ela decorre na maioria das vezes da passagem de uma pedra para fora da vesícula. Isso impede a drenagem de bile para o intestino. Isso altera a excreção e reabsorção das substâncias derivadas da bile e influencia na mudança de tonalidade da pele e dos olhos, tornando-os amarelados.

Se você perceber esses sintomas, você pode ter pedra na vesícula. É importante que procure um especialista ou o seu médico de confiança. 

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Câncer: conceito e formas de tratamento

Câncer: conceito e formas de tratamento

O corpo humano é um grande e complexo sistema, cujo equilíbrio depende da relação harmoniosa entre uma série de fatores, que, ao saírem da normalidade podem comprometer a saúde, sendo um desses fenômenos o câncer.

Dá-se esse nome a um conjunto de mais de uma centena de doenças. O que elas possuem em comum é a origem. Essas doenças estão ligadas pelo crescimento desordenado de um determinado grupo de células, que se espalham pelo organismo, invadindo tecidos e órgãos, processo conhecido como metástase.

Os tumores, ou neoplasias malignas, são a consequência do acúmulo e atividade agressiva dessas células contra a área afetada.

Quanto aos tipos, o câncer pode ser um carcinoma, cuja característica é a neoplasia se iniciar nos tecidos epiteliais, como as mucosas e a pele; um sarcoma, quando ocorre em tecidos conjuntivos, como cartilagens, ossos e músculos, ou uma metástase, que é quando as células malignas invadem e atacam órgãos e tecidos.

É possível que os tumores sejam “benignos”. Trata-se de um processo parecido, mas que ocorre com a multiplicação lenta das células, que não diferem do tecido original nem se espalham pelo corpo, não constituindo ameaça à integridade.

Assim como é abrangente o número de manifestações, as causas do câncer também são diversas. Na maioria dos casos, essas causas são externas, sendo que 10% a 20% estão relacionadas a fatores genéticos, que interferem na capacidade do organismo de se defender de ameaças.

Os fatores externos, por sua vez, são muitos, estando associados a condições de trabalho, alimentação e exposição ambiental. A doença pode ter origem no contato com a radiação solar, com a água, com a terra, o ar, com ambientes de risco, como indústrias químicas, na ingestão de medicamentos e alimentos, consumo de bebidas e cigarro.

Quais os possíveis tratamentos contra o câncer?

Os tratamentos são diversos, cada qual mais adequado ao tipo e estágio da doença e ao quadro médico de cada paciente. Confira os principais procedimentos terapêuticos a seguir:

Cirurgia

A cirurgia, que pode ser aplicada de forma combinada com a radioterapia e/ou a quimioterapia, consiste na remoção da área afetada pelo tumor. É bastante adequada para a erradicação da doença em seu início, antes que haja contaminação de outras áreas.

Radioterapia e Quimioterapia

A radioterapia é recomendada para tumores localizados. Através desse tratamento, as células cancerígenas são destruídas ou danificadas. Espera-se, com isso, reprimir o desenvolvimento das mesmas.

A radioterapia, como a quimioterapia, apresenta efeitos colaterais, como queda de cabelos, cansaço e perda de apetite. Na quimioterapia, os efeitos são mais graves, com náuseas, vômito e aumento do risco infecções, entre outros.

A quimioterapia consiste na administração de medicamentos anticancerígenos por via oral ou venosa. É o tratamento mais adequado em caso de metástases, pois pode atingir todo o organismo.

A quimioterapia tem por finalidade a cura. Porém, em muitos casos, pode servir para impedir que a doença se dissemine, retardá-la, aliviar os sintomas, destruir as células cancerosas e criar ambiente favorável para a realização da cirurgia.

Terapia biológica e terapia alvo

A terapia biológica busca a utilização do sistema imunológico para ações diversas no combate à doença. Já a terapia alvo busca promover modificações no interior das células cancerosas

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4 benefícios da cirurgia digestiva videolaparoscópica

4 benefícios da cirurgia digestiva videolaparoscópica

A cirurgia digestiva videolaparoscópica, ou simplesmente videolaparoscopia, é a técnica que possibilita ao cirurgião visualizar o interior do abdômen sem efetuar grandes incisões para a realização dos procedimentos cirúrgicos. Atualmente também é chamada de cirurgia minimamente invasiva.

Para efetuar a videolaparoscopia, são realizados pequenos cortes ou orifícios. Insere-se uma câmera de vídeo que permite uma visão ampliada dos órgãos abdominais e, dessa maneira, acessar as diferentes estruturas do sistema digestivo.

Nesse tipo de intervenção cirúrgica, a câmera aumenta até 20 vezes o campo de visão do cirurgião. Isso permite maior precisão para identificar os problemas a serem sanados.

A cirurgia digestiva videolaparoscópica é recomendada para efetuar o tratamento de doenças que afetam o sistema digestivo. Também possibilita tratar outras enfermidades capazes de atingir os demais órgãos da região, tais como o útero e os ovários.

Quatro benefícios da videolaparoscopia

A videolaparoscopia pode acarretar uma série de avanços e benefícios quando o assunto é o tratamento de doenças que acometem o sistema digestivo.

Entre os transtornos que podem ser tratados por meio da cirurgia digestiva videolaparoscópica estão: a apendicite aguda; a pedra na vesícula; os tumores no intestino e as hérnias inguinais. 

Conheça então quatro benefícios da videolaparoscopia:

  • Estética: Justamente por efetuar pequenas incisões no paciente, a cirurgia digestiva videolaparoscópica não deixa grandes marcas e cicatrizes, não interferindo assim na parte estética.
  • Desconforto: O procedimento videolaparoscópico é bem menos doloroso que as intervenções cirúrgicas tradicionais. Além disso, o índice de sangramento é mais baixo.
  • Recuperação do paciente: O tempo de internação é bem menor, em torno de vinte e quatro horas para a maioria dos procedimentos. Vale salientar também que existe uma redução do índice de infecção após o procedimento cirúrgico.
  • Tecnologia: Em razão do vídeo que proporciona uma visão ampliada da região-alvo da intervenção cirúrgica, o médico tem totais condições de efetuar um trabalho seguro e com bastante precisão.

Dependendo do tipo de cirurgia, o médico efetuará de três a seis incisões. Tais incisões são bem pequenas, de 0,5 a 2,0 cm. Por uma delas, uma microcâmera acoplada a uma fonte de luz é introduzida.

O objetivo é permitir a observação do interior do organismo e dos instrumentos a serem usados. Já por meio das outras incisões, serão introduzidas pinças e outros instrumentos cirúrgicos que são devidamente adaptados para a realização do procedimento.

Esse tipo de cirurgia surgiu na Europa durante a década de oitenta e chegou ao Brasil nos anos noventa. Desde então vem aumentando o numero de procedimentos realizados por essa abordagem.

Portanto, graças aos seus benefícios, ela é o tipo de cirurgia adotada em muitos dos tratamentos que realizamos.

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Tudo o que você precisa saber sobre o câncer de vesícula

Tudo o que você precisa saber sobre o câncer de vesícula

A palavra “câncer” tem um efeito extremamente pesado na vida de muitas pessoas que são diagnosticadas com essa doença. Associada a um processo demorado, bastante doloroso e até mesmo à morte, quase todas as partes do corpo estão sujeitas a desenvolver essa enfermidade. O câncer de vesícula é um desses tipos de câncer que precisam ser entendidos e tratados.

De diagnóstico mais difícil e afetando a vesícula biliar (um pequeno órgão que concentra a bile e que influencia no trato gastrointestinal), essa patologia têm mais chances de cura quando o diagnóstico é realizado de forma precoce.

Em meio ao seu processo de tratamento, o paciente diagnosticado com câncer de vesícula passará por procedimentos cirúrgicos e quimioterapia, a fim de eliminar as células cancerígenas.

Quais são os sintomas do câncer de vesícula?

Infelizmente, o câncer de vesícula ataca de modo bastante silencioso.  De fato, são raras as vezes em que a doença é descoberta em suas fases iniciais. Ainda assim, é importante destacar alguns dos sintomas mais frequentes entre as pessoas que podem estar padecendo desta enfermidade. Confira a seguir quais são os principais:

• Frequentes e estranhos inchaços por toda a barriga;

• Mudança na tonalidade da pele e dos olhos, que se tornam mais amarelados;

• Muita dor na barriga, principalmente no lado direito, em que o trato gastrointestinal se localiza;

• Perda de peso em decorrência da expressiva diminuição no apetite;

• Recorrência nos enjoos e nos vômitos sem motivo aparente ou explicação;

• Temperatura do corpo elevada em mais de 38º C por dias seguidos.

Vale ressaltar mais uma vez que esses sintomas costumam aparecer em fases mais avançadas do câncer, sendo indispensável a procura de um médico especialista no exato momento de sua dúvida ou percepção. O médico poderá solicitar a realização de exames, bem como diagnosticar a pessoa como portadora da doença.

O tratamento do câncer de vesícula

Assim como nos demais cânceres, uma vez que a descoberta é feita, torna-se indispensável o rápido início do tratamento e o combate à enfermidade. Afinal, tratando-se do câncer, o tempo joga contra a vida do paciente, permitindo que outras células cancerígenas surjam conforme haja contato com a região já degradada.

Uma vez que o câncer foi encontrado, é indispensável que a vesícula biliar seja retirada para uma interrupção do avanço das células malignas. Feito isso, é necessário ainda dar início ao tratamento de quimioterapia, visando controlar o avanço da patologia para os demais órgãos.

Sobre a cirurgia do câncer de vesícula, vale destacar que existem dois tipos principais de procedimento. O primeiro consiste na cirurgia potencialmente curativa, que é aquela em que o médico responsável tem a possibilidade de retirar todo o tumor do órgão.

A segunda, por sua vez, é uma cirurgia paliativa, na qual retirar todo o tumor não é uma opção. Nesses casos, a intervenção cirúrgica se dá apenas para tratar ou prevenir complicações.

Quer saber mais? Estou à disposição para conversarmos sobre este e outros assuntos. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como especialista em cirurgia digestiva no Rio de Janeiro!

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Tudo o que você precisa saber sobre o pâncreas

Tudo o que você precisa saber sobre o pâncreas

Poucas pessoas têm um conhecimento claro sobre o pâncreas, um órgão que, como os outros, é de extrema importância. O pâncreas, inclusive, é um dos órgãos mais ocultos do nosso corpo, mede entre 15 a 25 cm e está localizado atrás do estômago.

Confira neste artigo informações importantes sobre o pâncreas, incluindo possíveis problemas na região e cuidados para manter a saúde do órgão:

Funções do pâncreas

O pâncreas possui duas funções, a depender de sua classificação:

• Pâncreas Exócrino: essa função tem o poder de produzir sucos digestivos. Ela auxilia na digestão de todos os alimentos e proteínas para que possam seguir para o intestino.

• Pâncreas Endócrino: essa função é responsável por produzir hormônios como a insulina, que regulariza a entrada de açúcar no organismo.

Possíveis doenças que afetam o pâncreas

  • Diabetes: é uma das doenças mais comuns que podem atacar o pâncreas. Ela inibe a produção da insulina, responsabilidade deste órgão, e, sem produção de insulina, a reação é o diabetes, tanto o tipo 1 quanto o tipo 2.
  • Câncer: ocorre quando alguma célula do órgão não se desenvolve adequadamente, se transformando e crescendo de forma desordenada e não controlada.
  • Pâncreas anular: causado por uma má formação, leva à obstrução que só pode ser resolvida com cirurgia.
  • Pancreatite: inflamação no pâncreas que é causada, entre outros motivos, pela saída de uma pedra da vesícula e passagem pelo pâncreas.
  • Cistos no pâncreas: cistos no pâncreas também podem ocorrer como em qualquer outro órgão. Geralmente, os cistos consistem em pequenas bolsas com líquidos.

É importante ressaltar que pessoas que consomem frequentemente bebidas alcoólicas e as que fumam têm mais probabilidade em desenvolver uma doença pancreática.

Sinais de doenças no pâncreas

  • Dor abdominal:  esse sintoma é o mais comum para suspeitar de algo no pâncreas. Ela pode começar bem silenciosa e depois aumentar conforme o tempo, caso não se procure imediatamente um especialista. As dores se localizam com mais frequência no meio do abdômen.
  • Aumento de dor frequente a cada movimento: outro sintoma bem conhecido dessa doença são as dores contínuas a cada passo que se dá. Os incômodos se localizam, principalmente, na coluna.
  • Diarreia: dores de barriga e anormalidade nas fezes podem ser um indício de que há problemas no pâncreas.
  • Náuseas e vômitos:  essas reações também são sinais de que algo pode estar errado com seu pâncreas.

E como fazer para manter o pâncreas sempre saudável? Os cuidados são básicos: é preciso manter uma alimentação balanceada e, se você fuma, busque interromper esse hábito. Não adianta ter uma alimentação saudável e danificar seu corpo e seus órgãos com o cigarro. Não se esqueça, ainda, de procurar um médico especialista na área para fazer os exames de check-up todos os anos. O pâncreas também precisa de cuidados!

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Hemangioma hepático: entenda o que é

Hemangioma hepático: entenda o que é

O hemangioma hepático consiste em um tumor benigno que afeta o fígado, sendo ele um dos tipos de nódulos mais comuns encontrados nesse órgão.

O nódulo é mais comumente diagnosticado em mulheres jovens, com idade entre 20 e 45 anos. Sua aparição em exames ginecológicos de rotina pode assustar em um momento inicial mas, na grande maioria dos casos, não representa risco para a saúde da mulher.

Neste artigo, reunimos as principais informações sobre o hemangioma hepático, incluindo suas características, sintomas e até mesmo recomendações de tratamento. Acompanhe:

Tudo sobre o hemangioma hepático

O hemangioma no fígado é formado por um “emaranhado” de pequenos vasos sanguíneos e raramente evolui para uma condição sintomática ou grave.

Não há um consenso na comunidade médica sobre as causas que levam ao surgimento do mesmo. Porém, estima-se que ele seja mais comum em mulheres que fazem reposição de hormônio (devido ao consumo de anticoncepcionais ou terapia pós-menopausa) e que já engravidaram. Mesmo assim, ele também pode ser encontrado em indivíduos do sexo masculino.

Com o diagnóstico do tumor benigno no fígado, o paciente não deve se preocupar – isso porque ele geralmente não é grave, sendo descoberto apenas em exames de rotina ou análises realizadas para o diagnóstico de outros problemas, tais como dispepsias ou demais condições que afetam o fígado, o estômago ou que as queixas estejam localizadas no andar superior do abdome.

Vale acrescentar que o diagnóstico do hemangioma hepático é realizado por meio de tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas ou até mesmo ultrassonografias da região abdominal.

Os possíveis (e raros!) sintomas para o hemangioma hepático, por sua vez, são:

  • Vômitos, enjoos e náuseas;
  • Dores abdominais, especialmente do lado direito;
  • Sensação de que está cheio (saciado) mesmo fazendo refeições pequenas ou leves;
  • Perda de peso sem outra causa aparente.

É possível tratar o problema? Como?

Na grande maioria dos casos, como já mencionamos, o hemangioma hepático não representa uma enfermidade grave e nem sequer exterioriza sintomas que interferem no dia a dia do paciente. Se este for o caso, recomenda-se que o tumor seja acompanhado a cada seis ou doze meses para evitar uma complicação (apesar de rara). Nessa situação, exames periódicos são recomendados.

As únicas indicações para o tratamento do tumor benigno são:

  • Caso haja alguma dúvida relativa ao seu diagnóstico (indicando para uma possibilidade, mesmo que mínima, de desenvolvimento de células malignas na região);
  • Manifestação dos sintomas (já listados acima);
  • Lesões maiores do que 10 centímetros, que passam a ser consideradas gigantes e possuem risco de complicações em potencial;
  • Síndrome de Kasabach-Merrit (quando o consumo de plaquetas, hemácias e componentes responsáveis pela coagulação passa a ser realizado dentro deste tumor benigno);
  • Quando o tumor cresce ou muda de formato (o que costuma ser notado quando o indivíduo faz o acompanhamento adequado da condição).

Agora você já conhece as principais características do hemangioma hepático, assim como suas indicações de tratamento, causas e sintomas. Quer saber mais? Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como especialista em cirurgia digestiva no Rio de Janeiro!

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