Dr. Douglas Bastos

Do que trata um cirurgião digestivo?

Do que trata um cirurgião digestivo?

Com tantas especialidades médicas, às vezes é um pouco complicado saber qual o profissional ideal para cada problema que as pessoas podem sentir. O cirurgião digestivo, por exemplo, é um médico especialista que cuida de diversos tipos de doenças e de órgãos do sistema digestivo. Para esclarecer os focos de atenção deste profissional, eu preparei este artigo que irá ajudá-lo a saber quando procurar o especialista. Acompanhe!

O que é um cirurgião digestivo?

Este profissional é o médico especializado em tratar tudo o que envolve o sistema digestivo. Ou seja, ele cuida de uma série de órgãos e partes do corpo humano, como:
  • boca;
  • íleo;
  • cólon;
  • intestino delgado e grosso;
  • fígado;
  • pâncreas;
  • vesícula biliar;
  • estômago;
  • esôfago.
Sendo assim, o cirurgião do aparelho digestivo está apto para diagnosticar e tratar uma lista muito variada de patologias.

Quais doenças o especialista trata?

Para compreender melhor, veja algumas doenças que podem ou não levar a uma cirurgia, mas que, de uma forma ou outra, estão relacionadas à atuação deste profissional:
  • doença do refluxo gastroesofágico (DRGE);
  • úlcera gástrica (péptica) — ferida que pode surgir no duodeno e no tecido que envolve internamente o estômago;
  • pancreatite — inflamação do pâncreas, entre suas principais causas estão o elevado consumo de álcool e os cálculos biliares;
  • diverticulite — inflamação dos divertículos, que são pequenas saliências gastrointestinais responsáveis por reter fezes e que podem abrigar colônias de bactérias;
  • câncer do estômago — extremamente preocupante, no Brasil é o segundo mais recorrente nos homens, além disso, ocupa a segunda posição em óbitos por neoplasia;
  • câncer colorretal — é uma doença tratável e, em boa parte dos casos, curável, mas desde que não tenha avançado sobre outros órgãos do sistema digestivo;
  • fígado — grande parte das cirurgias digestivas têm o fígado como foco: tumores benignos e malignos, metástases e abscesso hepático são alguns dos problemas mais comuns;
  • cálculos biliares — uma doença muito recorrente entre os brasileiros, atualmente há técnicas cirúrgicas pouco invasivas e rápidas para o tratamento.
Vale lembrar que pacientes que apresentem algum tipo de problema ou transtorno de digestão também podem obter ajuda e orientação dos especialistas nessa área. Com isso, fica fácil de entender que o cirurgião digestivo tem habilitação para lidar com toda a parte principal do aparelho digestivo como também de órgãos anexos. Além disso, de acordo com situação, ele pode atuar de forma conjunta com outras especialidades médicas dadas as particularidades do problema apresentado pelo paciente.

Quais exames o cirurgião realiza antes dos procedimentos?

Além da consulta tradicional, o médico da área digestiva pode solicitar uma série de exames para definir melhor o diagnóstico, o tipo de cirurgia e a forma mais adequada de tratamento que deverá ser direcionado ao paciente. Entre alguns dos mais usados por essa especialidade, temos:
  • colonoscopia: para avaliar condições e parâmetros do intestino grosso;
  • endoscopia digestiva: que tem como finalidade avaliar o esôfago, o duodeno e o estômago.
Outros exames também podem ser pedidos como complemento, esse é o caso do hemograma, que ajudará o cirurgião digestivo a ter uma visão melhor sobre o panorama geral da saúde do paciente que será submetido à cirurgia. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!
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3 doenças da vesícula e tratamentos

3 doenças da vesícula e tratamentos

A vesícula biliar é o órgão responsável por armazenar a bile, um líquido produzido pelo fígado e que auxilia na digestão. Ela está situada sob o fígado e, conforme o estômago e o intestino delgado e grosso promovem a digestão dos alimentos, é que ela se contrai e libera o líquido usado na digestão pelos ductos biliares. Essa função é fundamental para o bom funcionamento do organismo humano. Por isso, é preciso ficar atento a essa parte tão pequena, mas muito importante do corpo. Neste artigo, vamos falar sobre 3 doenças mais comuns na vesícula e os tratamentos disponíveis. Acompanhe!

Distúrbios mais comuns de vesícula

1. Colecistite

A colecistite é um dos problemas mais recorrentes e tem como origem os cálculos da vesícula. O surgimento se dá porque o cálculo acaba bloqueando o ducto cístico, que é por onde passa a bile oriunda do órgão. Essa doença pode ser categorizada como aguda ou crônica. Um dos principais tratamentos é a colecistectomia, que é a remoção do órgão. Geralmente, esse procedimento é feito após a verificação de alguns sintomas e situações específicas:
  • em pessoas idosas ou diabéticas, pois, nesses casos a colecistite pode provocar infecções;
  • quando a colecistite for aguda e o risco de realização de uma cirurgia for pequeno;
  • quando existir suspeitas de perfuração da vesícula, gangrena ou abcesso.
Essa cirurgia também pode ser adiada em algumas semanas para que a crise sentida pelo paciente possa melhorar, como nos casos de pessoas que têm problemas renais e cardíacos que possam comprometer todo o processo.

2. Colangite esclerosante

Colangite esclerosante é o nome dado ao estreitamento dos ductos biliares, devido a sua inflamação e cicatrização. Então, o tecido formado pelo processo de cicatrização interrompe a passagem das substâncias que ajudam na absorção de gorduras. Em alguns casos, esse problema pode provocar cirrose, insuficiência hepática e até mesmo câncer, pois tem relação direta com as funções da vesícula biliar e do fígado. O tratamento depende do nível e do sintoma da doença. Nas situações mais simples, é feito o acompanhamento da evolução da colangite esclerosante. Porém, em casos mais complexos, pode ser necessário que o paciente seja submetido ao transplante de fígado.

3. Câncer de vesícula

Dores abdominais, náuseas, vômitos e icterícia são alguns dos sintomas de câncer nesse órgão. É preciso ficar atento a qualquer indício para procurar rapidamente um médico especialista, em especial porque esses sinais costumam surgir em um estágio adiantado da doença. Alguns tipos de cânceres que ainda não se disseminaram para regiões distantes da vesícula podem ser tratados via cirurgia. Esse recurso não é recomendado quando o câncer atingiu os principais vasos sanguíneos próximos do órgão. Há vários outros problemas que podem estar relacionados com as vesículas dos seres humanos. Dentre eles, tumores no ducto biliar, defeitos congênitos, formações de tecidos, abscessos e doenças crônicas. Além disso, o próprio estilo de vida da pessoa merece atenção: obesidade, mau funcionamento do intestino, dieta e hereditariedade são alguns fatores de risco para o surgimento de doenças relacionadas à vesícula. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!
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Como é o tratamento cirúrgico do baço aumentado?

Como é o tratamento cirúrgico do baço aumentado?

No meio médico, quando se faz referência ao baço aumentado, não significa que se trata de uma doença específica, mas das consequências de algum distúrbio subjacente. Há uma série de aspectos que podem provocar o aumento do órgão, o que torna obrigatória uma consulta na qual o médico, ao avaliar a situação do paciente, considera diversos distúrbios que possam estar provocando esse problema. Quando o baço aumenta de tamanho, ele passa a precisar de mais sangue do que em seu estado normal. E, quando algumas de suas partes não recebem a quantidade necessária, acabam danificadas.

Tratamento cirúrgico do baço aumentado

O baço não tem a capacidade de se regenerar ou crescer — diferente do que acontece com o fígado — após sua remoção. Porém, cabe uma observação interessante: algumas pessoas contam com um segundo baço — denominado de baço acessório. Eles são relativamente pequenos, mas têm a possibilidade de crescer e funcionar quando o principal é removido. Quando o baço fica muito aumentado e a cirurgia é necessária, a esplenectomia via laparoscopia se destaca por ser menos invasiva e mais segura, além de apresentar algumas outras vantagens, como as seguintes:
  • dores e desconforto no pós-operatório são minimizados;
  • possibilidade de voltar às atividades de rotina mais rapidamente;
  • redução do tempo de internação.
A esplenectomia laparoscópica é feita por meio de três pequenas incisões no lado superior esquerdo do abdômen — medindo cerca de 1,5 cm. O acesso ao baço se torna mais fácil por ele estar situado na lateral do corpo humano. É importante lembrar que o tratamento para a esplenomegalia — nome dado ao baço aumentado — quando a situação não é muito complicada, pode ser feito com o uso de antibióticos, como no caso de uma infecção. A cirurgia é recomendada para os casos mais graves, quando o problema está causando complicações para o paciente ou, ainda, quando não se conseguiu identificar a causa para ser tratada.

Pós-operatório

Para fazer essa cirurgia, é preciso aplicar anestesia geral no paciente. Por isso, ele deve ficar no hospital por, no mínimo, 24 horas. Lembrando que, nesse caso, a alta médica é bem mais rápida, ocorrendo a partir do segundo dia.

Outros cuidados importantes

Após a retirada do baço, o organismo perde um pouco de sua capacidade de combater infecções. É preciso ter cuidado por certo período, mas essa preocupação pode ficar de lado, pois outros órgãos, em especial o fígado, aumentam gradativamente a produção de anticorpos, visando elevar a proteção aos níveis normais. A recomendação é ficar atento às vacinas e usar os antibióticos indicados, de acordo com a orientação do médico responsável. Outras ações visando aumentar a proteção do organismo e manter a qualidade de vida são:
  • ter uma alimentação equilibrada;
  • praticar exercícios;
  • evitar ficar próximo de pessoas doentes (bactérias e vírus);
  • evitar mudanças bruscas de temperatura para não correr risco de ter resfriados e gripes.
No mais, vale ficar atento a alguns sinais que podem indicar o baço aumentado, como desconforto e dor do lado esquerdo do abdômen, perda de peso, sangramento fácil, infecções recorrentes e icterícia. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!
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Retocolite ulcerativa idiopática: como é o tratamento?

Retocolite ulcerativa idiopática: como é o tratamento?

A retocolite ulcerativa idiopática (RCIU) é uma doença de caráter inflamatório que afeta o intestino. Apesar de não haver uma cura definitiva, fora o caso em que o intestino grosso é retirado, existem tratamentos muito eficazes para essa condição. Quando se manifesta, os sintomas costumam ser muito semelhantes aos percebidos em outros tipos de doenças intestinais. Embora a Medicina ainda não tenha conseguido identificar a sua real causa, sabe-se atualmente que fatores autoimunes e genéticos podem ter relação com o seu aparecimento. A inflamação causada por essa doença é crônica e superficial, acometendo normalmente a camada mucosa do cólon. É importante chamar a atenção para as situações em que o problema passa a afetar algumas secções próximas dessa região. Outra observação interessante é que a retocolite quase nunca afeta o intestino delgado e nem a espessura completa da parede intestinal, ao contrário do que é verificado nas ocorrências da doença de Crohn. A retocolite ulcerativa idiopática costuma surgir entre os 15 e 30 anos, sendo muitos poucos os casos acima dos 50 anos.

Tratamento cirúrgico da retocolite ulcerativa idiopática

A realização de uma cirurgia pode eliminar por completo a retocolite ulcerativa. Geralmente, é feita a remoção do reto e do cólon, levando o intestino delgado para a parede abdominal, na região onde será acoplada uma bolsa de ileostomia. Também existe um procedimento chamado de anastomose ileoanal com bolsa ileal. Nesse caso, não há a necessidade de usar um saco para o recolhimento das fezes. O cirurgião promove a construção da bolsa a partir do fim do íleo (intestino delgado). Com isso, a bolsa é integrada ao ânus do paciente, permitindo assim que ele possa evacuar. Nesse último caso, em termos estéticos é mais vantajoso. Porém, há a possibilidade de que inflamações futuras no intestino delgado possam ocorrer, o que pode fazer com que a pessoa tenha um número relativamente grande de evacuações líquidas.

Sobre terapias alternativas

É comum que pacientes portadores de RCIU ou outros tipos de distúrbios do sistema digestivo façam uso de terapias alternativas e complementares. Em vários casos, elas se mostram funcionais, porém, é preciso ter muito cuidado, pois não podem ser usadas em substituição ao tratamento convencional. A principal finalidade dessas terapias é auxiliar na redução dos sintomas, controlar a inflamação e ajudar na reposição de nutrientes e líquidos. Normalmente, os tratamentos são farmacológicos e adaptados de acordo com a gravidade da doença.

Diagnóstico

O diagnóstico dessa doença envolve a avaliação médica, exame endoscópico e exame de fezes. Outro exame usado com frequência é a colonoscopia, por meio do qual é possível ver todo o intestino grosso, incluindo sua junção com intestino delgado. Exames adicionais de sangue também podem ser usados com a finalidade de detectar distúrbios que possam estar relacionados:
  • deficiência dos níveis de ferro;
  • carência de albumina
  • anemia.
A retocolite ulcerativa idiopática pode progredir para quadros muitos graves apresentando sangramentos difíceis de serem controlados. Essas situações são mais raras e exigem internação hospitalar. No mais, é fundamental que a pessoa procure ajuda médica o quanto antes, pois quanto mais cedo, mais eficaz será o tratamento clínico e/ou recuperação cirúrgica. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!
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Como é o tratamento cirúrgico dos cistos pancreáticos?

Como é o tratamento cirúrgico dos cistos pancreáticos?

Os cistos pancreáticos são lesões que podem ser benignas ou malignas. Entretanto, a grande maioria das ocorrências são categorizadas como pseudocistos, sendo que somente uma média de 15% entram na gama dos tumores císticos. Os cistos na região do pâncreas têm sido encontrados cada vez mais e em um espaço de tempo mais ágil, graças às aplicações de exames de imagem, a exemplo da ecografia. Eles podem surgir como uma leve acumulação de líquidos, variando até tumores muitos agressivos. Aqui, cabe uma observação: quando são benignos, não quer dizer que não precisam ser tratados. Há casos em que o paciente pode ter complicações graves!

Tratamentos para os cistos pancreáticos

Há várias maneiras de se tratar esse tipo de cisto, especialmente porque há uma grande variedade deles. Porém, quando há fortes indícios de que o cisto no pâncreas pode ser maligno, a cirurgia é o tratamento mais recomendado. Por outro lado, se o caso for de lesões benignas, mas com possibilidade de virem a se tornar malignas, o médico responsável procederá a uma avaliação criteriosa dos riscos do procedimento. Isso é necessário, pois há uma série de aspectos que podem influenciar no tipo de tratamento e definir qual será a melhor alternativa — estado de saúde do paciente, idade, estágio da doença. No caso do tratamento via cirurgia, também há variações de métodos que respeitam o nível de complexidade do problema. Por exemplo, o processo pode ser feito por videolaparoscopia ou por meio de cirurgia aberta. O que pesa muito nesse ponto é a situação em que a lesão se encontra.

Diagnóstico do cisto pancreático

O diagnóstico precoce é muito importante para o acompanhamento clínico, para uma possível cirurgia e até mesmo quando ela não é necessária. Normalmente, ele é feito por meio de exames de imagens, dosagens de substâncias específicas no líquido do cisto e dosagens sanguíneas — ressonância ou tomografia, ecografia e exames de sangue são alguns métodos. A biópsia do cisto pancreático também poderá ser uma medida aplicada pelo médico. Porém, as situações em que se recorre a ela são muito raras, mesmo quando existe dúvida. Geralmente, a opção por esse meio de análise surge quando os exames de imagem indicam que existe a possibilidade de haver outro tipo de lesão cística no órgão. Porém, tudo varia de acordo com o paciente e será sempre o médico a avaliar tanto o melhor exame para o diagnóstico quanto o tratamento.

A importância do pâncreas

Apesar de ter um tamanho relativamente pequeno, o pâncreas desempenha um papel muito importante no organismo humano. Essa glândula está situada logo atrás do estômago e tem relação direta com os sistemas endócrino e digestivo. Ele tem duas funções fundamentais e distintas entre si: a produção de sucos digestivos e enzimas, que atuam na metabolização dos açúcares, proteínas e gorduras. O órgão também regula a produção de hormônios específicos, como o glucagon e a insulina, responsáveis por auxiliar o organismo a utilizar os açúcares metabolizados. No mais, é sempre importante que quem teve cistos pancreáticos mantenha uma rotina de visitas ao médico por precaução, acompanhamento e, claro, para manter a qualidade de vida! Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!
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Como é o pós-operatório da cirurgia das vias biliares

Como é o pós-operatório da cirurgia das vias biliares

As vias biliares são compostas por um conjunto de ductos responsáveis por fazer o transporte da bile até a vesícula, local onde a secreção é armazenada para que, quando for preciso, siga até o intestino delgado, onde atua na digestão. Elas podem ser alvo de uma série de problemas, alguns são mais simples e, por isso, mais fáceis de serem tratados. Isso ocorre com a obstrução dessas vias, que requer um procedimento cirúrgico relativamente tranquilo. Neste artigo, vamos explicar melhor como é o pós-operatório desse tipo de cirurgia. Acompanhe!

Tratamento das vias biliares

A obstrução dos ductos biliares costuma ter a cirurgia como parte do tratamento, mas o pós-operatório — nos casos em que não há complicações ou outras condições aliadas ao problema — é um período sem grandes intercorrências para o paciente. Em geral, o tratamento é iniciado com a prescrição de antibióticos para debelar a infecção e, assim que ela é resolvida, o paciente é encaminhado para a intervenção cirúrgica. A recuperação costuma ser muito tranquila, sem complicações. É comum que a pessoa submetida a uma cirurgia nessa região do corpo fique um dia internada e consiga retornar às suas atividades de rotina em torno de sete dias após o procedimento. Depois de duas semanas, ela já pode, por exemplo, fazer atividades que requerem mais esforço, como algumas atividades físicas leves. As dores, nessa fase, não costumam ser muito incômodas. Porém, o ponto-chave para que o sucesso do pós-operatório é a disposição do paciente em seguir as orientações do seu médico. Nesse sentido, é fundamental considerar que cada situação deve ser tratada de forma isolada. Então, o que foi válido para o paciente A, submetido a uma cirurgia por algum problema de menor complexidade nas vias biliares, pode não ser válido para o B, com o mesmo tipo de problema. Além disso, como em qualquer outro tipo de procedimento cirúrgico, a evolução positiva do paciente e seu processo de restabelecimento dependem muito do repouso. Esse fator deve ser considerado mesmo quando ele estiver andando normalmente — algumas doenças podem exigir um pouco mais tempo para a recuperação completa. Outro ponto que vale a pena destacar é que, graças aos avanços médicos e tecnológicos, cirurgias dos ductos biliares, assim como da vesícula, não deixam marcas significativas. Em outras palavras, a estética física ganha muito com isso!

Sinais de que algo está errado no pós-operatório

De fato, existem alguns sinais que podem indicar que existe algum tipo de situação anormal com as vias biliares. Porém, nem sempre eles são muito específicos e, não raro, são confundidos com sintomas de uma doença completamente diversa das relacionadas a essa parte do corpo. De acordo com a situação e o tipo de condição do paciente, ele poderá apresentar dores na região da barriga, perda de apetite, febre, inchaço no abdômen, náuseas e vômitos. Seja qual for a situação, o que nunca se deve fazer é começar a tomar remédios por conta própria ou esperar que o problema possa se resolver com o tempo. É preciso sempre ter em mente que, o quanto antes se descobrir as causas do desconforto, melhor será o tratamento e a recuperação do paciente submetido a cirurgia nas vias biliares. Além disso, procurar ajuda médica nos primeiros sintomas evita que algo simples possa evoluir para uma situação mais complicada. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!
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Quais os sintomas da metástase no fígado?

Quais os sintomas da metástase no fígado?

Você sabe como a metástase no fígado se manifesta? Vamos começar entendendo melhor este órgão.

Depois da pele, o fígado é o segundo maior órgão do corpo humano. Além disso, ele é certamente uma das partes mais importantes do nosso organismo, uma vez que exerce mais de 200 funções essenciais para a saúde e o bem-estar. Só para ter ideia, entre os papéis que o fígado cumpre, estão a síntese do colesterol, o auxílio no processo digestivo, a metabolização de nutrientes, o armazenamento de glicogênio, a eliminação de toxinas, etc.

Assim como outros órgãos, o fígado está sujeito ao acometimento por tumores malignos. O câncer hepático é atualmente o quinto mais frequente no mundo e um dos mais perigosos. As neoplasias no fígado podem ser primárias, quando se originam no próprio órgão, ou secundárias, também chamadas de metastáticas, quando surgem inicialmente em outro órgão e posteriormente causam metástase no fígado.

É sobre as metástases hepáticas que vamos conversar neste artigo. Elas ocorrem quando o câncer não se limita ao seu sítio principal e acaba atingindo o fígado. Vale ressaltar que esse tipo de metástase é mais comum em estágios avançados de câncer de pâncreas, de mama, de cólon, de esôfago, de pulmão, de reto, de pele, de ovário, de estômago e de colo do útero.

Ainda que o tumor primário seja tratado e removido cirurgicamente, a metástase do fígado pode acontecer anos depois. É importante ficar atento aos sinais e fazer o acompanhamento regular para identificar e tratar essa condição precocemente caso ela venha a ocorrer. 

Neste artigo, você vai conhecer os principais sintomas de metástase no fígado. Continue a leitura e saiba mais!

Sintomas de metástase no fígado

Em alguns casos, a metástase do fígado é assintomática logo no começo. Entretanto, alguns pacientes podem apresentar manifestações como redução do apetite e perda de peso. Com o passar do tempo, o fígado tende a aumentar, endurecer e provocar dores. Há também a possibilidade de o baço inflamar, sobretudo quando o tumor primário é no pâncreas. 

Nas fases mais avançadas, a metástase hepática pode gerar sinais físicos como urina escurecida, amarelamento da pele e dos olhos (icterícia), desconforto no ombro direito, dor abdominal, confusão mental, náusea, sudorese excessiva e febre.

Diagnóstico da metástase do fígado

O diagnóstico da metástase do fígado é feito pela verificação da presença dos sintomas mencionados, bem como por detalhada análise clínica. A confirmação ocorre por meio do resultado de exames como tomografia abdominal, ultrassonografia de fígado, ressonância magnética, laparoscopia, angiograma e teste de função hepática.

Se a suspeita de metástase do fígado for confirmada, o tratamento deve ser iniciado e pode incluir a realização de quimioterapia, terapia-alvo, terapia biológica, terapia hormonal, cirurgia, radioterapia ou terapia combinada. A abordagem terapêutica dependerá de fatores como o tipo de câncer primário, tamanho, localização e estágio dos tumores metastáticos, estado geral de saúde do paciente, idade e tratamentos anteriores.

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Dor no baço, o que pode ser?

O baço é o maior órgão do sistema linfático do corpo humano. Ele tem o formato oval, pesa aproximadamente 150 gramas e fica na região superior esquerda do abdômen, acima do rim e ao lado do estômago.

O baço tem participação direta na proteção e no bom funcionamento do organismo, realizando duas importantes funções: hematológica e imunológica. Suas atividades são feitas a partir de duas polpas, uma vermelha, que armazena células protetoras e destrói hemácias velhas e defeituosas, e uma branca, composta por tecido linfoide, que produz e armazena linfócitos, isto é, justamente as células de defesa de que o corpo tanto precisa.

Apesar de tamanha importância, o baço é um órgão frágil e bastante suscetível a danos e rupturas. Quando algum problema acontece nesse órgão, um dos principais sintomas é a sensação dolorosa, que pode se intensificar ao tossir ou ao toque.

Continue a leitura para saber mais sobre a dor no baço.

Principais causas de dor no baço

Ruptura do baço

Embora esteja protegido pela caixa torácica e pelo estômago, acidentes de trânsito e a prática de certos esportes podem causar traumas locais e desencadear a ruptura do baço. Quando isso acontece, um dos sintomas mais incidentes é a dor no quadrante superior esquerdo do abdômen. Além disso, pode haver sensibilidade ao toque, hemorragia intraperitonial, náuseas, palidez e tontura. Essa é uma emergência médica grave, que demanda avaliação e cuidado imediato.

Aumento do baço

Também chamado de esplenomegalia, o aumento do baço gera efeitos como ampliação da capacidade de armazenamento das células sanguíneas. Com isso, o funcionamento do órgão é alterado e a quantidade de células sanguíneas circulantes é reduzido, desencadeando anemia, maior vulnerabilidade a infecções, distúrbios hemorrágicos e sintomas físicos, como dor.

O aumento do baço pode ser resultado do aumento das funções do órgão devido a fatores como artrite reumatoide, talassemia, anemia perniciosa, hemoglobinopatias, sarcoidose, lúpus eritematoso sistêmico, mielofibrose, neutropenias imunes, trombocitopenias, resposta a medicamentos, hepatite viral, AIDS, citomegalovírus, malária, tuberculose, leishmaniose, entre outros quadros clínicos.

A esplenomegalia também pode ter relação com problemas hepáticos, como cirrose, obstrução das veias do fígado, aneurisma da artéria esplênica, hipertensão portal e insuficiência cardíaca. Para completar, o aumento do baço pode ser causado por doenças que geram infiltração. É o caso da leucemia, amiloidose, linfomas, doença de Hodgkin, cistos, tumores metastáticos, síndromes mieloproliferativas, etc.

No caso de aumento do baço, independentemente da causa, pode ser necessário recorrer ao tratamento cirúrgico de retirada do órgão, ou seja, à esplenectomia. O procedimento é feito, em geral, por via laparoscópica, sob anestesia. As incisões são pequenas e o processo de recuperação tende a ser rápido e livre de complicações, sobretudo se comparado à cirurgia aberta.

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Retocolite ulcerativa idiopática: o que é e quais os sintomas

Retocolite ulcerativa idiopática: o que é e quais os sintomas

Atualmente a retocolite ulcerativa idiopática é a doença intestinal inflamatória mais comum no mundo. Sua causa é desconhecida, entretanto, a teoria de que se trata de uma condição autoimune é amplamente difundida e aceita mundialmente. Fatores genéticos e estilo de vida também podem ajudar a explicar a doença

Essa enfermidade corresponde a uma inflamação que se limita às camadas mais superficiais das paredes do intestino grosso, sendo que, no aparelho digestivo, ela acomete cólon e reto. Há também manifestações extraintestinais comuns, como artrites e piomidermites, além de alterações no fígado, nos rins e nos olhos. Isso mesmo! Nem a visão é poupada.

Quer descobrir um pouco mais acerca da retocolite ulcerativa idiopática? Leia o artigo completo e entenda melhor esse tema.

Como é feito o diagnóstico de retocolite ulcerativa?

O diagnóstico da doença é realizado pela avaliação do quadro clínico do paciente, análise do conjunto de sintomas e resultados de exames como a videocolonoscopia e a retossigmoidoscopia associados à biópsia diagnóstica. Exames de sangue também são úteis no processo diagnóstico.

Um dos grandes desafios durante o processo investigativo consiste em distinguir a retocolite ulcerativa de outros quadros inflamatórios, como a Doença de Crohn.

Quais são os sintomas dessa condição inflamatória?

Os sintomas variam de acordo com cada caso, mas pode haver sangramento evacuatório, espasmo doloroso do esfíncter anal, cólicas abdominais, diarreia, emagrecimento, anemia, dores articulares, evacuação frequente, inchaço, urgência e incontinência fecal, fezes com muco, fadiga persistente e perda de apetite. 

A depender da região do intestino afetada por essa doença inflamatória, podem ocorrer sérios prejuízos na absorção de vitaminas e outros nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo.

Como e por que tratar a retocolite ulcerativa?

Como as causas da retocolite ulcerativa permanecem obscuras, ainda não existe cura para essa doença crônica, entretanto, com o tratamento adequado, é possível controlar seus sintomas, evitar complicações e obter mais qualidade de vida.

O primeiro passo consiste em adotar algumas medidas conservadoras, como praticar atividades físicas regularmente, seguir um cardápio balanceado, não fumar e evitar o estresse. Pode ser necessário que o médico prescreva alguns medicamentos. Lembre-se de que a automedicação é contraindicada em todos os casos. Somente o especialista pode recomendar o tipo, a dosagem e a duração do tratamento medicamentoso para aumentar sua segurança e eficácia.

Se a resposta às abordagens terapêuticas anteriores não for positiva, devem entrar em cena alternativas de tratamento mais agressivas, como, por exemplo, a terapia biológica e a realização de cirurgia para ressecar ou retirar a área atingida pela retocolite ulcerativa. A operação é a opção mais indicada quando os casos da doença não apresentam melhora clínica com o tratamento convencional.

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O que é o pseudocisto pancreático e quais os sintomas

O que é o pseudocisto pancreático e quais os sintomas

O pseudocisto pancreático, ou falso cisto de pâncreas, é uma coleção de líquidos similar à de um cisto pancreático quando analisado em exames de imagem, porém distingue-se do cisto verdadeiro por causa do tipo de revestimento. Diferentemente do cisto pancreático de verdade, o pseudocisto não tem revestimento epitelial, sendo recoberto por tecido granuloso. 

Tal condição pode ser causada por múltiplos fatores, incluindo trauma abdominal e pancreatite aguda ou crônica. Leia o artigo e saiba mais sobre as características e os sintomas desse problema.

Quais são as principais características do pseudocisto de pâncreas?

Como já foi mencionado, o pseudocisto pancreático não apresenta revestimento epitelial. A parede de um falso cisto de pâncreas é fibrosa e vascular, encapsulada na área ao redor do órgão. A formação é composta por um acúmulo de fluido que reúne sangue hemolizado, enzimas pancreáticas e, também, resíduos necróticos de tecidos adjacentes ao pâncreas.

Como os falsos cistos se formam no pâncreas?

Na fase adulta, geralmente são resultado de complicações da pancreatite. Porém, em crianças, o pseudocisto pancreático tende a ser consequência de traumas abdominais. Cumpre salientar que, nos casos de pancreatites agudas, é possível que aconteça a obstrução de ductos pancreáticos. Isso favorece o extravasamento das enzimas do pâncreas, desencadeando a digestão de tecidos vizinhos e gerando acúmulos de líquidos na região. 

Alguns desses acúmulos desaparecerão com o tempo, quando o paciente se recuperar do quadro agudo de pancreatite. Entretanto, os que permanecerem, tendem a se organizar no interior de uma parede espessa de tecido de fibrose e granulação. Como consequência, os pseudocistos pancreáticos são originados.

E os sintomas de pseudocisto pancreático, quais são?

O cisto não é verdadeiro, mas suas manifestações clínicas são reais. Os principais sintomas de pseudocisto pancreático são dores abdominais agudas, má digestão dos alimentos, sensação persistente de peso e inchaço. O quadro pode se agravar diante de complicações como infecção do pseudocisto pancreático, sangramento ou, até mesmo, obstrução por compressão de partes do intestino.

Sem dúvida, essa é uma condição que requer tratamento adequado. A confirmação do quadro é por meio de exames. Como exemplo, podemos citar ultrassonografia, colangiopancreatografia por ressonância magnética e tomografia computadorizada. Após isso, é necessário iniciar a abordagem terapêutica.

O tratamento de pequenos pseudocistos pancreáticos costuma ser conservador e sintomático, mas, na maioria dos casos, é necessário recorrer a métodos mais efetivos, como laparoscopia, drenagem do pseudocisto e/ou cirurgia. O procedimento cirúrgico consiste em criar uma conexão entre o pseudocisto pancreático e o estômago ou uma alça intestinal adjacente, fazendo assim com que seu conteúdo líquido seja liberado para alguma dessas cavidades.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter sobre o assunto e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!

Posted by Dr. Douglas Bastos in Todos