Depois da pele, o fígado é o maior órgão do corpo humano e também o mais importante. Sozinho, desempenha mais de 200 funções no corpo. É papel do fígado, por exemplo, auxiliar na digestão dos alimentos; produzir a bile que é a substância responsável por dissolver as moléculas de gordura; cuidar da metabolização de substâncias tais como álcool, café, gorduras diversas que ingerimos ao longo do dia, além de limpar o sangue de sujeiras e toxinas e cuidar do armazenamento de glicogênio (açúcar), a energia que o corpo sempre precisa para exercer suas atividades e se aquecer, dentre outras funções.
Assim fica simples perceber que nenhum ser humano vive sem um fígado, não é mesmo?
Os hepatócitos – células que formam o fígado – são capazes de promover uma recuperação rápida e progressiva quando o órgão é acometido por alguma doença. Entretanto, em algumas situações os hepatócitos podem estar prejudicados a ponto de comprometer a função do fígado de forma irreversível, fazendo com que um transplante de fígado se torne a solução mais eficaz.
As condições que levam à perda da função hepática podem acontecer de forma aguda ou crônica. Na primeira situação, o uso de medicações com níveis de toxicidade para o fígado é o exemplo mais freqüente. Já nos casos crônicos, ocorre uma deterioração lenta das funções do fígado e o exemplo mais corriqueiro é a cirrose hepática, causada na maioria das vezes pela infecção pelo vírus da hepatite ou devido ao consumo exagerado de bebida alcoólica.
Nesse cenário, o transplante de fígado entra em cena enquanto estratégia de tratamento.
Como funciona o transplante de fígado?
A princípio, o médico fará uma análise específica para avaliar o estado do fígado. Uma vez confirmada a indicação para o transplante é necessária uma autorização do paciente para inclusão dos seus dados na fila única para transplante de fígado. Essa fila é válida para todo o Estado e o critério de ordem de espera é a gravidade de cada caso. Ou seja, casos mais graves recebem uma pontuação maior para que sejam contemplados com um órgão de doador falecido para o transplante.
No caso de um doador vivo, o cirurgião retira parte do fígado do doador e o implanta no corpo do receptor. Geralmente, essa modalidade se destina para uma criança que sofre de uma doença hepática, sendo o doador um adulto.
É importante destacar que o transplante de fígado deve ser feito com grande cautela. O cuidado vai desde a escolha do doador até o quadro clínico de quem recebeu o órgão. Se o doador for ideal, a recuperação é rápida e o paciente retorna à suas atividades cotidianas em menor tempo. Em todos os casos, é imprescindível seguir as indicações pós-operatórias à risca.
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