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3 doenças da vesícula e tratamentos

3 doenças da vesícula e tratamentos

A vesícula biliar é o órgão responsável por armazenar a bile, um líquido produzido pelo fígado e que auxilia na digestão. Ela está situada sob o fígado e, conforme o estômago e o intestino delgado e grosso promovem a digestão dos alimentos, é que ela se contrai e libera o líquido usado na digestão pelos ductos biliares. Essa função é fundamental para o bom funcionamento do organismo humano. Por isso, é preciso ficar atento a essa parte tão pequena, mas muito importante do corpo. Neste artigo, vamos falar sobre 3 doenças mais comuns na vesícula e os tratamentos disponíveis. Acompanhe!

Distúrbios mais comuns de vesícula

1. Colecistite

A colecistite é um dos problemas mais recorrentes e tem como origem os cálculos da vesícula. O surgimento se dá porque o cálculo acaba bloqueando o ducto cístico, que é por onde passa a bile oriunda do órgão. Essa doença pode ser categorizada como aguda ou crônica. Um dos principais tratamentos é a colecistectomia, que é a remoção do órgão. Geralmente, esse procedimento é feito após a verificação de alguns sintomas e situações específicas:
  • em pessoas idosas ou diabéticas, pois, nesses casos a colecistite pode provocar infecções;
  • quando a colecistite for aguda e o risco de realização de uma cirurgia for pequeno;
  • quando existir suspeitas de perfuração da vesícula, gangrena ou abcesso.
Essa cirurgia também pode ser adiada em algumas semanas para que a crise sentida pelo paciente possa melhorar, como nos casos de pessoas que têm problemas renais e cardíacos que possam comprometer todo o processo.

2. Colangite esclerosante

Colangite esclerosante é o nome dado ao estreitamento dos ductos biliares, devido a sua inflamação e cicatrização. Então, o tecido formado pelo processo de cicatrização interrompe a passagem das substâncias que ajudam na absorção de gorduras. Em alguns casos, esse problema pode provocar cirrose, insuficiência hepática e até mesmo câncer, pois tem relação direta com as funções da vesícula biliar e do fígado. O tratamento depende do nível e do sintoma da doença. Nas situações mais simples, é feito o acompanhamento da evolução da colangite esclerosante. Porém, em casos mais complexos, pode ser necessário que o paciente seja submetido ao transplante de fígado.

3. Câncer de vesícula

Dores abdominais, náuseas, vômitos e icterícia são alguns dos sintomas de câncer nesse órgão. É preciso ficar atento a qualquer indício para procurar rapidamente um médico especialista, em especial porque esses sinais costumam surgir em um estágio adiantado da doença. Alguns tipos de cânceres que ainda não se disseminaram para regiões distantes da vesícula podem ser tratados via cirurgia. Esse recurso não é recomendado quando o câncer atingiu os principais vasos sanguíneos próximos do órgão. Há vários outros problemas que podem estar relacionados com as vesículas dos seres humanos. Dentre eles, tumores no ducto biliar, defeitos congênitos, formações de tecidos, abscessos e doenças crônicas. Além disso, o próprio estilo de vida da pessoa merece atenção: obesidade, mau funcionamento do intestino, dieta e hereditariedade são alguns fatores de risco para o surgimento de doenças relacionadas à vesícula. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!
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8 alimentos para evitar após a retirada da vesícula

8 alimentos para evitar após a retirada da vesícula

Quem tem cálculos biliares, conhecidos também como pedras na vesícula, sabe bem como esse problema é incômodo. Dor abdominal forte, náuseas, vômito e febre estão entre os sintomas da doença. O único tratamento efetivo para essa condição clínica é a colecistectomia, cirurgia para a retirada do órgão.

Até que o procedimento seja realizado, é importante evitar o consumo de alimentos gordurosos para minimizar as crises. Apesar de surtir efeitos, as mudanças na dieta associadas ao uso de medicamentos são apenas paliativo e não substituem a operação.

Embora os efeitos da colecistectomia impactem positivamente a saúde, bem-estar e qualidade de vida, engana-se quem pensa que depois da cirurgia todos os alimentos estão liberados.

O corpo adapta-se bem sem a vesícula, mas não se pode esquecer que esse pequeno órgão auxilia na digestão de gorduras. Depois de sua remoção, a bile, uma espécie de detergente no nosso organismo, continua sendo produzida, mas já não existe a vesícula para armazená-la.

Diante disso, recomenda-se excluir certos alimentos do cardápio logo após a operação e voltar a consumi-los com parcimônia somente mais tarde. Sem dor, a tendência é que a pessoa queira novamente ingerir gorduras, mas os excessos podem gerar efeitos desagradáveis, como por exemplo, diarreia.

Para impedir que isso aconteça, veja a lista de alimentos a serem evitados após a retirada da vesícula.

O que comer

Para melhorar seu trabalho digestivo, aposte em alimentos ricos em água e com baixo teor de gordura. Consuma frutas, legumes em geral, grãos integrais, carnes magras, sucos naturais e verduras frescas. Sempre que possível, substitua os alimentos fritos por cozidos ou grelhados.

Logo depois da operação, o indivíduo deve evitar alimentos muito duros ou gordurosos. O ideal é que ele coma grãos bem cozidos, carnes macias e pouco sal. Texturas líquidas e cremosas facilitam a digestão nessa fase, por isso, sopa, polenta e canja são muito bem-vindas e podem contribuir na recuperação, proporcionando maior conforto epigástrico ao indivíduo recém-operado.

Quais alimentos evitar

Depois da retirada da vesícula, evite, sempre que possível:

  1. laticínios integrais e gorduras de fonte animal – fazem parte desse grupo o leite integral, os queijos amarelos e a manteiga;
  2. carnes gordas – como picanha, cupim, fraldinha, filé de costela, contrafilé, paleta, ponta de agulha e acém. Prefira opções como lagarto, coxão duro, coxão mole, patinho e alcatra;
  3. peixes gordos – como salmão, anchova, atum, sardinha e peixe-espada;
  4. chocolate;
  5. bebidas alcoólica;
  6. molhos prontos;
  7. oleaginosas como nozes e castanhas podem ser consumidas, desde que o consumo seja equilibrado;
  8. abacate e coco – também não são vilões, mas devem ser consumidos com moderação.

Evitar esses alimentos é importante para uma boa recuperação. Os excessos devem ser evitados por toda vida.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!

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Entenda quando a cirurgia é indicada para tratar o câncer de vesícula

Entenda quando a cirurgia é indicada para tratar o câncer de vesícula

Dentre os mais de 200 tipos de câncer, existe o câncer de vesícula. Assim como todos os tipos da enfermidade, o tratamento consiste em abordagem multidisciplinar e diversas modalidades terapêuticas podem ser utilizadas.  

Vamos entender um pouco mais sobre a cirurgia no câncer de vesícula?

Cirurgia de câncer de vesícula

A operação pode se enquadrar em 2 situações. A primeira é o tratamento curativo, no qual a cirurgia consegue retirar completamente área acometida pelo tumor. Além disso também é são ressecados linfonodos e outras estruturas necessárias para o correto tratamento oncológico. 

Por outro lado há a possibilidade da cirurgia fazer parte de um tratamento paliativo. Nessa situação a cirurgia servirá para aliviar sintomas e oferecer qualidade de vida ao paciente. Por exemplo, se as vias biliares foram obstruídas, a cirurgia pode ajudar a reestabelecer a drenagem de bile e melhora da icterícia e o prurido (coceira). 

Indicações para a operação

Para traçar a melhor estratégia o cirurgião fará exames de sangue e ressonância magnética. Com isso se define se há indicação de cirurgia e se essa será com intuito curativo ou paliativo.  Algumas situações podem ser consideradas:

  • tumor localizado somente na vesícula: a cirurgia vai retirar o órgão e seus canais biliares;
  • tumor acometendo também o fígado: a vesícula biliar fica em íntimo contato com o fígado. Com isso o fígado corre o risco de ser atingido pelo tumor. Nesse caso a operação retira a parte do fígado acometida pela doença, além da vesícula e das vias biliares. As funções do fígado não deixam de ser realizadas por conta da operação;

Como a medicina evoluiu, a cirurgia pro câncer de vesícula poderá ser laparoscópica. Porém, na maioria dos casos a operação é aberta.

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