O pseudocisto pancreático, ou falso cisto de pâncreas, é uma coleção de líquidos similar à de um cisto pancreático quando analisado em exames de imagem, porém distingue-se do cisto verdadeiro por causa do tipo de revestimento. Diferentemente do cisto pancreático de verdade, o pseudocisto não tem revestimento epitelial, sendo recoberto por tecido granuloso.
Tal condição pode ser causada por múltiplos fatores, incluindo trauma abdominal e pancreatite aguda ou crônica. Leia o artigo e saiba mais sobre as características e os sintomas desse problema.
Quais são as principais características do pseudocisto de pâncreas?
Como já foi mencionado, o pseudocisto pancreático não apresenta revestimento epitelial. A parede de um falso cisto de pâncreas é fibrosa e vascular, encapsulada na área ao redor do órgão. A formação é composta por um acúmulo de fluido que reúne sangue hemolizado, enzimas pancreáticas e, também, resíduos necróticos de tecidos adjacentes ao pâncreas.
Como os falsos cistos se formam no pâncreas?
Na fase adulta, geralmente são resultado de complicações da pancreatite. Porém, em crianças, o pseudocisto pancreático tende a ser consequência de traumas abdominais. Cumpre salientar que, nos casos de pancreatites agudas, é possível que aconteça a obstrução de ductos pancreáticos. Isso favorece o extravasamento das enzimas do pâncreas, desencadeando a digestão de tecidos vizinhos e gerando acúmulos de líquidos na região.
Alguns desses acúmulos desaparecerão com o tempo, quando o paciente se recuperar do quadro agudo de pancreatite. Entretanto, os que permanecerem, tendem a se organizar no interior de uma parede espessa de tecido de fibrose e granulação. Como consequência, os pseudocistos pancreáticos são originados.
E os sintomas de pseudocisto pancreático, quais são?
O cisto não é verdadeiro, mas suas manifestações clínicas são reais. Os principais sintomas de pseudocisto pancreático são dores abdominais agudas, má digestão dos alimentos, sensação persistente de peso e inchaço. O quadro pode se agravar diante de complicações como infecção do pseudocisto pancreático, sangramento ou, até mesmo, obstrução por compressão de partes do intestino.
Sem dúvida, essa é uma condição que requer tratamento adequado. A confirmação do quadro é por meio de exames. Como exemplo, podemos citar ultrassonografia, colangiopancreatografia por ressonância magnética e tomografia computadorizada. Após isso, é necessário iniciar a abordagem terapêutica.
O tratamento de pequenos pseudocistos pancreáticos costuma ser conservador e sintomático, mas, na maioria dos casos, é necessário recorrer a métodos mais efetivos, como laparoscopia, drenagem do pseudocisto e/ou cirurgia. O procedimento cirúrgico consiste em criar uma conexão entre o pseudocisto pancreático e o estômago ou uma alça intestinal adjacente, fazendo assim com que seu conteúdo líquido seja liberado para alguma dessas cavidades.
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