Você já ouviu falar em paniculite mesentérica? Trata-se de uma enfermidade relativamente rara, caracterizada pela inflamação do mesentério, um órgão que corresponde a uma dobra dupla no peritônio, o revestimento interno abdominal. As principais funções desse órgão consistem em unir a parede do abdômen e o intestino, além de possibilitar a irrigação sanguínea das vísceras.
Por muito tempo, o mesentério foi considerado simplesmente como uma membrana fragmentada que atuava na ligação do aparelho digestivo, entretanto, há alguns anos, após a conclusão de muitas pesquisas, ele foi elevado ao patamar de órgão.
Como qualquer outra parte do corpo humano, o mesentério está sujeito ao adoecimento, e a paniculite mesentérica é prova disso. Esse problema de saúde afeta especificamente o tecido adiposo do mesentério, ocasionando uma inflamação crônica não específica que, em caso de agravamento, pode gerar necrose, fibrose e retração.
Continue a leitura e entenda melhor essa doença.
Quais são os sintomas da paniculite mesentérica?
A paniculite mesentérica foi descrita em 1924 pela primeira vez e, na época, recebia o nome de mesenterite retrátil. Apenas em 1960, a inflamação do mesentério passou a ser chamada de paniculite mesentérica.
Trata-se de uma condição inflamatória e fibrótica, que pode desencadear diferentes manifestações físicas. De modo geral, a incidência é maior em homens, a partir dos 50 anos de idade. Os principais sintomas do quadro são dores abdominais, náuseas, diarreia e vômito.
Como diagnosticar e tratar o problema?
O primeiro passo para tratar adequadamente a paniculite mesentérica é obter o diagnóstico correto. Para confirmar a existência da doença, é preciso considerar o conjunto de sintomas. Além disso, é útil no processo diagnóstico a realização de exames como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética do abdômen. Esses métodos são úteis tanto para identificar a inflamação no mesentério quanto para avaliar a extensão da doença, orientando o tratamento.
A abordagem terapêutica deve ser individualizada. Isso se deve ao fato de que é preciso levar em conta o grau de comprometimento da doença, a frequência e a intensidade dos sintomas, bem como o estado geral de saúde do paciente. Em geral o tratamento é sintomático com analgésicos e anti-inflamatórios.
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