A hérnia epigástrica é uma das formas de hérnia abdominal. Um problema que aflige até 8% dos brasileiros, sendo que só a hérnia inguinal foi responsável por afastar cerca de 80 mil trabalhadores de suas atividades.
A hérnia inguinal é a mais popular, responsável por 80% dos casos de hérnia abdominal.
Se a hérnia inguinal atinge preferencialmente os homens em idade laboral, a umbilical acomete os recém-nascidos. A incisional é mais relacionada a um histórico de incisões cirúrgicas, atingindo as pessoas mais velhas.
A hérnia epigástrica, tema deste artigo, ocorre numa região específica, acima do umbigo no abdômen. Esse processo é consequência da fragilidade dos músculos, que ocorre em função de diversos possíveis eventos. Pode ocorrer em função de obstipação, excesso de peso, levantamento de peso ou tosse sistemática.
Sintomas e diagnóstico
É mais comum entre os homens, que constituem 75% dos pacientes. Ocorre, também, entre crianças recém-nascidas. Fica visível em decorrência de qualquer atividade que acarrete a contração dos músculos do abdômen.
Como muitas vezes fica visível, a hérnia pode ser facilmente diagnosticada. Em alguns casos, no entanto, para a confirmação, é necessário realizar exames de imagem.
Os sintomas podem ocorrer de forma cíclica, assim como a doença pode ser assintomática. Em alguns casos, porém, acontece o estrangulamento do tecido proeminente por entre os músculos abdominais. Nesse caso, os sintomas são bem mais intensos, com dores e vermelhidão na pele sobre a região afeta, acompanhadas de náusea e vômito. Nesses casos está indicada a cirurgia da hérnia.
Nem sempre é possível evitar o aparecimento da hérnia, mas alguns comportamentos podem contribuir para isso, como o excesso de peso, principalmente quando relacionado a um ganho súbito, levantamento de grandes cargas e ter o organismo acometido por doenças que provocam espirros, vômito e tosse crônicas.
Tratamento
No caso da hérnia epigástrica, não há cura espontânea, sendo que o único tratamento é cirúrgico. A boa notícia é que o índice de sucesso é absoluto e o problema raramente volta acontecer após a cirurgia da hérnia.
O objetivo da cirurgia da hérnia é corrigir os defeitos da parede abdominal. No caso de pequenas hérnias, é feita a sutura dos músculos do abdômen na região. Em caso de hérnias maiores, a região é coberta com uma tela, espécie de rede, para fortalecer a musculatura da parede abdominal.
A intervenção cirúrgica pode se dar por meio de uma laparoscopia, com pequenas incisões, ou por via clássica, aberta.
Normalmente, o paciente sequer tem a necessidade de ficar internado após a cirurgia da hérnia epigástrica. Pode ter alta no mesmo dia, ou no dia seguinte pela manhã. Somente é recomendado o repouso durante os primeiros 15 a 30 dias, evitando situações em que haja pressão sobre os músculos abdominais, como pegar peso, fazer movimentos abruptos, tossir, espirrar e vomitar, por exemplo.
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