esteatose hepática

Esteatose hepática e diabetes: entenda a relação entre as doenças

Esteatose hepática e diabetes: entenda a relação entre as doenças

Muitas vezes, quando se fala em esteatose hepática, há uma pormenorização do problema e da necessidade de perder peso para evitá-la. O problema é que essa patologia muitas vezes ocorre no contexto de uma síndrome metabólica.

São grandes as chances do paciente apresentar outros problemas de saúde, em especial o diabetes tipo 2. Entendeu a importância de conhecer mais sobre a doença? Continue a leitura e entenda porque existe essa relação entre as duas condições.

O que é esteatose hepática?

É um distúrbio que tem como principal característica o acúmulo de gorduras no interior das células do fígado.  Essa condição é cada vez mais frequente e pode acometer homens e mulheres de qualquer idade.

Quando o aumento dos níveis de gordura dentro dessas células ocorre por um longo período, pode acarretar em uma inflamação que evolui para outras doenças graves, como hepatite gordurosa, cirrose hepática e câncer.

De acordo com estimativas, é esperado que 30% das pessoas apresentem gordura no fígado e que metade desse percentual sofra com a evolução para patologias mais graves.

Para evitar esse acúmulo de gordura no sangue, a adoção das seguintes medidas são indispensáveis:

  • A medida da circunferência abdominal não deve ultrapassar 88 cm nas mulheres e 102 cm nos homens;
  • O seu Índice de Massa Corporal (IMC) deve ser mantido no limite ideal;
  • A realização de dietas restritivas pode piorar o quadro;
  • O consumo de álcool deve ser moderado;
  • Evite consumir carboidratos refinados e gorduras saturadas.

O que é diabetes?

É uma anomalia que acomete nosso metabolismo e surge em decorrência da ausência de insulina ou da dificuldade que ela tem em exercer o seu papel no organismo. A insulina é produzida no pâncreas e atua no processo de redução da glicemia, auxiliando na transformação do açúcar em energia. 

Quando não há produção de insulina, a doença é classificada como tipo 1 e o processo metabólico do açúcar não é realizado, aumentando o nível de glicose no sangue. No tipo 2, a insulina é produzida, mas o corpo desenvolve uma resistência a ela.

As principais consequências do diabetes tipo 2 são as infecções frequentes, difícil cicatrização de feridas, visão embaçada, formigamento nos pés, vontade de urinar diversas vezes, fome e sede constante. 

Qual a relação entre essas duas doenças?

A principal relação entre a esteatose hepática e o diabetes é a resistência à insulina. Essa resistência ocorre como uma consequência ao aumento de peso, que pode provocar o excesso de gordura no fígado.

O organismo entende que não há insulina suficiente e o pâncreas continua a produzi-la. O excesso de glicose tem origem nos maus hábitos alimentares e no sedentarismo. Com a sobra de insulina, o corpo trabalha para enfraquecê-la.

Essa ação, a longo prazo, provoca o desenvolvimento do diabetes tipo 2 e da esteatose hepática. Atualmente existem diversos protocolos que são seguidos para confirmar o diagnóstico e o tratamento da gordura no fígado.

Contudo, o mais importante é estar atento aos sinais enviados pelo corpo e procurar o seu médico, caso suspeite de algo.

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4 fatores de risco para esteatose hepática

4 fatores de risco para esteatose hepática

A esteatose hepática é um distúrbio relacionado a “agressões”ao fígado.  Os principais fatores de risco estão ligados aos hábitos de vida. Considerando que o fígado tem grande capacidade de recuperação, tratar a esteatose hepática de forma correta só depende de nós mesmos, com acompanhamento de um especialista. 

Como o fígado é o responsável pelo metabolismo dos lipídeos, muitas substâncias acabam passando por ele, inclusive a gordura. Quando essa gordura fica acumulada na glândula, por diversos fatores, temos a esteatose hepática. Quatro fatores de risco influenciam fortemente para isso:

Esteatose hepática: fatores de risco

1. Sedentarismo

Não é o principal fator de risco, mas apresenta uma grande relevância para diagnosticar o distúrbio. Não praticar atividades físicas faz com que o metabolismo seja mais lento. Com isso, a gordura não se transforma em energia para a realização de outras tarefas rotineiras. E, em virtude disso, o material fica acumulado no fígado sem ser processado.

2. Bebidas alcoólicas

É a principal causa do problema. Em algumas situações, os médicos já deixam esse fator como uma causa à parte, porque o consumo excessivo de bebida alcoólica favorece o acumulo de gordura no corpo.  Vale lembrar que o consumo de álcool geralmente está acompanhado de um hábito alimentar ruim.

3. Obesidade

Pessoas acima do peso também tendem a desenvolver esteatose hepática. Como a gordura está em grande quantidade, a capacidade metabólica do fígado se torna resistente à insulina, níveis de hormônios e colesterol se alteram e a pressão pode aumentar com frequência.

Mas, mesmo que os níveis não se alterem, isso não quer dizer que a obesidade não tenha relevância para o aparecimento do problema. Uma vez que o distúrbio é assintomático, a pessoa pode estar acima do peso e nem saber que tem esteatose hepática, a não ser que ele evolua para algo mais grave.

4. Má alimentação

Se para quem está acima do peso a doença pode ocorrer, para quem está abaixo do peso também. E isso está relacionado à má alimentação. Alimentos muito gordurosos, com altos índices de corantes e conservantes são causas para o problema.

Mas para que esses fatores de risco para esteatose hepática não tornem a doença uma realidade, hábitos saudáveis precisam ser adotados como, por exemplo, atividades físicas, dieta balanceada e consumo frequente de água. Por ter um índice de reversão alta, as pessoas tendem a se recuperar até sem auxílio medicamentoso.

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Como tratar a esteatose hepática?

Como tratar a esteatose hepática?

A esteatose hepática, popularmente conhecida como gordura no fígado, é uma condição clínica grave. Ela configura uma grande ameaça à saúde, já que aumenta o risco de cirrose, hepatite gordurosa, câncer de fígado e pode, até mesmo, causar o óbito do paciente.

Vale destacar que a gordura no fígado tem levado cada vez mais pessoas ao transplante do órgão. Pesquisas recentes apontam que cerca de 30% da população adulta mundial apresenta a alteração, sendo a esteatose mais prevalente nas mulheres.

A doença representa o acúmulo de gordura no fígado, que vai aumentando até gerar lesões nas células hepáticas. Com isso, pode haver o desenvolvimento de um perigoso processo inflamatório. Com o passar do tempo, a esteatose vai deixando marcas no órgão, como se fossem cicatrizes, que distorcem, enrijecem e comprometem toda a estrutura e funcionamento do órgão.

As causas da esteatose hepática podem estar associadas ao sobrepeso e à obesidade, colesterol alto, diabetes, alcoolismo, uso de medicamentos e gestação. A boa notícia é que a gordura no fígado é uma enfermidade tratável. Com as medidas adequadas, é possível amenizar os sintomas, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e evitar complicações. Leia o texto e confira quais medidas terapêuticas são adotadas para o tratamento da doença.

Opções de tratamento para esteatose hepática

Adoção de bons hábitos alimentares

A esteatose hepática pode ser tratada com a adoção de hábitos alimentares saudáveis. Uma alimentação balanceada contribui para a redução da circunferência abdominal, além de colaborar para o controle do peso e para o funcionamento normal do sistema digestivo.

Para reverter o quadro, é importante restringir ao máximo o consumo de carboidratos refinados e gordura saturada. Vale a pena apostar na ingestão moderada de opções integrais e nas famosas gorduras do bem, como azeite, abacate, coco, castanhas, nozes e amêndoas. As frutas, legumes, verduras e proteínas magras também são bem-vindas!

Carnes vermelhas, pães brancos, produtos embutidos, margarina e alimentos congelados, ricos em conservantes e aditivos químicos, devem ficar de fora do cardápio de quem possui gordura no fígado.

Abstenção de bebidas alcoólicas

O consumo de álcool em excesso é um dos principais fatores do acúmulo de gordura no fígado. Para tratar a esteatose, portanto, é fundamental que o paciente abstenha-se do consumo alcoólico, para evitar, ou combater, a doença.

Quem tem esteatose já instalada deve evitar até mesmo os pequenos goles em ocasiões festivas e finais de semana. O consumo de qualquer dose pode agravar o quadro e comprometer o tratamento.

Prática regular de exercícios

A vida sedentária é uma vilã da saúde hepática, especialmente porque os exercícios físicos são ótimas ferramentas para manter o peso e as medidas nos padrões ideais. Manter uma vida ativa também previne doenças no fígado, incluindo a esteatose.

A prática regular de atividades físicas auxilia no tratamento da esteatose, uma vez que ajudam a combater o acúmulo de gordura.

Por falar nisso, é importante ficar atento às medidas consideradas saudáveis para a circunferência do abdômen. Para as mulheres, a recomendação é não ultrapassar 88 cm. Para os homens, a indicação é não exceder 102 cm.

Transplante de fígado

Nas situações mais críticas, cujo tratamento conservador não ofereça resultados eficientes, o transplante de fígado pode ser a alternativa mais adequada. Geralmente, esta opção é necessária quando a condição não é tratada em fase inicial, evoluindo para uma cirrose avançada.

Acompanhamento médico

Raramente a gordura no fígado demanda tratamento com medicação. No entanto, isso não significa dispensar a participação de médicos na condução do protocolo terapêutico. A pessoa diagnosticada com esteatose hepática deve se consultar periodicamente com o especialista em aparelho digestivo.

O acompanhamento médico é fundamental para o monitoramento da doença e controle de alterações associadas à esteatose hepática, como diabetes, hipertensão e colesterol alto.


Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
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