O fígado é um órgão constituído por milhões de células, sendo responsável por produzir substâncias fundamentais para o funcionamento do corpo humano. Quando há o diagnóstico de doenças severas, a cirurgia do fígado é a melhor alternativa para solucionar o problema.
Este órgão possui um grande potencial de recuperação, mas, quando é acometido por uma insuficiência hepática grave, a única opção possível é a substituição dele por um fígado novo e sadio.
Esse é um dos principais tipos de cirurgia realizadas no órgão e, como todo procedimento cirúrgico, existem cuidados que precisam ser tomados tanto no pré-operatório quanto no pós-operatório. Assim, a recuperação é mais rápida e os riscos cirúrgicos são reduzidos.
Você já deve saber sobre a fundamental importância do órgão para o bom funcionamento do organismo. Mas, você sabe como é o pós-cirúrgico das intervenções que são realizadas no fígado? Continue a leitura e saiba sobre sobre o assunto.
Quais são os tipos de cirurgia do fígado?
O transplante de fígado é o tipo de procedimento cirúrgico mais recorrente na estrutura. A cirrose hepática é a condição que mais causa a necessidade de transplante do órgão. Outro tipo de intervenção cirúrgica é a hepatectomia parcial, realizada em casos de câncer do fígado.
Conheça as principais intervenções cirúrgicas realizadas no fígado.
Transplante de fígado
A cirrose hepática é a principal causa para a necessidade de substituição do fígado. Isso ocorre porque a doença reduz o tamanho do órgão e faz com que surjam nódulos que impedem a passagem do sangue.
Com a evolução do quadro, podem ser originadas as hemorragias digestivas, a encefalopatia hepática ou a barriga d’água. A cirrose pode ser causada em crianças pela má formação congênita ou por uma doença genética. Já em adultos, as principais causas estão associadas ao desenvolvimento da hepatite C, B, A, hepatites autoimunes, colangite esclerosante, cirrose biliar e pelo uso excessivo de álcool.
Geralmente, a cirurgia dura em torno de cinco a oito horas. Após a substituição do fígado, é realizada a reconstrução da via biliar. Ao fim do procedimento, o paciente permanece por dois dias na UTI e, caso não ocorram complicações, fica por até duas semanas em internação hospitalar.
A principal complicação é a rejeição do novo fígado pelo organismo. Para evitar isso, no pós-operatório o paciente deve receber as drogas imunossupressoras, que combatem essa rejeição. O uso dessas drogas torna o paciente mais exposto à infecções e, por isso, é fundamental o acompanhamento médico até o primeiro ano de pós-cirúrgico.
Após o transplante, o paciente também deverá iniciar o tratamento da doença que originou o problema, para que o novo órgão não seja afetado. Se houver a adoção correta de todos os cuidados, a alimentação normal poderá ser retomada.
Tratamento do câncer
O tratamento do câncer de fígado irá variar de acordo com o grau de evolução do tumor. Quando o paciente está saudável e o câncer ainda não se disseminou pelo organismo, sem a contaminação total do fígado, a hepatectomia parcial é recomendada.
Esse procedimento consiste na remoção do tumor com a retirada de apenas uma parte do órgão. Contudo, não é o tipo de cirurgia mais frequente nos casos de câncer, pois na maioria das situações o câncer já se espalhou.
O pós-operatório também requer um acompanhamento médico, pois são grandes as possibilidades de ocorrerem hemorragias, infecções, pneumonia, formação de coágulos e até complicações da anestesia.
A forma mais comum de tratar o câncer de fígado é através do transplante do órgão. Porém, só é eficiente quando o tumor ainda está pequeno e não alcançou os vasos sanguíneos. Normalmente, é indicado para casos em que o tumor não pode ser totalmente removido.
E então, já sabe tudo sobre o pós-operatório das cirurgias do fígado?
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!