Os pólipos na vesícula, também chamados de pólipos biliares, são um problema relativamente comum, que acomete cerca de 5% da população mundial e se manifesta de diferentes formas.
Essa categoria de pólipos pode apresentar malignidade ou não. Os pólipos biliares benignos são subdivididos em pseudotumores (pólipos inflamatórios, pólipos de colesterol, hiperplasia e colesterolose), tumores epiteliais (adenomas) e tumores mesenquimatosos (lipoma, hemangioma e fibroma). Os malignos são classificados como carcinoma da vesícula biliar.
Quer entender melhor o que são pólipos na vesícula e como essa condição pode ser tratada? Continue a leitura e saiba mais.
O que são pólipos na vesícula?
São considerados pólipos na vesícula as lesões projetadas a partir da parede vesicular, para o interior da vesícula biliar. A maioria dos pólipos é assintomática e não apresenta maior gravidade, mas, em alguns casos, os indivíduos podem sentir dor na região superior do abdômen, náusea e vômito.
Devido à ausência de sintomas severos, muitas vezes os pólipos de vesícula são descobertos ocasionalmente, quando a pessoa faz exames para diagnosticar outros problemas.
Qual a importância do diagnóstico adequado?
O primeiro passo para tratar os pólipos na vesícula adequadamente consiste em identificar o tipo de pólipo, uma vez que cada um deles demanda tratamento distinto. Pólipos inflamatórios são menos frequentes e sem maior gravidade. Geralmente estão associados à colecistite crônica.
O adenoma, apesar de benigno, pode se comportar como pólipo pré-maligno, o que sugere maior atenção no acompanhamento de sua evolução. Ele está ligado à litíase biliar, ou pedras na vesícula.
O carcinoma da vesícula biliar é mais perigoso e apresenta um prognóstico pior. Por isso, é indispensável distinguir um pólipo maligno de um pólipo benigno para dar início ao tratamento adequado.
Como tratar pólipos na vesícula?
Normalmente os pólipos maiores que 1 centímetro são removidos por meio de cirurgia, por apresentarem risco mais elevado de malignidade. A colecistectomia videolaparoscópica é o tratamento padrão no tratamento dos pólipos de vesícula.
Pólipos menores devem ser monitorados por meio de ultrassonografia, visando ao controle da evolução. Nesse caso, é preciso consultar o médico regularmente (a cada 6 ou 12 meses), bem como diferenciar lesões neoplásicas, não-neoplásicas e potencialmente neoplásicas, para fazer um tratamento mais direcionado e efetivo.
As consultas de acompanhamento e os exames de imagem servem para verificar se os pólipos de vesícula estão aumentando de quantidade e tamanho. Pólipos que crescem rápido demais podem apontar para a necessidade de cirurgia de retirada de vesícula (colecistectomia), a fim de diminuir os riscos de desenvolvimento de câncer biliar.
Caso os pólipos se mantenham inalterados, pode não ser preciso recorrer ao procedimento cirúrgico, mas é recomendável adotar uma dieta rica em fibras e pobre em gordura. O médico indicará a melhor alternativa a ser seguida em relação ao tratamento.
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