Uma vez que um tumor no fígado é detectado, determinando-se também se é primário ou secundário, tem início o tratamento adequado do paciente, conforme a sua idade e também o estágio da doença que o acomete. Nesse cenário, a metástase hepática acontece quando um tumor se espalha para o fígado, sendo originado em qualquer outro órgão.
As metástases hepáticas, portanto, são diferentes dos tumores primários. Deve-se ter em mente que um tumor com metástase hepática trata-se de uma doença que pode ter se disseminado para outros órgãos e, por isso, a avaliação deve ser cuidadosa para saber a real extensão da doença.
Nesses casos, as possibilidades de cura do paciente diminuem, mas ainda são possíveis. É fundamental a avaliação por uma equipe especializada e multidisciplinar para que o tratamento seja realizado com sucesso!
Como funciona o tratamento da metástase hepática?
A metástase hepática pode ser tratada por meio de terapia sistêmica, que consiste na utilização de terapia hormonal, quimioterapia e ou terapia biológica; ou ainda terapia local como cirurgia, radioterapia e outros. É importante destacar que o tratamento deve levar em consideração o tipo de tumor, seu tamanho, sua localização e a quantidade de cânceres metastáticos; a idade e a saúde do paciente, além dos demais tratamentos que o paciente já experimentou.
A quimioterapia, através de medicamentos via oral ou por método intravenoso, tem a intenção de inibir, destruir e controlar o crescimento das células do tumor. Pode ser aplicada antes ou depois da cirurgia.
A imunoterapia é um tratamento que faz uso de anticorpos e vacinas. Tais agentes restauram o sistema imunológico do corpo no combate ao câncer. Também é indicada sempre que há necessidade de reduzir os efeitos colaterais de outros tratamentos.
A hormonoterapia atua diretamente contra os hormônios que favorecem o crescimento do tumor. A intenção é ajudar todo o tratamento as fazer efeito.
E quais são as terapias localizadas?
A primeira é a cirurgia, indicada sempre quando o tumor encontra-se em estágio inicial, na qual a retirada da parte afetada do órgão se torna mais fácil. Há, ainda, os casos nos quais um transplante de fígado se torna a opção mais recomendada. Essa opção, de acordo com a legislação brasileira, somente é permitida para as metástases de tumores neuroendócrinos irressecáveis e limitadas somente ao fígado.
A segunda terapia localizada é a radioterapia, que usa radiação ionizante diretamente no tumor. É indicada quando o câncer não pode ser extraído com a cirurgia.
Por último, em casos de lesões pequenas naqueles pacientes com contra-indicação à cirurgia (por alguma questão técnica ou condição clínica) vem crescendo o uso da radiofreqüência que atua “queimando” a lesão metastática através de uma agulha específica. Essa terapia pode, inclusive, ser combinada com o procedimento cirúrgico em alguns casos específicos.
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