Fasciolíase

O que é fasciolíase e como tratar

Fasciolíase é o nome técnico da infecção causada pelo verme parasita fasciola hepatica.  Esse tipo de verme é achatado e pode infectar diversas partes do corpo, como o trato intestinal, os vasos sanguíneos, o fígado e o pulmão.

Tal infecção é adquirida a partir da ingestão de água e plantas contaminadas, especialmente agrião. O verme Fasciola hepatica originalmente fica no fígado de ovelhas e gados, mas não é rara a ocorrência de fasciolíase humana incidental.

Espécies vegetais contaminadas com fasciola hepatica são mais recorrentes na Europa, África, China e América do Sul. A fasciolíase, portanto, também é mais comum nesses locais.

Para saber um pouco mais sobre a fasciolíase e descobrir os melhores tratamentos para essa condição, leia o texto a seguir e entenda melhor o problema.

Como ocorre a infecção por fasciola hepatica?

Na infecção aguda por fasciola hepatica, as larvas ainda imaturas migram pela cavidade peritoneal, parede intestinal, parênquima e cápsula do fígado, antes de seguirem para os dutos biliares, onde se tornarão adultas em até quatro meses.

O processo acontece em diferentes etapas. Primeiramente, os ovos dos vermes são liberados nas fezes dos hospedeiros, que podem ser bovinos, caprinos ou suínos. No ambiente aquático, os ovos procuram hospedeiros como os caramujos.

Ao se alojarem nos tecidos dos animais, os ovos se transformam em cistos com larvas no interior. Posteriormente eles abandonam o hospedeiro, fixando-se na superfície das plantas.

Quando consome as plantas contaminadas, o hospedeiro definitivo, que pode ser uma pessoa ou um animal, contrai a infecção denominada fasciolíase. As larvas podem se multiplicar até causarem inflamação crônica nos órgãos.

Quais os sinais e sintomas da fasciolíase?

A fasciolíase pode provocar manifestações desagradáveis como dor abdominal, aumento do fígado, náuseas, vômito, urticária, icterícia obstrutiva, febre, perda de peso, cansaço e mal-estar geral. Em alguns casos, a infecção pode ser assintomática e é descoberta ocasionalmente.

Nos quadros mais graves, a dor abdominal pode ser intensa e intermitente e a situação clínica pode evoluir para colangite esclerosante, pancreatite ou cirrose biliar.

Como tratar o problema?

O passo inicial para tratar a fasciolíase é diagnosticar o problema por meio de sorologia e exame microscópico das fezes. A tomografia computadorizada também pode revelar lesões existentes no fígado em decorrência da infecção aguda. Outros exames úteis no diagnóstico são a ultrassonografia, ressonância magnética, colepancreatografia endoscópica e colangiografia.

Com o diagnóstico determinado, o tratamento deve ser iniciado. De modo geral, é feito com medicação vermífuga, protocolo recomendado para quadros de parasitose. A automedicação deve ser evitada, pois somente o médico pode indicar o tipo, dosagem e duração do tratamento fármaco.

Como prevenir a fasciolíase?

Diz o ditado que é melhor prevenir do que remediar. Para evitar infecções agudas por fasciola hepatica são necessários cuidados higiênicos redobrados com a água e com os alimentos crus.

Preste muita atenção no manuseio e preparo de saladas e carnes. Essa medida aumenta a segurança alimentar e ajuda a evitar parasitoses como a inconveniente fasciolíase.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!

 

Posted by Dr. Douglas Bastos