Os canais biliares são responsáveis por transportar a bile produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar até o duodeno, que é a parte inicial do intestino logo após o estômago. Assim como funcionam os vasos sanguíneos, esses canais também são passíveis de alterações em sua estrutura e podem sofrer uma ação chamada de estenose das vias biliares, prejudicando a passagem das substâncias por esse caminho e podendo desenvolver quadros mais graves, tais como uma infecção (colangite) e a cirrose.
É importante acrescentar que a vesícula e o fígado são os dois órgãos mais afetados pelo problema. Por esse motivo, o tratamento precoce e realizado o mais rapidamente possível faz toda a diferença para a preservação da saúde desses órgãos. Não adie a consulta médica!
Características da estenose das vias biliares
As estenoses são um tipo de lesão, que podem ter um surgimento congênito ou adquirido. Geralmente, uma estenose das vias biliares decorre por conta de algum processo inflamatório ou cicatrizante (depois de uma cirurgia ou algum tipo de traumatismo na região). Em casos mais raros, porém mais graves, a estenose pode ser em virtude de um tumor maligno nas vias biliares.
Como resolver o problema?
O principal foco do tratamento do problema é recanalizar o segmento estenosado. Deve-se distinguir entre uma estenose benigna, geralmente devido a um processo inflamatório ou cirúrgico na região, e uma estenose maligna, onde o tratamento será focado no câncer das vias biliares.
Nas estenose benigna das vias biliares, a equipe especializada realiza punções pela pele para atingir esses canais através de fios, cateteres, balões e outros tipos de indutores. Faz-se a dilatação e acompanhamento periódico menos invasivo. Em caso de insucesso, a opção por uma cirurgia no local deve ser considerada.
Por outro lado, se o caso surgiu em virtude de algum tumor nos canais ou uma possível infecção, além da cirurgia, é preciso remover o tumor ou realizar algum tratamento adicional para reverter o quadro de infecção. A manipulação cirúrgica, também conhecida como anastomose biliodigestiva, costuma demorar algumas horas. Contudo, quando feita de maneira segura e com um profissional qualificado, sem a ocorrência de complicações, o paciente tem uma recuperação tranquila.
Esse problema pode gerar um câncer?
Normalmente não, mas a estenose das vias biliares pode aumentar o risco do paciente desenvolver uma cirrose hepática. Ainda que possam ocorrer tumores que prejudiquem os canais biliares, essas formações não costumam ser malignas e a cirurgia não apresenta riscos.
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