O fígado é essencial para a saúde do corpo e desempenha vários papéis para que o organismo funcione adequadamente. Ele é um órgão, que exerce funções exócrinas e endócrinas.
É através do fígado que a glicose é armazenada e liberada, o metabolismo dos lipídeos e das proteínas é realizado, por exemplo.
Nesse cenário, quando o fígado deixa de funcionar por conta de alguma doença irreversível, é preciso realizar um transplante. O transplante de fígado irá proporcionar melhora na qualidade e tempo de vida do paciente.
O que leva o paciente a um transplante de fígado?
Localizado do lado direito do abdômen, o fígado é constituído pelos hepatócitos, como são chamadas as células que compõem seu tecido. É o produtor de substâncias essenciais para o funcionamento do organismo, como dissemos anteriormente.
Com tantas funções, ele precisa estar saudável para exercê-las adequadamente. Algumas doenças podem provocar graves insuficiências hepáticas aguda ou crônicas, que podem ser letais.
Antes que isso aconteça, o recurso disponível na medicina é um transplante de fígado, substituindo o órgão doente por outro saudável. Nesse caso, é possível obter o fígado de um doador com morte cerebral ou de um doador vivo.
A cirrose hepática é a condição que mais provoca a necessidade de transplantes de fígado. A doença é causada por hepatite crônica B ou C, alcoolismo, doenças biliares e doença hepática gordurosa não alcoólica. Outras indicações para o transplante de fígado são alguns tumores hepáticos e as hepatites fulminantes.
Transplante de fígado: como funciona?
Atualmente o transplante de fígado é um tipo de cirurgia que tem seus riscos, mas apresenta grandes chances de ser bem-sucedida para o paciente.
Atualmente, no Brasil, a taxa de sobrevida vem aumentando a cada ano, conforme os centros transplantadores adquirem experiência e evoluem os mecanismos de imunossupressão após o transplante. Vale notar que a lista de doentes, porém, ainda é bem maior do que a média de órgãos disponíveis.
O transplante com doador vivo é mais complexo e normalmente indicado para receptores crianças. É retirada uma parte do lobo esquerdo ou direito do fígado. Essa parte é transplantada no receptor. O tempo de realização desse processo cirúrgico é longo, com uma média de 12 horas.
Já no caso do transplante com doador em morte encefálica, o órgão é retirado inteiro e transplantado no receptor. São feitas anastomoses (junções) dos vasos sanguíneos e dos ductos biliares até que se consiga restabelecer o fluxo de sangue e da produção da bile. Esse procedimento dura de seis a oito horas. Em casos mais complexos pode durar até dez horas.
O resultado do procedimento dependerá da qualidade do fígado recebido e da saúde do receptor antes do transplante.
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