O corpo pode ser acometido pela formação de pedras que prejudicam o sistema digestivo e excretor do corpo. Essas pedras, além de interferirem no trânsito de substâncias e de outros nutrientes ao corpo, também podem causar ferimentos e graves impactos aos canais por onde passam esses materiais. Um desses canais importantes é o ducto colédoco, que leva a bile produzida no fígado ao intestino. A incidência de pedras nesse canal é chamada de coledocolitíase e esses cálculos, se não tirados há tempo, podem levar a complicações importantes.
Da mesma forma que as pedras nos rins, a formação dessas pedras pode ser grande, e quanto maior o seu tamanho e volume, maior é a urgência delas serem eliminadas. Diferente dos cálculos renais que podem ser eliminados através da urina, as pedras no ducto colédoco devem ser tiradas preferencialmente através de procedimento invasivo, seja a cirurgia ou a CPRE – um tipo de endoscopia capaz de retirar essas pedras.
Apesar de estarem no colédoco, a maioria dessas pedras são formadas na vesícula biliar e migraram para a via biliar principal. Por esse motivo, após a resolução da coledocolitíase está indicada a cirurgia da vesícula para tratar de forma definitiva a origem do problema.
Impacto da coledocolitíase
O duodeno – parte do intestino onde chega a bile trazida pelo colédoco – possui ligações importantes com outros órgãos do corpo, especialmente o fígado e o pâncreas. Os cálculos se formam, normalmente, na vesícula biliar e migram até ficarem alojados no dueto. Em alguns casos as pedras podem se formar no próprio colédoco. Dependendo do tamanho das pedras, elas podem descer mais para o canal do fígado, prejudicando suas células e até causando icterícia.
Também relacionado ao tamanho das pedras, a coledocolitíase pode causar obstruções no canal ou uma possível infecção dos ductos que transportam a bile. Como as pedras costumam ter um índice elevado de colesterol, elas contaminam também a bile, o sangue e também o pâncreas, ocasionando assim outras doenças como a pancreatite e a colangite.
E como tratar?
A base para identificar o problema é através de exames de sangue e de imagem. Caso seja notado algum cálculo no ducto colédoco, a equipe médica recomenda um procedimento cirúrgico para retirar a pedra. A cirurgia pode consistir em abordagem direta do colédoco, operações biliodigestivas ou terapias endoscópicas que farão com que as pedras sejam retiradas com a menor taxa de agressividade e complicações.
Quer saber mais? Acompanhe meu Instagram e meu Facebook para se informar sobre esse e outros temas e fique à vontade para ler outros artigos no meu blog e conhecer mais do meu trabalho como especialista em cirurgia digestiva no Rio de Janeiro!