Tudo que você precisa saber sobre o colangiocarcinoma

Existem vários tipos de câncer. Alguns são mais comuns e outros são mais raros. Quanto mais raros forem, mais graves são seus sintomas e quadro clínico. Na lista dessas doenças mais delicadas se encontra o colangiocarcinoma, que é o câncer nas vias biliares. Alguns podem até estranhar o grau de seriedade do câncer nas vias biliares, mas a doença nesse caso costuma ser ainda mais grave.

Por ter essa complexidade mais delicada, a incidência de tumores nos ductos biliares se torna uma preocupação mais intensa pela classe médica. Isso porque a probabilidade de metástase ou invasão local de estruturas vitais pelo tumor pode ser mais forte e mais rápida do que outros tipos de câncer e essa ocorrência costuma afetar o corpo de diversas formas.

A causa do colangiocarcinoma

Embora a identificação do problema não seja tão exata, a causa mais apontada pelos médicos se dá por conta de problemas que agridem as células dos ductos biliares. A princípio, o tumor pode ser um adenocarcinoma, mas que pode apresentar outra linhagem histológica.

O colangiocarcinoma pode ter característica nodular, difusa ou papilar dependendo de alguns aspectos. O que os médicos apontam é que o câncer nas vias biliares quase sempre surge em decorrência de outra doença ou fator de risco. Enfermidades como a colangite esclerosante e úlceras originadas em outros canais podem acometer o corpo com um tumor que pode se espalhar de modo devagar ou rápido. E dependendo da gravidade, os tumores podem acometer também o pâncreas ou vasos sangüíneos localizados próximos ao fígado.

Prurido, dores abdominais, fezes brancas, coceira intensa e perda de peso repentina são os principais sintomas da doença. No entanto, a icterícia é o sintoma mais forte do problema e é um sinal de que o caso precisa ser tratado com urgência.

Tratamento

Por ser um tipo de câncer raro, o paciente pode ser submetido a processos terapêuticos mais específicos para não ampliar o grau de agressividade da doença. O diagnóstico é 100% ambulatorial e métodos como ultrassons e ressonâncias são usados para notar a complexidade do tumor e sua ocorrência em outros possíveis locais, se houver.

O principal tratamento, e único com potencial de cura, é a cirurgia para retirada do tumor. A cirurgia pode envolver apenas as vias biliares ou englobar também a cirurgia do fígado (hepatectomia) ou cirurgia do pâncreas (pancreatectomia ou duodenopancreatectomia) dependendo da localização do colangiocarcionoma. Além disso, o tratamento do colangiocarcinoma pode envolver quimioterapia e radioterapia.

Contudo, outros tipos de tratamento podem estar incluídos. Uma delas é a quimioembolização para prender um medicamento no tumor que irá destruí-lo por dentro ao mesmo tempo que se interrompe o fluxo sanguíneo no vaso que nutre o tumor. No entanto, o hepatologista precisa verificar se o corpo consegue aguentar o processo completo sem sofrer qualquer tipo de efeito colateral. O importante é destruir as células anormais mas com segurança para o paciente.

Responsável por 5% das mortes de câncer no mundo, o colangiocarcinoma é um dos cânceres mais raros que existem. E por ser raro, seu tratamento é mais específico. Saiba mais clicando aqui.

Quer saber mais? Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro.

Posted by Dr. Douglas Bastos