Os primeiros registros de colangiocarcinoma foram em 1889, quando 18 casos foram descritos por um médico da época. Esse tipo de câncer atinge as vias biliares, que nada mais são que as estruturas que trabalham na drenagem da bile do nosso fígado ao intestino delgado.
Apesar de ser considerado muito raro por especialistas na área, tendo uma incidência de apenas 2 casos entre 100 mil a cada ano, o colangiocarcinoma é extremamente agressivo e, quando não tratado correta e precocemente, pode trazer sérios riscos para a vida do paciente.
O diagnóstico precoce desse tumor pode fazer a diferença na eficácia do tratamento do problema. Porém, a identificação do quadro ainda é um grande desafio para os médicos. As características da doença exigem uma abordagem multidisciplinar e envolve análises laboratoriais e clínicas, exames endoscópicos e estudos radiológicos..
Todos esses métodos, além de garantir o diagnóstico correto, também possuem um papel importante para o tratamento. Os melhores resultados são obtidos com a ressecção cirúrgica.
Porém, em algumas situações, é possível que a ressecção cirúrgica do colangiocarcinoma não seja possível. Nessas situações, um tratamento paliativo é recomendado para ajudar a melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Nesses casos pode ser indicada uma drenagem biliar. A drenagem das vias biliares pode ser feita por meio de um procedimento cirúrgico ou via endoscópica, opção menos invasiva e que causa menos desconforto ao paciente.
Sintomas e fatores de risco para o colangiocarcinoma
O surgimento da icterícia é o principal sintoma apresentado por pacientes que sofrem com esse câncer das vias biliares. Esse sintoma, que está presente em mais de 90% dos casos da doença, acaba causando o amarelamento da pele, dos olhos e das membranas mucosas.
Mas esse não é o único sintoma relatado por pessoas que sofrem com esse tipo de câncer. É muito comum que essa doença cause a perda rápida de peso, dor na região do abdômen e também muita coceira.
O colangiocarcinoma é responsável por mais de 5% dos tumores primários que aparecem na região do fígado e atinge mais pessoas do sexo masculino. Quando o assunto é idade, a faixa etária que apresenta mais risco para o desenvolvimento da doença são pessoas com mais de 60 anos.
Os tumores causados por essa doença podem ser extra-hepáticos, hilares ou intra-hepáticos, e várias situações contribuem para o surgimento deles. Conheça agora os 6 principais fatores de risco para o colangiocarcinoma:
- pacientes com cirrose;
- colangite esclerosante primária;
- presença de agente de contraste radiológico;
- pacientes com hepatite C;
- presença de cisto de colédoco;
- presença de algumas toxinas.
As chances de cura do colangiocarcinoma aumentam quando o diagnóstico precoce da doença é realizado. Por isso, consulte um médico de forma regular. Não ignore sintomas como dores persistentes, perda de peso sem motivo e suspeita de pele amarelada.
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