Cirurgia hepatobiliar: o que é e como funciona?

Assim como acontece com outros sistemas do organismo, o sistema hepatobiliar pode ser submetido a tratamentos cirúrgicos para resolução de problemas. Seja para defeitos congênitos ou doenças crônicas, os procedimentos se adaptam para consertar algo que está afetando o comportamento dos órgãos e complicando suas ações. Nesse cenário, a cirurgia hepatobiliar é uma das metodologias mais recomendadas pelos médicos para tratar anomalias envolvendo o fígado, as vias biliares e o pâncreas.

Por serem regiões muito complexas do corpo (devido às ligações com vasos biliares e sanguíneos), a cirurgia precisa ser realizada com o máximo de atenção. Na maioria dos casos, a operação é uma solução contra o surgimento de nódulos e tumores benignos ou malignos.

A complexidade da cirurgia hepatobiliar

Mesmo que um determinado problema acometa somente um dos órgãos, esse tipo de cirurgia abrange o fígado, o pâncreas e as vias biliares. Uma vez que esse sistema possui uma variedade de canais que servem para o fluxo da bile e de outras substâncias, o procedimento se torna ainda mais delicado.

Em grande parte dos casos, a cirurgia é recomendada como um tratamento para o câncer hepatobiliar, mesmo que o nódulo já esteja no estágio de metástase. Seja num quadro benigno ou maligno, a operação só pode ser realizada por profissionais experientes devido ao risco de atingir alguma via importante.

Conheça os tipos de cirurgia

O procedimento cirúrgico atinge completamente a área anatômica do fígado, do pâncreas e das vias biliares. Além disso, ele pode ser invasivo ou não: tudo dependerá de como o especialista avalia o nível clínico da doença que o paciente se encontra. Os métodos não invasivos, entretanto, costumam oferecer muito menos riscos e promover mais benefícios para o indivíduo operado.

A seguir, confira os principais tipos de cirurgia hepatobiliar:

Hepatectomia

É o método considerado mais seguro para tratamento de um tumor tanto durante a operação como também no pós-operatório. Realizada através de videolaparoscopia (cirurgia minimamente invasiva) ou aberta, a hepatectomia resseca somente o segmento do fígado que está acometido pelo câncer hepatobiliar. Essa ressecção não precisa ser ampliada para mais segmentos, a não ser que a lesão já esteja num estágio mais avançado. Nesse último caso, a hepatectomia poderá ser estendida para uma ressecção maior do fígado, podendo chegar até 60% do órgão.

Pancreatectomia

A pancreatectomia, por sua vez, é direcionada para quem sofre com lesões no pâncreas. Também pode ser feita por videolaparoscopia ou aberta, sendo escolhido a forma que mais facilitar a ressecção do segmento que está atingido pelo tumor benigno ou maligno.

Embora existam centros hospitalares que façam os dois tipos de cirurgia, a principal preocupação da classe médica é fazer a operação do modo menos invasivo possível: a taxa de co-morbidades no pós-operatório ainda é grande no Brasil, justamente por conta da complexidade do procedimento cirúrgico e pela pouca disponibilidade de equipes especializadas. Caso não seja realizada corretamente, a cirurgia pode acabar prejudicando o tratamento do paciente. Daí a grande importância de buscar um especialista com vasta experiência para a realização da cirurgia hepatobiliar.

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Posted by Dr. Douglas Bastos