Vesícula Biliar

O que é vesícula hidrópica e quais os tratamentos

O que é vesícula hidrópica e quais os tratamentos

Muito se fala sobre pedras e inflamação na vesícula, mas você já ouviu falar em vesícula hidrópica? Esse problema é menos conhecido, mas também merece atenção quando o assunto é a saúde biliar.

A vesícula hidrópica é resultado da hidropsia da vesícula biliar, um processo que consiste na dilatação do órgão por causa da obstrução crônica do duto cístico.

Quer saber mais sobre vesícula hidrópica e conferir quais são os tratamentos possíveis para essa condição clínica? Continue lendo o artigo e entenda melhor o assunto!

Afinal, o que é vesícula biliar?

Antes de aprofundarmos a conversa a respeito da vesícula hidrópica, é preciso relembrar o conceito de vesícula biliar. A vesícula biliar é um pequeno órgão do corpo humano, localizado abaixo do fígado. Seu formato lembra o formato de uma pera e sua principal função é armazenar até 50 ml de bile e auxiliar no trabalho digestivo, especialmente no processamento de gorduras.

E vesícula hidrópica, como pode ser definida?

A vesícula hidrópica é a vesícula biliar dilatada. Ela fica distendida e preenchida com muco ou líquido claro e aquoso. Normalmente não tem caráter inflamatório ou infeccioso, embora possa estar associada a inflamações e infecções no órgão nos quadros de maior gravidade.

Por que ocorre a hidropsia de vesícula?

A vesícula hidrópica é causada pela obstrução da saída da vesícula biliar, que geralmente é provocada por pedra impactada no duto cístico ou no colo do órgão.

Quais são os sintomas de vesícula hidrópica?

A vesícula hidrópica pode gerar manifestações físicas como dor no quadrante superior direito do abdômen, desconforto epigástrico, náuseas, vômitos, etc. Quando a dor persiste por mais de 6 horas ou vem acompanhada de febre e calafrios, pode haver uma condição mais grave, como colecistite aguda, epiema da vesícula ou obstrução coexistente do duto biliar.

Caso você apresente algum desses sintomas e suspeite de problemas na vesícula biliar, procure imediatamente um médico especialista em aparelho digestivo. A rapidez no diagnóstico faz toda diferença!

Como diagnosticar o problema?

Além de avaliação sintomática e exame clínico, a dilatação da vesícula biliar pode ser confirmada através de exames de imagem que identificam a diminuição do espessamento da parede da vesícula e o aumento do volume de líquido em seu interior.

Testes laboratoriais também podem ser muito úteis para descartar outras doenças. Contagem de leucócitos, medição de bilirrubina, estudo dos níveis séricos de amilase e enzimas hepáticas fazem parte da investigação.

Qual é o melhor tratamento?

O tratamento mais efetivo para a vesícula hidrópica é a cirurgia. Atualmente, o procedimento cirúrgico recomendado nesses casos é a colecistectomia laparascópica, uma técnica minimamente invasiva e mais segura, que apresenta menor risco de complicação, maior conforto pós-cirúrgico, melhor efeito estético e recuperação mais rápida em comparação à cirurgia aberta.

Para aumentar a segurança na realização do procedimento, é indispensável que a operação seja feita por um bom cirurgião do aparelho digestivo. Além disso, todos os exames pré-cirúrgicos devem ser realizados para checar o estado de saúde do paciente.

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O que é litíase biliar?

O que é litíase biliar?

A litíase biliar, também conhecida popularmente como pedra na vesícula ou cálculo biliar, nada mais é do que um aglomerado de substâncias que se forma dentro da vesícula. Ele pode ter diferentes formatos e tamanhos e se assemelha a cristais de rocha.

Algumas pedras possuem o tamanho de uma bola de golfe, enquanto outras são tão pequeninas quanto um grão de areia. Porém, ambas podem causar dor, ardência e bastante incômodo.

Os pacientes podem desenvolver apenas uma litíase biliar – ou várias. Basicamente, a condição se manifesta de duas formas:

1. Litíase biliar pigmentada: aqui, as pedras possuem tonalidades que variam do marrom ao totalmente preto. Elas se desenvolvem quando a bile possui alta concentração de bilirrubina, um componente produzido quando o organismo quebra hemácias presentes na circulação sanguínea.

2. Litíase biliar de colesterol: esse tipo de litíase é mais comum, sendo que as pedras são formadas por colesterol não dissolvido pelo organismo. Elas também podem conter outras substâncias e, na grande maioria dos casos, são amarelas.

Quais são as causas da litíase biliar?

Não há exatamente uma causa que leve à formação de pedras na vesícula. Geralmente, o processo ocorre quando a bile não consegue dissolver a quantidade de colesterol anteriormente excretada pelo fígado. Neste caso, o excesso do colesterol se transforma em pequenos cristais e, posteriormente, em pedras.

O desequilíbrio entre o colesterol e os solubilizantes do organismo também é uma possível causa para a litíase biliar. Nesta situação, ele pode ocorrer tanto pelas altas quantidades de colesterol como também pela baixa concentração de solubilizantes na bile.

Já os principais fatores de risco, ou seja, os fatores que aumentam as chances de desenvolvimento da litíase biliar, são os seguintes:

  • Obesidade ou excesso de gordura corporal;
  • Gênero feminino;
  • Gravidez;
  • Terceira idade;
  • Dieta rica em colesterol e gorduras com baixa ingestão de fibras;
  • Histórico familiar da doença;
  • Uso contínuo de medicamentos com estrogênio ou remédios para diminuir o colesterol;
  • Hemólise crônica.

Quais são os sintomas que apontam para um caso de litíase biliar?

Alguns pacientes não apresentam nenhum sinal de que estão com cálculo biliar, enquanto outros apresentam dores similares à cólica abdominal, juntamente com outros sintomas. Os principais deles são:

  • Inchaço na região abdominal com dor aguda, geralmente após as refeições e com irradiação pelas costas;
  • Febre;
  • Amarelamento da retina e da pele;
  • Vômitos e enjoos;
  • Fezes claras.

Há tratamento para o problema?

A litíase biliar, quando não acompanhada de sintomas ou desconforto, não necessita de tratamento imediato.

Porém, quando há sintomas, o tratamento se torna necessário – de modo a eliminá-los e evitar complicações.

O principal tratamento para litíase biliar é a cirurgia para retirada da vesícula, tecnicamente chamada de colecistectomia. Atualmente a cirurgia é realizada por vídeo na maioria dos casos e recebe o nome de colecistectomia videolaparoscópica. É o que recebe o nome popular de cirurgia da vesícula por vídeo! A recuperação é rápida e o paciente costuma retornar para casa no dia seguinte do procedimento.

Agora você já sabe o que é litíase biliar, assim como seus sintomas, causas e tratamentos. Quer saber mais? Acompanhe meu Instagram e meu Facebook para se informar sobre esse e outros temas e fique à vontade para ler outros artigos no meu blog e conhecer mais do meu trabalho como especialista em cirurgia digestiva no Rio de Janeiro!

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Vesícula biliar septada: o que é isso?

Vesícula biliar septada: o que é isso?

A vesícula biliar é um pequeno órgão que integra o sistema digestivo. Com o formato normalmente similar ao de uma pera, ela fica localizada no quadrante superior direito do abdômen. A principal função desse órgão consiste em armazenar a bile, líquido participante do processo digestivo, sobretudo na absorção de nutrientes e emulsificação de gorduras. Mas o que quer dizer vesícula biliar septada? 

Para entender melhor do que se trata, é importante relembrar o significado de septo. Em anatomia, esse termo remete à parede que divide duas massas de tecido mole ou duas cavidades do corpo. Podemos então afirmar, de forma resumida, que a vesícula septada é uma vesícula duplicada, mas isso você vai entender melhor neste artigo.

O que é vesícula biliar septada, afinal?

Embora as anomalias biliares, como cálculos e inflamações na vesícula, sejam achados clínicos comuns, a duplicação da vesícula biliar é uma anomalia rara e congênita, que acomete cerca de 1 a cada 4 mil pessoas. Os casos geralmente são descobertos ocasionalmente em autópsias ou processos intraoperatórios.

O quadro pode ser assintomático; entretanto, quando os sintomas estão presentes, geralmente são associados às manifestações típicas de colecistite, como, por exemplo, dor abdominal forte, náuseas, vômitos e mal-estar. Raramente a vesícula biliar contém carcinoma, apesar de acontecer em alguns casos.

Por que é importante identificar a existência de vesícula septada?

O reconhecimento precoce da vesícula biliar septada é importante para diminuir o risco de complicações cirúrgicas, caso tal anomalia seja negligenciada durante a operação. Quando o diagnóstico não é prévio, a condição deve ao menos ser descoberta ao longo da cirurgia, o que chamamos de achado intracirúrgico.

Identificar a duplicação da vesícula biliar é fundamental para evitar lesões durante uma colecistectomia videolaparoscópica, por exemplo. Quando o cirurgião sabe antecipadamente que o paciente tem a vesícula septada, essa informação passa a ser crucial no planejamento e na condução da cirurgia, prevenindo a ocorrência de complicações e reduzindo a necessidade de reoperação ou conversão para cirurgia aberta.

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Como é a cirurgia de retirada de pedra na vesícula?

Como é a cirurgia de retirada de pedra na vesícula?

A pedra na vesícula pode acarretar inúmeros sintomas e, na maioria das vezes o tratamento recomendado é a retirada da vesícula. A colecistectomia, é também conhecida como cirurgia de retirada de pedra na vesícula ou cirurgia da vesícula. Atualmente ela é realizada por videolaparoscopia, uma técnica minimamente invasiva, que permite rápida recuperação sem comprometimento estético.

Colecistectomia: quando fazer a remoção cirúrgica da vesícula? 

Colecistectomia é o termo médico que designa a cirurgia para a retirada da vesícula. A remoção cirúrgica do órgão é o tratamento mais eficaz para pacientes que possuem pedras grandes e sofrem com dores fortes. A cirurgia pode ser feita pelo método convencional ou por laparoscopia. Com a retirada da vesícula, a bile produzida pelo fígado será lançada diretamente no intestino.

No procedimento de cirurgia aberta, o médico faz uma corte no abdômen para retirar a vesícula. O período de internação é de 1 a 2 dias, sendo maior quando o paciente apresenta outros problemas resultantes das pedras, como a colangite (inflamação das vias biliares) ou a pancreatite (inflamação do pâncreas). Esse é o método convencional, que deixa uma cicatriz maior e tem um pós-operatório mais prolongado.

Já a laparoscopia é uma cirurgia mais moderna, menos invasiva. O médico só precisa fazer quatro pequenos cortes (0,5 a 2,0cm) no abdômen para introduzir os instrumentos e a câmera que auxiliará a operação. Como as incisões são muito pequenas, há menor risco de infecção e sangramento, e o processo de recuperação é bem mais rápido. O paciente pode receber alta em até 24 horas e, após 15 dias, já consegue retomar a maior parte de suas atividades.

A cirurgia para remoção de pedra na vesícula apresenta baixo risco. As principais complicações são infecção e hemorragia. Caso isso aconteça, é importante que o paciente retorne, o mais rápido possível, ao hospital onde realizou a cirurgia.

Outras formas para tratar a pedra na vesícula

Como a maioria das pedras na vesícula resultam do aumento dos níveis de colesterol ruim, é possível preveni-las ou reverter a progressão com uma dieta mais saudável, isenta de gorduras, embutidos, carnes vermelhas em excesso, produtos industrializados, entre outros alimentos que estimulam o aumento de colesterol ruim no organismo.

Medicamentos que combatem o colesterol e mudanças de hábitos alimentares podem ser prescritos pelo médico quando o quadro ainda não causa sintomas.

O não tratamento das pedras na vesícula pode desencadear diversos problemas, como colangite (infecção bacteriana), colecistite (inflamação da vesícula), coledocolitíase (obstrução do colédoco) e pancreatite aguda. Portanto, a avaliação e acompanhamento por um profissional especializado é fundamental!

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4 sintomas que podem indicar que você está com pedra na vesícula

4 sintomas que podem indicar que você está com pedra na vesícula

Os perigos da pedra na vesícula vão além da clássica dor após a alimentação. Transtornos no pâncreas, obstrução da via biliar e até infecção grave podem ocorrer.

Porém, suspeitar do diagnóstico não é algo difícil, se você estiver atento a alguns detalhes. Quem é diagnosticado com pedra na vesícula precisa procurar um especialista para correta avaliação. 

4 sintomas de pedra na vesícula

  1. Dor abdominal

A dor é a principal reclamação. Ela ocorre logo após uma refeição ou quando a pessoa realiza um esforço na área abdominal. Entretanto, não fica somente na barriga, a lombar e outras áreas acima, especialmente na região das costelas, também são atingidas pelo incômodo.

Se o consumo de gordura for grande, a vesícula fica ainda mais contraída, e é aí que a dor se acentua. 

  1. Mal estar após as refeições

Mal estar após as refeições é um sintoma comum para muitas doenças do aparelho digestivo. Muitas vezes os sintomas da pedra na vesícula se manifestam como uma sensação de má digestão. É frequente que essa queixa seja mais frequente após alimentos ricos em gordura ou frituras. 

 

  1. Urina Escura

Quando uma pedra sai da vesícula, e cai na via biliar principal, o colédoco, podem surgir alguns sintomas. Um desses sintomas é o escurecimento da urina. Em alguns casos os pacientes relatam que está com a urina com “cor de coca-cola”.  Esse é um relato com grande chance da origem ser relacionada a algum problema no fígado ou na vesícula.

  1. Cor amarelada nos olhos e pele

A icterícia é outro sintoma que pode indicar pedra na vesícula. Na verdade, assim como a urina escura, ela decorre na maioria das vezes da passagem de uma pedra para fora da vesícula. Isso impede a drenagem de bile para o intestino. Isso altera a excreção e reabsorção das substâncias derivadas da bile e influencia na mudança de tonalidade da pele e dos olhos, tornando-os amarelados.

Se você perceber esses sintomas, você pode ter pedra na vesícula. É importante que procure um especialista ou o seu médico de confiança. 

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Tudo o que você precisa saber sobre o câncer de vesícula

Tudo o que você precisa saber sobre o câncer de vesícula

A palavra “câncer” tem um efeito extremamente pesado na vida de muitas pessoas que são diagnosticadas com essa doença. Associada a um processo demorado, bastante doloroso e até mesmo à morte, quase todas as partes do corpo estão sujeitas a desenvolver essa enfermidade. O câncer de vesícula é um desses tipos de câncer que precisam ser entendidos e tratados.

De diagnóstico mais difícil e afetando a vesícula biliar (um pequeno órgão que concentra a bile e que influencia no trato gastrointestinal), essa patologia têm mais chances de cura quando o diagnóstico é realizado de forma precoce.

Em meio ao seu processo de tratamento, o paciente diagnosticado com câncer de vesícula passará por procedimentos cirúrgicos e quimioterapia, a fim de eliminar as células cancerígenas.

Quais são os sintomas do câncer de vesícula?

Infelizmente, o câncer de vesícula ataca de modo bastante silencioso.  De fato, são raras as vezes em que a doença é descoberta em suas fases iniciais. Ainda assim, é importante destacar alguns dos sintomas mais frequentes entre as pessoas que podem estar padecendo desta enfermidade. Confira a seguir quais são os principais:

• Frequentes e estranhos inchaços por toda a barriga;

• Mudança na tonalidade da pele e dos olhos, que se tornam mais amarelados;

• Muita dor na barriga, principalmente no lado direito, em que o trato gastrointestinal se localiza;

• Perda de peso em decorrência da expressiva diminuição no apetite;

• Recorrência nos enjoos e nos vômitos sem motivo aparente ou explicação;

• Temperatura do corpo elevada em mais de 38º C por dias seguidos.

Vale ressaltar mais uma vez que esses sintomas costumam aparecer em fases mais avançadas do câncer, sendo indispensável a procura de um médico especialista no exato momento de sua dúvida ou percepção. O médico poderá solicitar a realização de exames, bem como diagnosticar a pessoa como portadora da doença.

O tratamento do câncer de vesícula

Assim como nos demais cânceres, uma vez que a descoberta é feita, torna-se indispensável o rápido início do tratamento e o combate à enfermidade. Afinal, tratando-se do câncer, o tempo joga contra a vida do paciente, permitindo que outras células cancerígenas surjam conforme haja contato com a região já degradada.

Uma vez que o câncer foi encontrado, é indispensável que a vesícula biliar seja retirada para uma interrupção do avanço das células malignas. Feito isso, é necessário ainda dar início ao tratamento de quimioterapia, visando controlar o avanço da patologia para os demais órgãos.

Sobre a cirurgia do câncer de vesícula, vale destacar que existem dois tipos principais de procedimento. O primeiro consiste na cirurgia potencialmente curativa, que é aquela em que o médico responsável tem a possibilidade de retirar todo o tumor do órgão.

A segunda, por sua vez, é uma cirurgia paliativa, na qual retirar todo o tumor não é uma opção. Nesses casos, a intervenção cirúrgica se dá apenas para tratar ou prevenir complicações.

Quer saber mais? Estou à disposição para conversarmos sobre este e outros assuntos. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como especialista em cirurgia digestiva no Rio de Janeiro!

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Quando a cirurgia de vesícula é indicada?

Quando a cirurgia de vesícula é indicada?

A vesícula é um importante órgão da região abdominal, que tem como função armazenar a bile para lançá-la quando são ingeridos alimentos ricos em gorduras. Mais concentrada do que no interior do fígado, a bile emulsifica o alimento ingerido e o prepara para que sejam extraídos os seus nutrientes.

Mas quando há, interior da vesícula, alguma falha no processo de concentração da bile começam a surgir cálculos e pedras compostos de cálcio e colesterol. A pedra na vesícula pode dar sintomas, desde dores leves até processos inflamatórios na própria vesícula ou no pâncreas, sendo necessária uma cirurgia para retirada da vesícula.

Funções da vesícula e o surgimento de pedras

A vesícula tem uma ampla atuação em todos os processos de digestão, sendo diretamente auxiliar do fígado como reservatório e transportador da bile para o intestino delgado. Suas funções se estendem a todas as outras do corpo, até mesmo para o cérebro e na proteção do corpo de doenças.

Após a produção da bile pelo fígado, ela é armazenada na vesícula para que seja misturada no estômago durante a digestão de alimentos gordurosos.

A vesícula faz uma espécie de faxina no organismo, como um detergente que emulsifica a gordura para quebrar as células de lipídios, facilitando a digestão e a separação dos nutrientes. Por agir de forma tão ampla, pode apresentar falhas num de seus processos que culmina com o surgimento de cálculos e pedras de cálcio e colesterol em seu interior.

Com o acúmulo de pedras na vesícula pode haver dores após a alimentação e até mesmo um processo inflamatório chamado de colecistite, gerando dores agudas e muito intensas. Se não houver atendimento imediato o quadro pode se agravar e até mesmo levar a morte do paciente. Outras complicações como a coledocolitíase (pedra no canal biliar principal, entre o fígado e o intestino), a colangite (infecção nas vias biliares) e a pancreatite podem ocorrer em virtude da pedra na vesícula.

A dor que não melhora com medicação oral indica que o problema já está sério o suficiente para ser ministrado apenas medicamentos, sendo necessária a realização de uma cirurgia de retirada da vesicula para que o problema se resolva.

Como é feita a cirurgia

Quando começam as surgir sintomas como dor intensa e vômitos, sobretudo após a alimentação, é preciso ir urgente ao médico para realizar o diagnóstico.  Se a vesícula estiver com sério problema inflamatório a cirurgia é indicada imediatamente.

Há dois métodos cirúrgicos, a colecistectomia tradicional, onde é feito um corte no abdômen até chegar à vesícula. Ela deixa uma cicatriz aparente e tem uma internação média de dois a três dias. O outro método é a cirurgia por laparoscopia, cirurgia minimamente invasiva. O procedimento é bem simples, com pequenos cortes de tamanho suficiente para inserir quatro canos, chamados de trocateres.

Com a laparoscopia não há contato direto com o órgão e tudo é feito através de uma microcâmera na ponta de um dos instrumentos inseridos. A internação é de apenas um dia e as cicatrizes são mínimas.

O pós-operatório de ambas é caracterizado por dor nas primeiras 12 h após a cirurgia, com o uso de analgésicos que a amenizam. O paciente demora duas semanas para se recuperar, onde deve ficar de repouso, não pegar peso e nem realizar atividades físicas, mas pode fazer caminhadas e movimentos leves que podem ajudar a acelerar a recuperação.

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6 sinais de que você pode estar com pedra na vesícula

6 sinais de que você pode estar com pedra na vesícula

Você já deve ter ouvido falar de cólica biliar e, certamente, não gostaria de experimentar a sensação. Trata-se de uma dor intensa, com instantes de agravamento, causada por uma pedra na vesícula (também conhecida como colelitíase).

A colelitíase é um mal que, segundo estudos, pode afetar até 1/5 da população brasileira, atingindo mais as mulheres, principalmente aquelas que se encontram na faixa etária dos 45 aos 55 anos. A incidência do problema pode chegar à casa dos 30%.

Antes de listar 6 sinais que podem indicar a presença da doença, reunimos algumas informações importantes sobre o assunto. Vamos lá?

O que é a vesícula e qual seu papel no corpo humano?

A vesícula é um órgão do corpo humano que possui a forma de uma pera, integrando nosso aparelho digestivo. Ela tem como função armazenar e liberar no intestino a bile, que é um líquido de coloração amarelada, cuja finalidade é, principalmente, auxiliar na digestão e absorção dos alimentos, sobretudo aqueles que contém gorduras.

O que é, afinal, a pedra na vesícula?

A colelitíase é um mal causado pela presença de pedras na vesícula biliar. Essas pedras (ou cálculos, como também são chamadas) aparecem em decorrência de uma quantidade incomum de alguma das substâncias que compõem a bile.

A pedra pode estar presente na vesícula sem causar qualquer sintoma, especialmente quando é pequena. Em geral, as “pedrinhas” acabam sendo levadas junto com o líquido, atravessam os canais biliares e chegam ao intestino, onde são eliminadas com as fezes. Em outros casos, entretanto, elas se instalam na saída da vesícula biliar e obstruem a passagem da bile. Isso ocorre quando a pedra é maior do que o orifício de saída da vesícula.

É essa anomalia que provoca a dor, consequência da pressão interna na vesícula causada pelas contrações. Essas contrações são estimuladas pela sinalização do organismo de que há alimento a ser digerido, o que explica o fato de as dores aparecerem após as refeições, especialmente se estas forem ricas em gorduras.

6 sintomas que você deve observar

Para saber se há ocorrência de pedra na vesícula, observe se há manifestação dos seguintes sintomas:

  1. Cólica do lado direito do abdômen, após as refeições;
  2. 2. Enjoo e vômito após as refeições;
  3. Dor forte contínua no lado direito ou no meio do abdômen, com momentos de dor mais intensa e irradiando para as costas;
  4. Perda de apetite;
  5. Pele e olhos amarelados;
  6. Sensação de má digestão após as refeições.

Como evitar a formação de pedra na vesícula?

Para evitar a ocorrência desse mal, é essencial que se tome uma série de cuidados com a alimentação, evitando o consumo exagerado de alimentos gordurosos e ricos em carboidrato simples.

A dieta deve ser rica em fibras, frutas e verduras. Os refrigerantes devem ser evitados, assim como o uso sistemático e prolongado de anticoncepcionais. A prática de exercícios físicos é outra medida que reduz o risco, uma vez que ajuda no metabolismo do colesterol.

Diagnóstico e o tratamento

O diagnóstico é feito através de ultrassonografia. Em alguns casos, pode-se recorrer à ressonância magnética e à tomografia computadorizada.

O tratamento, dependendo das características e da gravidade dos sintomas, pode ser cirúrgico, com retirada da vesícula (cirurgia da vesícula). Em casos raros, onde o risco de se submeter à cirurgia é muito elevado, pode ser tentado a dissolução da pedra na vesícula com medicamentos. No entanto, esse tratamento é pouco eficiente e tem resultados ruins. Por isso, deve ser tentado apenas quando a realização da cirurgia da vesícula traz um risco muito elevado.

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