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Varizes esofágicas: entenda mais sobre essa alteração

Varizes esofágicas: entenda mais sobre essa alteração



Quando falamos em varizes, a primeira imagem que vem a nossa mente são aquelas veias protuberantes e deformadas que aparecem principalmente nas pernas e nos pés. Mas, você sabia que varizes podem aparecer em outras partes do corpo, até mesmo nos órgãos internos? Esse é o caso das Varizes esofágicas .

Neste artigo, trazemos mais informações sobre elas: o que são, quais as formas de evitá-las e quais os possíveis tratamentos.

Causas das varizes de esôfago

Antes de tudo, é importante salientar que as varizes esofágicas aparecem como sintoma de problemas nem sempre correlacionados ao esôfago ou ao estômago. É mais comum que elas aconteçam como resultado de quadros evolutivos críticos de cirrose hepática.

A cirrose é uma doença que causa a inflamação do fígado, fazendo com que, ao cicatrizar, seus tecidos se tornem fibrosos e rígidos. Dessa forma, para que o sangue circule pelo órgão, há um aumento da pressão na veia principal que o irriga, a veia porta.

Esse aumento de pressão altera todo o sistema circulatório na região abdominal, em um quadro chamado de hipertensão portal. É, portanto, diante desse quadro que as varizes esofágicas se formam.

Possíveis complicações das varizes esofágicas

É preciso haver um quadro avançado de cirrose para que as varizes do esôfago apareçam. Elas demandam acompanhamento médico imediato, a partir do seu diagnóstico, pois essas veias dilatadas correm o risco de romper-se, causando hemorragia.

Segundo o Grupo de Estudos sobre Doenças Hepáticas no Brasil (Hepcentro), um cirrótico tem de 20 a 50% de risco de óbito em caso do rompimento de uma dessas veias. Posteriormente, esse perigo aumenta em mais 30%, no decorrer dos seis primeiros meses após o primeiro sangramento.

Como a cirrose é uma doença silenciosa, ou seja, nem sempre apresenta sintomas logo que acomete o indivíduo, estima-se que 30% dos pacientes diagnosticados com a enfermidade já possuam varizes esofágicas. Esse número alcança 60% dos pacientes que apresentam ascite (um inchaço no abdome também causado por complicações da cirrose).

Diagnosticando as varizes no esôfago

Antes de tudo, é preciso identificar se as varizes estão relacionadas à cirrose e à hipertensão portal. Além disso, é preciso mensurar o avanço de cada uma dessas condições, para acompanhamento médico adequado. Para tanto, as opções de exame incluem biópsia hepática, exames de imagem, bem como a medição e controle da pressão sanguínea na veia porta.

No entanto, o melhor diagnóstico é feito por endoscopia digestiva, que mostra não só a presença de varizes no esôfago, como também permite perceber a ocorrência de sinais vermelhos na região. Esses sinais demonstram maior risco de rompimento, significando que o paciente necessita de maiores cuidados médicos.

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Posted by Dr. Douglas Bastos in Esôfago, Todos
Tire suas dúvidas sobre a colectomia por laparoscopia

Tire suas dúvidas sobre a colectomia por laparoscopia

Cirurgias menos invasivas e que causem o mínimo de efeitos colaterais não é só uma preferência dos pacientes. Os próprios médicos preferem métodos que proporcionem uma recuperação mais rápida e com menor tempo de internação.  Esse é o caso de quem faz uma colectomia por laparoscopia.  

O que é uma colectomia por laparoscopia?

A colectomia é a operação que retira parte do intestino grosso. É indicada para tratar doenças como câncer, diverticulite, hemorragias digestivas e obstruções intestinais.

Ao contrário da cirurgia convencional, a colectomia por laparoscopia não é uma operação aberta. São realizadas pequenas incisões, por onde entrarão os trocarteres, espécie de tubos que permitirão tratar a região afetada.

Toda a operação é acompanhada via vídeo. O cirurgião só precisa aumentar uma incisão, para que a porção do intestino tratada seja removida.  

A cirurgia…

O abdômen precisa estar inflado. Com a ajuda de dióxido de carbono, o paciente tem essa área do corpo aumentada. São realizadas de 3 a 5 incisões onde serão colocados os trocarteres, que são os tubos por onde os instrumentos específicos para a cirurgia passarão. Através do vídeo, o cirurgião visualiza a área doente no intestino grosso e movimenta as pinças para tratar a doença. A anestesia é geral. 

Vantagens da colectomia por laparoscopia

Como as incisões são pequenas, o trauma cirúrgico é menor. Com isso há menos dor no pós-operatório e uma recuperação mais rápida. O intestino também volta a funcionar mais rápido em relação à cirurgia convencional. Em geral, poucos dias após a cirurgia o paciente poderá retornar para casa.

A volta à dieta normal é mais rápida. A aparência estética também é melhor, pois a cicatriz é pequena.

Mas, para que a colectomia por laparoscopia seja indicada, é importante passar por uma avaliação médica.  Algumas doenças ou condições clínicas dos pacientes não permitem que seja feita uma colectomia por vídeo. Nesses casos, é optado pela colectomia convencional.

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Quando o transplante de fígado é indicado?

Quando o transplante de fígado é indicado?

Depois da pele, o fígado é o maior órgão do corpo humano e também o mais importante. Sozinho, desempenha mais de 200 funções no corpo. É papel do fígado, por exemplo, auxiliar na digestão dos alimentos; produzir a bile que é a substância responsável por dissolver as moléculas de gordura; cuidar da metabolização de substâncias tais como álcool, café, gorduras diversas que ingerimos ao longo do dia, além de limpar o sangue de sujeiras e toxinas e cuidar do armazenamento de glicogênio (açúcar), a energia que o corpo sempre precisa para exercer suas atividades e se aquecer, dentre outras funções.

Assim fica simples perceber que nenhum ser humano vive sem um fígado, não é mesmo?

Os hepatócitos – células que formam o fígado – são capazes de promover uma recuperação rápida e progressiva quando o órgão é acometido por alguma doença. Entretanto, em algumas situações os hepatócitos podem estar prejudicados a ponto de comprometer a função do fígado de forma irreversível, fazendo com que um transplante de fígado se torne a solução mais eficaz.

As condições que levam à perda da função hepática podem acontecer de forma aguda ou crônica. Na primeira situação, o uso de medicações com níveis de toxicidade para o fígado é o exemplo mais freqüente. Já nos casos crônicos, ocorre uma deterioração lenta das funções do fígado e o exemplo mais corriqueiro é a cirrose hepática, causada na maioria das vezes pela infecção pelo vírus da hepatite ou devido ao consumo exagerado de bebida alcoólica.

Nesse cenário, o transplante de fígado entra em cena enquanto estratégia de tratamento.

Como funciona o transplante de fígado?

A princípio, o médico fará uma análise específica para avaliar o estado do fígado. Uma vez confirmada a indicação para o transplante é necessária uma autorização do paciente para inclusão dos seus dados na fila única para transplante de fígado. Essa fila é válida para todo o Estado e o critério de ordem de espera é a gravidade de cada caso. Ou seja, casos mais graves recebem uma pontuação maior para que sejam contemplados com um órgão de doador falecido para o transplante.

No caso de um doador vivo, o cirurgião retira parte do fígado do doador e o implanta no corpo do receptor. Geralmente, essa modalidade se destina para uma criança que sofre de uma doença hepática, sendo o doador um adulto.

É importante destacar que o transplante de fígado deve ser feito com grande cautela. O cuidado vai desde a escolha do doador até o quadro clínico de quem recebeu o órgão. Se o doador for ideal, a recuperação é rápida e o paciente retorna à suas atividades cotidianas em menor tempo. Em todos os casos, é imprescindível seguir as indicações pós-operatórias à risca.

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O que é vesícula hidrópica e quais os tratamentos

O que é vesícula hidrópica e quais os tratamentos

Muito se fala sobre pedras e inflamação na vesícula, mas você já ouviu falar em vesícula hidrópica? Esse problema é menos conhecido, mas também merece atenção quando o assunto é a saúde biliar.

A vesícula hidrópica é resultado da hidropsia da vesícula biliar, um processo que consiste na dilatação do órgão por causa da obstrução crônica do duto cístico.

Quer saber mais sobre vesícula hidrópica e conferir quais são os tratamentos possíveis para essa condição clínica? Continue lendo o artigo e entenda melhor o assunto!

Afinal, o que é vesícula biliar?

Antes de aprofundarmos a conversa a respeito da vesícula hidrópica, é preciso relembrar o conceito de vesícula biliar. A vesícula biliar é um pequeno órgão do corpo humano, localizado abaixo do fígado. Seu formato lembra o formato de uma pera e sua principal função é armazenar até 50 ml de bile e auxiliar no trabalho digestivo, especialmente no processamento de gorduras.

E vesícula hidrópica, como pode ser definida?

A vesícula hidrópica é a vesícula biliar dilatada. Ela fica distendida e preenchida com muco ou líquido claro e aquoso. Normalmente não tem caráter inflamatório ou infeccioso, embora possa estar associada a inflamações e infecções no órgão nos quadros de maior gravidade.

Por que ocorre a hidropsia de vesícula?

A vesícula hidrópica é causada pela obstrução da saída da vesícula biliar, que geralmente é provocada por pedra impactada no duto cístico ou no colo do órgão.

Quais são os sintomas de vesícula hidrópica?

A vesícula hidrópica pode gerar manifestações físicas como dor no quadrante superior direito do abdômen, desconforto epigástrico, náuseas, vômitos, etc. Quando a dor persiste por mais de 6 horas ou vem acompanhada de febre e calafrios, pode haver uma condição mais grave, como colecistite aguda, epiema da vesícula ou obstrução coexistente do duto biliar.

Caso você apresente algum desses sintomas e suspeite de problemas na vesícula biliar, procure imediatamente um médico especialista em aparelho digestivo. A rapidez no diagnóstico faz toda diferença!

Como diagnosticar o problema?

Além de avaliação sintomática e exame clínico, a dilatação da vesícula biliar pode ser confirmada através de exames de imagem que identificam a diminuição do espessamento da parede da vesícula e o aumento do volume de líquido em seu interior.

Testes laboratoriais também podem ser muito úteis para descartar outras doenças. Contagem de leucócitos, medição de bilirrubina, estudo dos níveis séricos de amilase e enzimas hepáticas fazem parte da investigação.

Qual é o melhor tratamento?

O tratamento mais efetivo para a vesícula hidrópica é a cirurgia. Atualmente, o procedimento cirúrgico recomendado nesses casos é a colecistectomia laparascópica, uma técnica minimamente invasiva e mais segura, que apresenta menor risco de complicação, maior conforto pós-cirúrgico, melhor efeito estético e recuperação mais rápida em comparação à cirurgia aberta.

Para aumentar a segurança na realização do procedimento, é indispensável que a operação seja feita por um bom cirurgião do aparelho digestivo. Além disso, todos os exames pré-cirúrgicos devem ser realizados para checar o estado de saúde do paciente.

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Colangite: diagnóstico e tratamento

Colangite: diagnóstico e tratamento

Você já ouviu falar de uma doença chamada colangite biliar? A maioria das pessoas desconhece esta patologia hepática, que é rara, crônica e autoimune. Em função disso, atualmente, trata-se do terceiro motivo pelo qual pacientes são encaminhados para o transplante de fígado. 

A notícia boa é que o tratamento para a enfermidade já evoluiu muito nos últimos anos. Com o diagnóstico precoce, é possível evitar a evolução para um quadro mais grave.

Para auxiliar na compreensão do que é a doença e como é possível identificá-la, neste artigo, traremos informações fundamentais. Não deixe de ler!

Como identificar o quadro de colangite?

Trata-se de uma inflamação nas vias biliares que faz com que surjam fibroses nos ductos que ligam o fígado à vesícula e ao duodeno. O quadro pode evoluir lentamente para uma cirrose hepática e, consequentemente, haverá necessidade de transplante de fígado. Por isso, é importante identificá-lo precocemente. 

Os principais sintomas da colangite são:

  • fadiga;
  • icterícia;
  • perda de peso;
  • prurido.

A doença é classificada em três tipos: 

  • ascendente;
  • esclerosante primária;
  • esclerosante secundária.

O tipo ascendente é uma infecção por bactérias que migraram do intestino para as vias biliares. Os sintomas são dor, febre e icterícia. Essa última se caracteriza pela coloração amarela na pele e nos olhos. 

Outro tipo é a esclerosante primária, uma doença rara que acomete mais homens do que mulheres. Infelizmente, ainda não foi encontrada a causa para o seu desenvolvimento. Sabe-se que ocorre uma inflamação nas vias biliares, que gera cicatrizes que obstruem os canais, podendo causar cirrose e hipertensão portal.

Os sintomas nesse caso podem envolver diarreia, dores abdominais, perda de peso, febre, hiperpigmentação da pele e aumento do tamanho do fígado. O diagnóstico é feito com colangiografia e, se necessário, biópsia.

Por fim, o terceiro tipo é o da esclerosante secundária. Na maioria das vezes, é causada por cálculos biliares que surgem na vesícula e se deslocam para o ducto colédoco, levando a sua obstrução. Seus sintomas são parecidos com os dos outros dois tipos, ou seja, febre, enjoo, dor abdominal, calafrios e icterícia. Seu diagnóstico pode ser confirmado por exames de imagem.

Qual o tratamento indicado?

A colangite ascendente pode ser tratada com antibióticos de amplo espectro. Já a esclerosante primária, dependendo do grau da doença, pode ser tratada com o uso de uma variante de sais biliares, ou com o emprego da endoscopia para inserção de stent, para a dilatação das artérias comprimidas pela inflação. Quando a cirrose decorrente do quadro já está em estágio avançado, é necessário o transplante de fígado.

O tratamento para a colangite esclerosante secundária é feito com a desobstrução do canal afetado. Para tal, é utilizado o procedimento endoscópico para remover o cálculo e, caso haja necessidade, também é possível inserir um stent para manter o ducto aberto para a passagem da bile.

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Você sabia que existem vários tipos de hepatites?

Você sabia que existem vários tipos de hepatites?

Você sabe o que são hepatites? Sabe que existem vários tipos diferentes da doença e que a forma de contágio e de tratamento podem ser muito diferentes, dependendo do tipo contraído?

Neste artigo, vamos falar sobre essa doença, seus tipos, suas possíveis complicações, prevenções e tratamentos. Confira!

O que são hepatites e como ocorrem?

A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada por vírus, pelo uso de certos medicamentos ou ainda pelo consumo excessivo de álcool. De fato, essas são as suas causas mais comuns, mas a inflamação também pode acontecer em decorrência de alguma doença autoimune, metabólica ou disfunção genética.

No Brasil, os tipos mais recorrentes são causados pelos vírus A, B e C. Os principais sintomas da doença incluem:

  • cansaço;
  • febre;
  • mal-estar;
  • tontura;
  • enjoo;
  • vômito;
  • dor abdominal;
  • icterícia (olhos e pele amarelados);
  • urina escura;
  • fezes claras.

No entanto, muitas vezes, a hepatite se comporta como uma doença silenciosa e não apresenta sintomas. isso pode ser perigoso, já que alguns tipos, se não tratados da forma correta, podem evoluir para doenças crônicas mais graves, como a cirrose e o câncer de fígado. Por isso, é tão importante ir ao médico com regularidade e manter seus exames sempre em dia.

Formas de contágio das hepatites

As formas de contágio variam de acordo com o tipo do vírus, como veremos:

Fecal-oral

Acontece em ambientes com condições precárias de saneamento básico, por ingestão de água ou alimentos infectados (vírus dos tipos A e E).

Transmissão sanguínea

Acontece nas relações sexuais desprevenidas, pelo compartilhamento de seringas, agulhas, alicates de unha ou lâminas de barbear contaminados (vírus dos tipos B, C e D).

Contaminação sanguínea

De mãe para filho, na gestação, no parto ou na amamentação (vírus do tipo B, C e D).

Abuso de álcool

A chamada hepatite alcoólica acontece por consequência do uso abusivo de bebidas alcoólicas.

Prevenção e tratamento das hepatites

A prevenção da doença depende também do tipo de hepatite. A vacina garante a prevenção das hepatites do tipo A e B, mas os indivíduos que se vacinam contra o vírus do tipo B também estão se prevenindo da hepatite do tipo D.

Primordialmente, a garantia de saneamento básico para a população, o acesso à água tratada de qualidade, à higienização adequada de alimentos e objetos pessoais são formas bastante eficientes de evitar as hepatites dos tipos A e E.

Para evitar a contaminação do fígado pelos vírus dos tipos B e C, é importante não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear, escovas de dente e utensílios de manicure. Também é importante usar preservativos nas relações sexuais.

Como o contágio é feito pelo sangue contaminado, é importante se certificar que seringas e agulhas utilizadas — tanto para procedimento médico quanto para a colocação de piercing ou feitura de tatuagem — sejam descartáveis e estejam lacradas antes do uso.

O tratamento varia para cada tipo da doença. Pode ir desde uma simples dieta e repouso — nos casos de hepatite A e E — ou necessitar de um acompanhamento médico próximo — no caso dos tipos B, C e D, ou hepatite alcoólica — a fim de evitar a evolução da doença para a cirrose ou o câncer.

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Diverticulite aguda: sintomas, causas e tratamentos

Diverticulite aguda: sintomas, causas e tratamentos

A partir dos 40 anos, é bastante comum que o corpo desenvolva divertículos, que são pequenas bolsas no trato digestivo, especialmente no cólon. A grande maioria não apresenta sintomas nem causa outros problemas, mas, quando eles se inflamam, o quadro é chamado de diverticulite aguda.

A principal característica da diverticulite aguda são as dores intensas no abdome. Em alguns casos a diverticulite aguda apresenta complicações, como abscessos, perfuração ou estenose. Nesses casos, é possível que somente uma intervenção cirúrgica, para punção do pus ou para a retirada da parte doente do colon, amenize o quadro.

Como surgem os divertículos

Os divertículos são pequenas bolsas que vão surgindo na mucosa do intestino. São comuns em pessoas que fazem dietas pobres em fibras, com prisão de ventre e acima de 40 anos, pelo enfraquecimento da musculatura intestinal. Com a fragilidade das paredes do intestino grosso e as contrações, há uma projeção para o exterior, que acaba permitindo o desenvolvimento dos divertículos do colon. Embora todo o tubo digestivo possa ter divertículos, geralmente eles são encontrados em maior número na parte mais baixa do intestino grosso, o colon sigmoide.

Homens e mulheres estão propensos a apresentar o problema, que, na maioria das pessoas, não apresenta nenhum sintoma.

Se não há sintomas, o divertículo só é encontrado quando são feitos exames para outras investigações diagnósticas. Mesmo inofensivos, só a presença deles no intestino torna sempre possível que surjam inflamações ou rompimentos.

As inflamações acontecem quando pequenos pedaços de fezes se alojam no divertículo e o obstruem, propiciando a proliferação de bactérias. Não há comprovação científica de que o consumo de determinados alimentos, como milho e amendoins, pode causar diverticulite.

A diverticulite aguda é chamada de “apendicite do lado esquerdo”, pela semelhante entre as duas situações. O paciente apresenta intensa dor local, mal-estar, febre, diarreia ou prisão de ventre, náuseas e vômitos.

O maior risco é de o divertículo inflamado se romper e colocar as fezes em contato com a cavidade abdominal. O surgimento de abscessos no interior dessas bolsas também pode levar ao rompimento delas. 

O diagnóstico da doença diverticular é feito após a realização de exames endoscópicos, de tomografia computadorizada do abdômen e colonoscopia. Na suspeita de diverticulite aguda, deve ser feito exame de imagem, em geral a tomografia, para confirmar o diagnóstico. Nesses casos, não deve ser feito colonoscopia para que não haja riscos de perfurações durante o exame.

Quando não há sintomas, não precisa de tratamento específico, mas de mudanças nos hábitos alimentares, valorizando alimentos com fibras. Se houver maior volume de fezes, a tendência é que não haja obstrução dos divertículos.

Se houver sintomas leves, a diverticulite aguda também deve ser tratada com dietas, mas é necessário incluir antibióticos. Já nos casos graves, em que o paciente apresenta um quadro bastante infeccioso e arriscado, é preciso internação, uso de antibióticos e até cirurgia quando os danos são maiores.

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As principais doenças do pâncreas e seus tratamentos

As principais doenças do pâncreas e seus tratamentos

O pâncreas é um órgão muito importante para o funcionamento do corpo humano. Estar por dentro do que acontece com ele e dos sinais de seu mau funcionamento pode auxiliar na prevenção de problemas de saúde mais graves.

Neste artigo, listamos algumas das doenças mais comuns neste órgão. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

Doenças mais comuns no pâncreas

Insuficiência pancreática

A principal característica dessa doença é a redução dos níveis de produção de enzimas. Ela pode ter origem em diversas causas, sendo que as mais comuns são as doenças genéticas, o tabagismo, o alcoolismo crônico e até mesmo cirurgias.

O tratamento consiste principalmente da reposição de enzimas. Dessa maneira, o organismo do paciente começa a ter a capacidade de absorver os nutrientes de que precisa. Lembrando que isso é fundamental para que a pessoa não desenvolva outras condições, como anemias ou desnutrição.

Além disso, o médico poderá recomendar medicamentos, caso o paciente sofra com dores, e vitaminas e suplementos para complementar o tratamento.

Diabetes

A diabetes tipo 1 é mais recorrente nas crianças. Sua principal característica é o aumento dos níveis de glicose na corrente sanguínea, principalmente devido ao mau funcionamento do pâncreas.

O problema surge quando esse órgão perde a capacidade de trabalhar normalmente e gerar a quantidade de insulina ideal para o organismo — esse hormônio atua no controle e na diminuição da quantidade de glicose no sangue.

A fase de tratamento consiste em uma série de ações: práticas de atividades físicas e controle alimentar, por exemplo. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos que ajudem a diminuir os níveis de açúcar no sangue, controlar os sintomas e ajudar a pessoa a ter uma melhor qualidade de vida.

Pancreatite

A pancreatite é a inflamação do pâncreas. Entre as principais causas desse problema temos a fibrose cística, a obstrução das vias biliares e o consumo em excesso de bebidas alcoólicas. O que acontece é que as enzimas pancreáticas são “ativadas” antes de chegar ao sistema digestivo, e isso provoca a inflamação.

A doença é categorizada de duas formas: aguda e crônica, cada uma exigindo uma atenção específica. Essa classificação é importante, pois o tratamento da pancreatite considera a gravidade dos sintomas. Quando ela é aguda, é essencial que o tratamento comece o quanto antes para evitar que ela possa progredir para a crônica.

É comum que o tratamento seja feito no hospital ou na clínica para que o médico possa monitorar o paciente. O processo envolve o uso de anti-inflamatórios, medicamentos analgésicos, hidratação, controle da alimentação e até mesmo a prescrição de antibióticos, caso exista o risco de uma infecção.

Câncer de pâncreas

O câncer de pâncreas é um tumor que tem grandes chances de metástase. Seu surgimento provoca uma série de dificuldades à saúde. Além disso, é tido como muito complexo, pois normalmente o seu diagnóstico é feito apenas quando já está em estado avançado.

O tratamento é feito com o objetivo de evitar a metástase e garantir que a pessoa tenha uma qualidade de vida melhor. Mesmo não tendo cura, cirurgias, radioterapia e quimioterapia podem ser aplicadas se houver a possibilidade de aumentar o tempo e o conforto do paciente.

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Hérnia epigástrica: diagnóstico e tratamento

Hérnia epigástrica: diagnóstico e tratamento

As hérnias ocorrem quando um órgão sai da localização original, por meio de uma abertura. Tal “fresta” pode ser decorrente de problemas congênitos ou adquiridos ao longo da vida. As hérnias podem afetar diferentes regiões do corpo e, em especial, a parede abdominal – que é onde fica a hérnia epigástrica, sobre a qual falaremos ao longo deste artigo.

O que são hérnias epigástricas?

São aquelas que acometem a parede da região abdominal, acima do umbigo. Elas prevalecem em 10% dos casos de hérnias e afetam principalmente indivíduos do sexo masculino na faixa etária dos 20 aos 50 anos.

Essa hérnia afeta a linha alba, que nada mais é que a linha “média” abdominal, na parte que fica entre o tórax e o umbigo.

Ela surge a partir de problemas associados à formação de tal linha, motivo pelo qual pode ser caracterizada como uma condição de origem congênita na maioria dos casos.

Estima-se que a causa desse problema esteja relacionada a uma tensão na região epigástrica. É possível que tosses, esforços físicos ou trabalhos pesados estejam relacionados ao surgimento da hérnia epigástrica.  

Nesse tipo de hérnia, quem “sai para fora” é, geralmente, o tecido adiposo (a gordura) de dentro do abdome. Se na protuberância que é formada houver partes do intestino, o potencial de complicações torna-se maior. 

A hérnia pode ser assintomática, mas, em alguns casos, também provoca dores – principalmente após refeições ou quando a região abdominal é pressionada ou contraída. A dor, aliás, é o principal sintoma.

Como é feito o diagnóstico da hérnia epigástrica

A falta de sintomas (como ocorre em alguns casos, principalmente quando a hérnia é pequena) é o fator que mais dificulta o diagnóstico da hérnia epigástrica.

Se não incomoda ou provoca dores, ela costuma ser notada apenas em exames de rotina ou de acompanhamento de outras condições na região abdominal e/ou gastrointestinal.  

Felizmente, o diagnóstico é simples e geralmente efetuado após uma avaliação clínica. A depender do tamanho da hérnia, exames de imagem também podem ser solicitados, de modo a comprovar a ocorrência dela.

Métodos de tratamento da hérnia epigástrica

A hérnia epigastrica, diferentemente do que o senso comum costuma atribuir à mesma, não pode se curar sozinha.

O principal tratamento consiste no reparo da parede abdominal. Algumas vezes, a remoção da gordura que se insinua pelo anel herbário é necessária. Dependendo do tamanho da hérnia pode ser necessário um reforço, com colocação de uma tela. A tela (tela de polipropipleno ou tela de marlex) ajudará a reforçar a parede abdominal, reduzindo o risco de retorno da hérnia. 

Pela não capacidade de provocar graves danos à saúde do paciente, esse tipo de hérnia, se não associada a sintomas, não precisa ser operada. Nesse caso, o médico pode optar apenas por acompanhá-la. A opção de tratamento cirúrgico é apenas quando a hérnia causa dores ou aumenta consideravelmente de tamanho.

Agora você já sabe o que é hérnia epigástrica, suas principais características, diagnóstico e métodos de tratamento.

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Estenose das vias biliares: saiba mais

Estenose das vias biliares: saiba mais

Os canais biliares são responsáveis por transportar a bile produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar até o duodeno, que é a parte inicial do intestino logo após o estômago. Assim como funcionam os vasos sanguíneos, esses canais também são passíveis de alterações em sua estrutura e podem sofrer uma ação chamada de estenose das vias biliares, prejudicando a passagem das substâncias por esse caminho e podendo desenvolver quadros mais graves, tais como uma infecção (colangite) e a cirrose.

É importante acrescentar que a vesícula e o fígado são os dois órgãos mais afetados pelo problema. Por esse motivo, o tratamento precoce e realizado o mais rapidamente possível faz toda a diferença para a preservação da saúde desses órgãos. Não adie a consulta médica!

Características da estenose das vias biliares

As estenoses são um tipo de lesão, que podem ter um surgimento congênito ou adquirido. Geralmente, uma estenose das vias biliares decorre por conta de algum processo inflamatório ou cicatrizante (depois de uma cirurgia ou algum tipo de traumatismo na região). Em casos mais raros, porém mais graves, a estenose pode ser em virtude de um tumor maligno nas vias biliares.

Como resolver o problema?

O principal foco do tratamento do problema é recanalizar o segmento estenosado. Deve-se distinguir entre uma estenose benigna, geralmente devido a um processo inflamatório ou cirúrgico na região, e uma estenose maligna, onde o tratamento será focado no câncer das vias biliares.

Nas estenose benigna das vias biliares, a equipe especializada realiza punções pela pele para atingir esses canais através de fios, cateteres, balões e outros tipos de indutores. Faz-se a dilatação e acompanhamento  periódico menos invasivo. Em caso de insucesso, a opção por uma cirurgia no local deve ser considerada.

Por outro lado, se o caso surgiu em virtude de algum tumor nos canais ou uma possível infecção, além da cirurgia, é preciso remover o tumor ou realizar algum tratamento adicional para reverter o quadro de infecção. A manipulação cirúrgica, também conhecida como anastomose biliodigestiva, costuma demorar algumas horas. Contudo, quando feita de maneira segura e com um profissional qualificado, sem a ocorrência de complicações, o paciente tem uma recuperação tranquila.

Esse problema pode gerar um câncer?

Normalmente não, mas a estenose das vias biliares pode aumentar o risco do paciente desenvolver uma cirrose hepática. Ainda que possam ocorrer tumores que prejudiquem os canais biliares, essas formações não costumam ser malignas e a cirurgia não apresenta riscos.

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