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Esteatose hepática: sintomas, causas e tratamento

Esteatose hepática: sintomas, causas e tratamento

A esteatose hepática é uma doença mais conhecida como “gordura no fígado”. Infelizmente, ela é um problema que não para de crescer na população, devido a maus hábitos de alimentação e ao sedentarismo.

A patologia costuma ser diagnosticada ao acaso, na maioria das vezes quando é realizado um ultrassom do abdome por outros motivos. No entanto, a esteatose hepática deve ser avaliada por um médico especialista, que solicitará exames para excluir as causas que não estão relacionadas aos hábitos de vida. Se for preciso, o médico poderá pedir ainda a realização de tomografias, ressonância magnética, elastografia ou até uma biópsia, para avaliar melhor a situação.

Há diferentes graus de gordura no fígado, que vão da 1 (mais simples e tratável com mais facilidade) até a esteato-hepatite, que pode evoluir para cirrose hepática. Esta última se desenvolve depois de muitos anos de convívio com a doença, sem nenhum tratamento.

Quais são os sintomas da esteatose hepática?

No que diz respeito ao diagnóstico da esteatose, o mais complicado é que a doença nem sempre apresenta sintomas. Na maioria das vezes, o paciente vive tranquilamente com a patologia até que ela chegue atinja estágios difíceis de serem tratados.

Em alguns casos, porém, é comum que os pacientes apresentem dores pontuais do lado direito do abdômen, mal-estar, enjoos (seguidos ou não de vômitos) e barriga inchada. Esses sintomas são relacionados à questões abdominais do dia-a-dia, mas precisam ser valorizados quando persistem por mais tempo. Se você ou alguém que você conhece está sentindo um ou mais destes sintomas, é importante procurar um médico especializado o mais cedo possível!

Quais são as causas da gordura no fígado?

As principais causas da gordura do fígado são o excesso de consumo de bebidas alcoólicas, uma dieta muito rica em gorduras e o colesterol alto. A obesidade também é um grande fator de risco da doença, devendo sempre ser avaliada por um médico.

Qual é o tratamento para a doença?

Tudo vai depender do grau da doença que o paciente possui. Quando a esteatose hepática é leve, pode ser tratada com a prática constante de atividades físicas, a perda de peso e a implementação de uma dieta mais saudável e equilibrada. O paciente também precisa eliminar o consumo de álcool, para que seja possível ajudar o fígado a se recuperar do problema. O uso de medicamentos é controverso, mas só devem ser tomados de acordo com a indicação do médico especialista.

Por outro lado, quando os graus da doença já estão mais avançados, é comum que o paciente apresente também inflamações no órgão, capazes de alterar o fígado de forma definitiva e prejudicar seu bom funcionamento.

O tratamento também envolve cuidar de outros problemas que podem agravar a gordura no fígado: a diabetes, a pressão alta e o colesterol alto são exemplos dessas questões. É indicado, ainda,  que todas as pessoas tomem vacinas contra doenças hepáticas que podem prejudicar ainda mais o problema, como as hepatites. Em casos mais graves, o fígado pode evoluir com cirrose hepática e demandar o transplante do órgão para que a pessoa possa continuar tendo uma vida normal.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida e aguardo seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!

Posted by Dr. Douglas Bastos in Todos
O que você precisa saber sobre a vesícula biliar…

O que você precisa saber sobre a vesícula biliar…

Em geral, o indivíduo comum toma consciência da vesícula biliar quando ele ou uma pessoa próxima sofre algum tipo de infecção e a retirada do órgão é necessária. Do contrário, poucas pessoas o conhecem e sabem de suas reais funções no aparelho digestivo.

O procedimento cirúrgico, razoavelmente comum, é chamado de colecistectomia e consiste na retirada total da vesícula biliar doente. É comum que se diga que a vesícula é um órgão desnecessário, mas não é bem assim. Esse pequeno órgão faz muita diferença e vamos falar um pouco mais sobre isso…

A importância da vesícula biliar no aparelho digestivo

Localizada no lado direito do estômago e embaixo do fígado, a vesícula tem um aspecto de pera, porém bem pequena. Ela atua como uma espécie de saco recipiente, onde é armazenada a bile produzida pelo fígado.

A bile serve como uma espécie de detergente interno do corpo, um emulsificante de gordura, que quebra as células gordurosas. Entre as funções da vesícula está a liberação da bile pelo para o intestino delgado após as refeições, auxiliando no processo de digestão dos alimentos. Um desequilíbrio na eliminação, metabolização ou absorção dos componentes que formam a bile, faz com que surjam os cálculos (ou pedras) na vesícula biliar.

A existência de cálculos na vesícula é chamado de litíase biliar, sendo essas pedras compostas por cálcio e colesterol. Entre as complicações da pedra na vesícula, a mais comum é a colecistite, uma inflamação que causa dores muito fortes e agudas.

Quando existem sintomas relacionados ao cálculo biliar, tal como dor tipo cólica na região abaixo da costela do lado direito, ou complicações como a colecistite aguda, é indicada a retirada da vesícula, para evitar que ela cause maiores problemas no aparelho digestivo. A operação de retirada da vesícula também é aconselhada para as situações em que há presença de pólipos ou nódulos na vesícula biliar, além de câncer na região.

É importante acrescentar que a alimentação é uma das principais responsáveis pela saúde da vesícula biliar. Ingerir comidas com alto teor de gordura pode ser determinante para o surgimento de problemas no funcionamento do órgão.

Procedimento cirúrgico para retirada e tratamentos

As pedras na vesícula são mais comuns em mulheres, principalmente as que estão acima do peso e com colesterol alto. Essas questões também afetam quem já possui algum tipo de problema gastrointestinal.

Quando a vesícula começa a ter problemas, ela não apresenta sintomas. Somente em crises é que a dor forte e contínua aparece, com possíveis náuseas e vômitos. Pela proximidade com outros órgãos, as reações podem ser confundidas com problemas no estômago ou coluna.

O procedimento cirúrgico realizado é a colecistectomia laparoscópica (colecistectomia por vídeo), na qual são feitas pequenas incisões para o uso de uma câmera e de pinças para a cirurgia. Esse procedimento permite recuperação mais rápida no pós-operatório e menor cicatriz cirúrgica.

Após a retirada da vesícula, é preciso iniciar uma dieta saudável e variada, contendo pouca ou nenhuma gordura. Isso porque, com a ausência da vesícula no corpo, há uma maior dificuldade na digestão de alimentos, sobretudo aqueles ricos em gordura. No entanto, essa dificuldade é apenas transitória e após 15-30 dias da cirurgia o intestino já estará readaptado sem a vesícula biliar.

Quer saber mais?  Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!

Posted by Dr. Douglas Bastos in Todos