Esôfago

Tire suas dúvidas sobre tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico

Tire suas dúvidas sobre tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico

Quem sofre de refluxo acaba se submetendo a alguns tratamentos específicos e, inclusive, adotando uma dieta alimentar mais equilibrada para que o problema não se agrave. Em alguns casos, essas medidas são suficientes para garantir o controle dos sintomas. Entretanto, em alguns casos nem sempre elas são o bastante.

Por isso, em casos onde o problema persiste e, às vezes, até mesmo se intensifica, a cirurgia de refluxo gastroesofágica é uma alternativa. Através dela o transtorno pode ser controlado. Contudo, por ser uma operação bem específica, as pessoas acabam tendo dúvidas de como o tratamento é feito e como ele pode influenciar na melhora do paciente.

Dúvidas comuns sobre a cirurgia de refluxo

Ela é indicada só para quando o problema persiste?

Na maioria das vezes, sim. Mas outras questões como a frequência das crises, os efeitos que ele apresenta não só no estômago, mas no esôfago, no intestino e em outras partes importantes do sistema digestivo e o desejo de eliminar logo o problema são levadas em conta.

Como o procedimento é realizado?

A operação é feita com o paciente sob anestesia geral. Por ser um procedimento minimamente invasivo, são necessários apenas alguns cortes, por onde são inseridos os equipamentos videolaparoscópicos. Durante o procedimento é tratada a hérnia de hiato. O esfincter – canal de entrada do estômago e que, quando “frouxo” permite o refluxo – é reconstruído a fim de evitar que o conteúdo do estômago retorne ao esôfago.

Quanto tempo demora o procedimento?

A cirurgia gastroesofágica costuma demorar, em média, de 1 a 2 horas, dependendo da complexidade do problema. O tempo de internação não é longo, costumando durar apenas um dia. Obviamente esses dados são uma média, cada caso é único e, por isso, tudo vai depender da avaliação do médico.

Como é a recuperação?

No âmbito geral, um paciente demora 2 meses para estar completamente recuperado. Durante esse período, os cuidados básicos devem ser seguidos. A alimentação dos primeiros dias é composta por dieta líquida ou pastosa, exclusivamente. De acordo com a avaliação do cirurgião, os alimentos vão sendo inseridos aos poucos, até que o paciente retorne à sua dieta normal.

Como a ingestão de alimentos costuma ser restrita, é normal que o paciente perca peso durante o período de recuperação. As atividades físicas, no entanto, devem ser cessadas até que haja liberação médica.

Deve-se evitar fazer muito esforço, mas a necessidade de caminhar e não ficar numa mesma posição por muito tempo é primordial. Dessa forma, o corpo vai se adaptando à operação mais rapidamente e sem problemas.

Como qualquer ação curativa, é possível que uma cirurgia contra refluxo apresente alguns riscos. Caso o paciente tenha febre, sangramentos, náuseas ou dores constantes no abdômen é preciso retornar ao consultório médico para que uma avaliação seja feita.

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Posted by Dr. Douglas Bastos in Esôfago, Todos
Varizes esofágicas: entenda mais sobre essa alteração

Varizes esofágicas: entenda mais sobre essa alteração



Quando falamos em varizes, a primeira imagem que vem a nossa mente são aquelas veias protuberantes e deformadas que aparecem principalmente nas pernas e nos pés. Mas, você sabia que varizes podem aparecer em outras partes do corpo, até mesmo nos órgãos internos? Esse é o caso das Varizes esofágicas .

Neste artigo, trazemos mais informações sobre elas: o que são, quais as formas de evitá-las e quais os possíveis tratamentos.

Causas das varizes de esôfago

Antes de tudo, é importante salientar que as varizes esofágicas aparecem como sintoma de problemas nem sempre correlacionados ao esôfago ou ao estômago. É mais comum que elas aconteçam como resultado de quadros evolutivos críticos de cirrose hepática.

A cirrose é uma doença que causa a inflamação do fígado, fazendo com que, ao cicatrizar, seus tecidos se tornem fibrosos e rígidos. Dessa forma, para que o sangue circule pelo órgão, há um aumento da pressão na veia principal que o irriga, a veia porta.

Esse aumento de pressão altera todo o sistema circulatório na região abdominal, em um quadro chamado de hipertensão portal. É, portanto, diante desse quadro que as varizes esofágicas se formam.

Possíveis complicações das varizes esofágicas

É preciso haver um quadro avançado de cirrose para que as varizes do esôfago apareçam. Elas demandam acompanhamento médico imediato, a partir do seu diagnóstico, pois essas veias dilatadas correm o risco de romper-se, causando hemorragia.

Segundo o Grupo de Estudos sobre Doenças Hepáticas no Brasil (Hepcentro), um cirrótico tem de 20 a 50% de risco de óbito em caso do rompimento de uma dessas veias. Posteriormente, esse perigo aumenta em mais 30%, no decorrer dos seis primeiros meses após o primeiro sangramento.

Como a cirrose é uma doença silenciosa, ou seja, nem sempre apresenta sintomas logo que acomete o indivíduo, estima-se que 30% dos pacientes diagnosticados com a enfermidade já possuam varizes esofágicas. Esse número alcança 60% dos pacientes que apresentam ascite (um inchaço no abdome também causado por complicações da cirrose).

Diagnosticando as varizes no esôfago

Antes de tudo, é preciso identificar se as varizes estão relacionadas à cirrose e à hipertensão portal. Além disso, é preciso mensurar o avanço de cada uma dessas condições, para acompanhamento médico adequado. Para tanto, as opções de exame incluem biópsia hepática, exames de imagem, bem como a medição e controle da pressão sanguínea na veia porta.

No entanto, o melhor diagnóstico é feito por endoscopia digestiva, que mostra não só a presença de varizes no esôfago, como também permite perceber a ocorrência de sinais vermelhos na região. Esses sinais demonstram maior risco de rompimento, significando que o paciente necessita de maiores cuidados médicos.

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7 sintomas do refluxo gástrico

7 sintomas do refluxo gástrico

O refluxo gástrico ocorre quando parte dos ácidos produzidos pelo estômago volta para o esôfago. O resultado disso é uma irritação na região da garganta e em todo o esôfago, muitas vezes descrita como uma queimação.

Quando esse refluxo ocorre, os tecidos do esôfago ficam constantemente irritados, situação que, se não tratada, pode causar problemas mais graves, como o câncer nessa região.

Conheça agora os principais sintomas do refluxo gástrico. Caso observe a presença de mais de um desses sintomas de forma constante, procure um gastroenterologista ou cirurgião do aparelho digestivo.

7 sintomas do refluxo gástrico

1 – Azia constante

Ter azia de vez em quando é normal. Afinal, o culpado pode ser algum alimento que você comeu.

Agora, se você tem azia constantemente, mais de 2 vezes por semana, é preciso ficar atento, pois é um dos sinais do quadro descrito neste artigo.

2 – Dor no peito

Dores fortes do peito, lembrando muitas vezes a sensação de um princípio de infarto, também estão ligadas ao refluxo.

Se essas dores aparecem sempre depois que você se alimenta, já há motivos de sobra para marcar uma consulta médica.

3 – Dificuldade para engolir

Dificuldade para engolir alimentos e sensação de que há algo preso na garganta fazem parte dos sintomas do problema em questão.

Assim como no caso da azia, deve aparecer com frequência.

4 – Gosto ruim, geralmente amargo, na boca

Esse refluxo causa também mudanças no hálito e na sensação que temos na boca. Quem sofre com o problema costuma acordar com um gosto amargo na boca.

Vale comentar que, caso você tenha o hábito de dormir com a boca aberta, pode apresentar esse sintoma também. Então, é preciso que ele apareça em conjunto com outros fatores.

5 – Tosse e rouquidão sem motivo

O ácido do estômago nem sempre atinge apenas o esôfago. Há casos em que consegue até mesmo chegar às cordas vocais, causando irritação.

Os sintomas nesse caso, tosse e rouquidão, lembram muito os de gripe ou alergia. Ainda assim, aparecem sem nenhum motivo. Ou seja, não há sinais de rinite atacada ou de gripes e resfriados. O gosto amargo na boca costuma aparecer em conjunto com esse sintoma.

6 – Aftas na boca

As aftas aparecem quando a boca passa a ter um teor mais ácido. Tanto que, se você comer muitos alimentos ácidos seguidamente, é normal ter que lidar com o problema.

Agora, se as aftas aparecem sem um motivo específico, ou seja, sem mudanças na alimentação, e você percebe que, mesmo cortando os alimentos mais ácidos, continua a ter que lidar com elas, pode ser um sinal do refluxo gástrico, já que a volta dos ácidos pelo esôfago pode estar chegando à boca e deixando o ambiente com o ph alterado.

7 – Náuseas após as refeições

O enjoo aparece como sintoma de quem sofre com o quadro aqui descrito. Inclusive, é comum após as refeições.

Se não há outra explicação para a situação – como uma gravidez, por exemplo – e as náuseas são frequentes e sempre após se alimentar, isso pode indicar a existência do refluxo gástrico.

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