Baço

Quando a cirurgia do baço pode ser feita?

Quando a cirurgia do baço pode ser feita?

Chamada de esplenectomia, a cirurgia do baço consiste na remoção total ou parcial desse órgão. O procedimento cirúrgico é indicado principalmente para pacientes que possuem doenças específicas no sangue. Outra indicação é na abordagem do trauma, quando alguma lesão atinge e compromete boa parte do baço. Além disso, condições como a esplenomegalia e alguns tipos de infecções também podem ser curadas por meio da esplenectomia.

Doenças tratadas pela cirurgia do baço

As principais doenças tratadas por meio da cirurgia do baço são a púrpura trombocitopênica idiopática, a talassemia, a anemia falciforme e a policitemia vera. Nessas situações, o procedimento só é realizado quando outras formas de tratamento já foram aplicadas e falharam no combate à doença.

Quem avaliará se a esplenectomia é a melhor opção para o tratamento é o médico responsável pelo caso. Por isso, é fundamental que o paciente procure um profissional capacitado. Também é importante que o acompanhamento seja multidisciplinar, ou seja, envolva vários especialistas na decisão da melhor estratégia de tratamento.

Como é a cirurgia do baço

Na maioria dos casos, a cirurgia é feita por meio de uma laparoscopia. Isso torna a recuperação mais rápida e eficaz, além de deixar a cicatriz bem pequena e não trazer prejuízo estético. A laparoscopia também diminui os riscos de complicações, já que é considerada uma cirurgia minimamente invasiva.

Antes da cirurgia, o paciente deve seguir um preparo pré-operatório específico para a cirurgia do baço. Para a esplenectomia, a pessoa é submetida a uma anestesia geral. Uma vez realizada a cirurgia minimamente invasiva, é muito comum que a pessoa que realiza a cirurgia de baço possa sair do hospital no dia seguinte ao procedimento. Porém, em caso de complicações, ou quando a cirurgia é feita de forma convencional, esse período de internação pode ser maior.

Infelizmente não são todos os casos de cirurgia do baço que podem ser feitos por meio da laparoscopia. Quando o órgão está muito inchado ou crescido, o procedimento minimamente invasivo não é a melhor opção. Nesse caso, o cirurgião opta por realizar uma esplenectomia aberta.

A esplenectomia aberta é um tipo de cirurgia do baço que é feita por meio de uma incisão na parte central do abdômen do paciente, afastando os músculos e tecidos da região, para que o profissional consiga chegar até o baço e removê-lo de maneira segura. Após a remoção, a incisão é fechada e a cirurgia concluída. Nessa situação, o paciente pode demorar até 1 semana para voltar para casa.

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Baço: saiba a importância deste órgão

Baço: saiba a importância deste órgão

O baço é uma glândula que fica localizada na porção superior da cavidade abdominal, do lado esquerdo. O órgão fica em contato com o pâncreas, o estômago, o rim esquerdo e também com o diafragma. Aqui, é válido notar que poucos órgãos do corpo humano são tão desconhecidos para os pacientes quanto ele.

Em um indivíduo saudável, a estrutura tem em média 12 centímetros de comprimento, 7 centímetros de altura, 4 centímetros de espessura e pesa em torno de 150 gramas. Algumas condições (doenças, lesões, traumas e complicações médicas) exigem a retirada do baço, mas na maioria das vezes isso não representa um grande prejuízo para o organismo. No entanto, como será explicado a seguir, o órgão tem função específica e merece atenção.

Mas, afinal, para que serve o baço?

A principal serventia do órgão está relacionada ao sistema imune. Como parte do controle imunológico, a função maior dele é ajudar a proteger contra infecções e outros problemas. Ele atua ainda como uma espécie de filtro e reservatório de sangue. O baço está presente em quase todas as espécies animais, exercendo finalidades semelhantes.

Em um feto humano, a finalidade principal é a produção das hemácias e dos leucócitos (glóbulos brancos). Depois do nascimento, contudo, tal tarefa é interrompida. Ainda assim, a finalidade às vezes é retomada mais adiante, caso alguma patologia debilite o trabalho da medula óssea. A posição única desse órgão viabiliza que ele elimine os micro-organismos patogênicos e se livre das hemácias danificadas, defeituosas ou mais velhas.

Como o sangue perpassa o local, é ali que é averiguado o estado dos glóbulos vermelhos (hemácias). Ele é ainda uma reserva de vários tipos de células do sistema imunológico, chamadas de monócitos.

Quais são as doenças que podem afetar o baço?

Diferentes doenças podem levar ao aumento do órgão e afetar as funções que ele exerce, motivando a sua retirada. Se é realizada uma remoção cirúrgica completa, boa parte das funções é assumida por outros órgãos. Na eventualidade de só uma parcela ser retirada, a parte restante supre as necessidades de todo o organismo. Dentre as complicações que afetam a estrutura estão a malária, linfoma, lúpus e cirrose, para citar algumas.

Uma vez que o baço atua no sistema imune, quando programamos a sua retirada de forma eletiva é necessário fazer uma vacinação para determinados tipos de microorganismos durante o preparo pré-operatório. A cirurgia do baço, quando indicada, é realizada de forma minimamente invasiva, por videolaparoscopia, sempre que possível.

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Dor no baço, o que pode ser?

O baço é o maior órgão do sistema linfático do corpo humano. Ele tem o formato oval, pesa aproximadamente 150 gramas e fica na região superior esquerda do abdômen, acima do rim e ao lado do estômago.

O baço tem participação direta na proteção e no bom funcionamento do organismo, realizando duas importantes funções: hematológica e imunológica. Suas atividades são feitas a partir de duas polpas, uma vermelha, que armazena células protetoras e destrói hemácias velhas e defeituosas, e uma branca, composta por tecido linfoide, que produz e armazena linfócitos, isto é, justamente as células de defesa de que o corpo tanto precisa.

Apesar de tamanha importância, o baço é um órgão frágil e bastante suscetível a danos e rupturas. Quando algum problema acontece nesse órgão, um dos principais sintomas é a sensação dolorosa, que pode se intensificar ao tossir ou ao toque.

Continue a leitura para saber mais sobre a dor no baço.

Principais causas de dor no baço

Ruptura do baço

Embora esteja protegido pela caixa torácica e pelo estômago, acidentes de trânsito e a prática de certos esportes podem causar traumas locais e desencadear a ruptura do baço. Quando isso acontece, um dos sintomas mais incidentes é a dor no quadrante superior esquerdo do abdômen. Além disso, pode haver sensibilidade ao toque, hemorragia intraperitonial, náuseas, palidez e tontura. Essa é uma emergência médica grave, que demanda avaliação e cuidado imediato.

Aumento do baço

Também chamado de esplenomegalia, o aumento do baço gera efeitos como ampliação da capacidade de armazenamento das células sanguíneas. Com isso, o funcionamento do órgão é alterado e a quantidade de células sanguíneas circulantes é reduzido, desencadeando anemia, maior vulnerabilidade a infecções, distúrbios hemorrágicos e sintomas físicos, como dor.

O aumento do baço pode ser resultado do aumento das funções do órgão devido a fatores como artrite reumatoide, talassemia, anemia perniciosa, hemoglobinopatias, sarcoidose, lúpus eritematoso sistêmico, mielofibrose, neutropenias imunes, trombocitopenias, resposta a medicamentos, hepatite viral, AIDS, citomegalovírus, malária, tuberculose, leishmaniose, entre outros quadros clínicos.

A esplenomegalia também pode ter relação com problemas hepáticos, como cirrose, obstrução das veias do fígado, aneurisma da artéria esplênica, hipertensão portal e insuficiência cardíaca. Para completar, o aumento do baço pode ser causado por doenças que geram infiltração. É o caso da leucemia, amiloidose, linfomas, doença de Hodgkin, cistos, tumores metastáticos, síndromes mieloproliferativas, etc.

No caso de aumento do baço, independentemente da causa, pode ser necessário recorrer ao tratamento cirúrgico de retirada do órgão, ou seja, à esplenectomia. O procedimento é feito, em geral, por via laparoscópica, sob anestesia. As incisões são pequenas e o processo de recuperação tende a ser rápido e livre de complicações, sobretudo se comparado à cirurgia aberta.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter sobre o assunto e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!

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Cirurgia do baço: como funciona o pós-operatório

Cirurgia do baço: como funciona o pós-operatório

A extração total ou parcial do baço é tecnicamente chamada de esplenectomia. É também um procedimento cirúrgico importante para casos de algumas doenças no sangue ou algum problema específico da glândula.

Apesar de ser um procedimento relativamente simples, são necessários alguns cuidados pós-operatórios, para que não existam complicações. Por isso, preparamos o artigo a seguir com as principais informações que o paciente que passa por uma esplenectomia precisa saber para ter uma recuperação saudável.

Boa leitura!

Sobre o baço

O baço ainda é um órgão desconhecido para a maioria das pessoas. Então, antes de falarmos sobre como funciona o período pós-operatório de uma esplenectomia, vamos descrever um pouco esse órgão e algumas funções dele.

O baço é um órgão que faz parte do sistema linfático e está presente em todos os animais vertebrados. Ele atua eliminando microrganismos que possam causar doenças. Também age destruindo os glóbulos vermelhos do sangue que apresentam alguma anomalia ou que estão envelhecidos.

Também podemos dizer que esse órgão é parte importante do sistema imunológico. Isso porque ele auxilia na filtragem do sangue e serve como um depósito para células conhecidas como monócitos. Os monócitos auxiliam o corpo a se defender de vírus e bactérias.

Apesar de ser um órgão tão importante, caso seja necessário, o ser humano pode viver sem ele. 

Diversas situações podem exigir a retirada parcial ou total do baço, em um procedimento geralmente realizado através de laparoscopia, ou, em casos de trauma, de cirurgia aberta.

O pós-operatório

Mesmo sendo uma cirurgia com recuperação rápida, a esplenectomia exige diversos cuidados pós-operatórios.

Logo após a cirurgia, os pacientes se recuperam do efeito da anestesia geral na sala de recuperação anestésica. Alguns casos, como nos pacientes de idade mais avançada, pode ser indicado o primeiro dia no CTI para melhor monitoramento. Já no quarto, é muito comum que o paciente esteja apto para caminhar, mas isso deve ser feito gradualmente, sempre com supervisão do enfermeiro ou de um familiar.

Desde o primeiro dia após a cirurgia, é introduzida a dieta oral, sem comida pesada, objetivando boa digestão.

A volta para casa e o reinício das atividades

A alta hospitalar geralmente ocorre já no dia seguinte à operação, e o paciente precisa apenas ficar atento às instruções médicas sobre como cuidar dos curativos e aliviar as possíveis dores. Para proteger o local das incisões, são colocadas fitas micropore.

O paciente pode andar, subir escadas e fazer as atividades normais, mas deve evitar esforços muito grandes, como praticar esportes e carregar pesos, por pelo menos 60 dias.

Desse modo, o paciente pode retornar ao trabalho assim que se sentir bem, o que pode acontecer a partir de três dias após a cirurgia de retirada do baço. Se não houver dor, qualquer atividade poderá ser realizada desde que não exija maior esforço físico.

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