No meio médico, quando se faz referência ao baço aumentado, não significa que se trata de uma doença específica, mas das consequências de algum distúrbio subjacente.
Há uma série de aspectos que podem provocar o aumento do órgão, o que torna obrigatória uma consulta na qual o médico, ao avaliar a situação do paciente, considera diversos distúrbios que possam estar provocando esse problema.
Quando o baço aumenta de tamanho, ele passa a precisar de mais sangue do que em seu estado normal. E, quando algumas de suas partes não recebem a quantidade necessária, acabam danificadas.
Tratamento cirúrgico do baço aumentado
O baço não tem a capacidade de se regenerar ou crescer — diferente do que acontece com o fígado — após sua remoção. Porém, cabe uma observação interessante: algumas pessoas contam com um segundo baço — denominado de baço acessório. Eles são relativamente pequenos, mas têm a possibilidade de crescer e funcionar quando o principal é removido.
Quando o baço fica muito aumentado e a cirurgia é necessária, a esplenectomia via laparoscopia se destaca por ser menos invasiva e mais segura, além de apresentar algumas outras vantagens, como as seguintes:
- dores e desconforto no pós-operatório são minimizados;
- possibilidade de voltar às atividades de rotina mais rapidamente;
- redução do tempo de internação.
A esplenectomia laparoscópica é feita por meio de três pequenas incisões no lado superior esquerdo do abdômen — medindo cerca de 1,5 cm. O acesso ao baço se torna mais fácil por ele estar situado na lateral do corpo humano.
É importante lembrar que o tratamento para a esplenomegalia — nome dado ao baço aumentado — quando a situação não é muito complicada, pode ser feito com o uso de antibióticos, como no caso de uma infecção.
A cirurgia é recomendada para os casos mais graves, quando o problema está causando complicações para o paciente ou, ainda, quando não se conseguiu identificar a causa para ser tratada.
Pós-operatório
Para fazer essa cirurgia, é preciso aplicar anestesia geral no paciente. Por isso, ele deve ficar no hospital por, no mínimo, 24 horas. Lembrando que, nesse caso, a alta médica é bem mais rápida, ocorrendo a partir do segundo dia.
Outros cuidados importantes
Após a retirada do baço, o organismo perde um pouco de sua capacidade de combater infecções. É preciso ter cuidado por certo período, mas essa preocupação pode ficar de lado, pois outros órgãos, em especial o fígado, aumentam gradativamente a produção de anticorpos, visando elevar a proteção aos níveis normais.
A recomendação é ficar atento às vacinas e usar os antibióticos indicados, de acordo com a orientação do médico responsável.
Outras ações visando aumentar a proteção do organismo e manter a qualidade de vida são:
- ter uma alimentação equilibrada;
- praticar exercícios;
- evitar ficar próximo de pessoas doentes (bactérias e vírus);
- evitar mudanças bruscas de temperatura para não correr risco de ter resfriados e gripes.
No mais, vale ficar atento a alguns sinais que podem indicar o baço aumentado, como desconforto e dor do lado esquerdo do abdômen, perda de peso, sangramento fácil, infecções recorrentes e icterícia.
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cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!