O desenvolvimento da tecnologia permitiu que diversas áreas se beneficiassem e, com a medicina, não foi diferente. Atualmente, com a laparoscopia, é possível realizar diversas intervenções cirúrgicas com alta taxa de sucesso. Esse é um método considerado minimamente invasivo. Saiba tudo sobre esse procedimento e quais os benefícios dele para médicos e pacientes.
História
O termo laparoscopia é uma junção dos termos gregos ‘láparos’ (abdômen) e ‘copia’ (examinar). Quando esse procedimento foi criado, no início do século XX, era utilizado apenas como ferramenta para diagnósticos. Nas décadas seguintes, foi empregado também em situações pontuais de intervenção cirúrgica.
A mudança de paradigma aconteceu em 1985, quando o cirurgião alemão Erich Mühe realizou uma colecistectomia (retirada da vesícula biliar) com a técnica. Foi a 1ª vez que esse tipo de cirurgia foi realizado, sem grandes cortes na região abdominal. Isso abriu caminho para que outros procedimentos também fossem feitos dessa maneira.
O que é a laparoscopia
Essa técnica consiste na utilização de instrumentos que permitem a visualização e manipulação dos órgãos sem a necessidade de se fazer um corte grande.
Nas cirurgias laparoscópicas, geralmente são feitas pequenas incisões por onde o médico introduz os instrumentos para a realização do procedimento. Caso a intervenção seja feita na região abdominal, o cirurgião utiliza dióxido de carbono para expandir a cavidade e aumentar o campo de visão.
A técnica laparoscópica é muito utilizada em cirurgias abdominais, como retirada de vesícula biliar e do apêndice. Também é possível realizar procedimentos nos tratos estomacal e intestinal, além do fígado e do pâncreas. Grande parte das intervenções cirúrgicas ginecológicas e urológicas também são feitas por laparoscopia. Ela ainda é recomendada em artroscopias (operações em articulações), principalmente no joelho.
Benefícios e riscos
A laparoscopia é uma técnica de cirurgia minimamente invasiva e que geralmente dura menos tempo que as feitas com a abertura da região. Isso resulta em uma recuperação mais efetiva e rápida do paciente, sendo que, em diversos casos, ele pode receber alta um dia depois do procedimento.
Com cortes menores e menos invasivos, a técnica apresenta risco de infecções baixo, e o paciente não fica tão exposto à dor causada pelas pequenas incisões. Além disso, a menor incisão causa menos prejuízos à parte estética, ou seja, pequenas e poucas cicatrizes após a cirurgia.
Mas, assim como todo e qualquer procedimento cirúrgico, na laparoscopia, existem riscos para o paciente. Ainda que a incidência seja baixa, existe a ameaça de cortes maiores, lesões de órgãos e a ocorrência de hemorragias. Outro problema que pode surgir é o desconforto causado pela distensão do abdômen.
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