A hepatectomia é a cirurgia do fígado. Nesse procedimento, também conhecido como ressecção hepática, o médico cirurgião remove a parte do órgão mais afetada por alguma doença. É indicada para pacientes com câncer de fígado, metástase do câncer de intestino grosso e alguns casos de hemangiomas e adenomas hepatocelulares (2 tipos de tumores benignos).
Porém, nem todos os pacientes são elegíveis a realizar a hepatectomia. A remoção parcial do fígado deve ser cuidadosamente avaliada por um especialista.
É possível remover, com segurança, até 70% do fígado. Não havendo intercorrências graves, o órgão consegue se regenerar e voltar a funcionar normalmente em poucas semanas.
Em caso de cirrose, a intervenção só pode ser realizada se o comprometimento do órgão for mínimo e a função hepática puder ser mantida satisfatoriamente.
Tipos de hepatectomia
- Por via aberta: na cirurgia convencional, o cirurgião faz a incisão na porção superior do abdômen. Isola os vasos sanguíneos e, em seguida, faz a remoção parcial do fígado. É necessário colocar um dreno para monitorar possíveis hemorragias e vazamento biliar. O tempo médio da cirurgia é de 4 horas. O paciente fica internado, no máximo, 10 dias.
- Laparoscópica: essa técnica é menos invasiva. Proporciona um pós-operatório com menos dor e reduz o tempo de internação. Para executar o procedimento, o cirurgião só precisa fazer pequenos furos no abdômen para inserir os instrumentos cirúrgicos. A operação é guiada por câmera, acoplada aos aparelhos de vídeo. No entanto, a videolaparoscopia não é indicada para todos os casos. Depende do tipo de nódulo que deverá ser removido e do grau de comprometimento do fígado.
Complicações da hepatectomia
- Hemorragia
- Vazamento de bile
- Trombose venosa profunda
- Embolia pulmonar
- Infecções
- Insuficiência hepática
- Pneumonia
Após essa intervenção, o paciente permanecerá na UTI por 24 a 48 horas. Quando o intestino voltar a funcionar normalmente, o recém-operado poderá receber alimentação por via oral. Se tudo correr bem, o prazo entre a internação e a alta médica é de até 10 dias.
Prevenção
O fígado é um órgão de extrema importância para a vida. Por essa razão, é necessário preservá-lo ao máximo. Algumas medidas básicas para se prevenirem doenças no fígado são: alimentação isenta de gorduras, não consumo de bebidas alcoólicas e vacinas contra as hepatites A e B. Sexo seguro e não compartilhamento de seringas e instrumentos perfurocortantes evitam a contaminação pelo vírus da hepatite C.
A consulta médica regular ajuda no diagnóstico precoce de várias doenças hepáticas, as quais, se não forem tratadas de imediato, em alguns casos, com a hepatectomia, aumentam o risco do desenvolvimento de tumores malignos.
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