pancreatectomia

Pancreatectomia: quais são as indicações?



A pancreatectomia é um tipo de cirurgia que tem como objetivo fazer a remoção de uma parte ou de todo o pâncreas.

Esse órgão é mais ou menos do tamanho da mão de uma pessoa e está localizado no abdômen, próximo ao estômago. O pâncreas possui duas funções fundamentais para nosso organismo:

  • produzir sucos gástricos que ajudam na digestão dos alimentos;
  • produzir hormônios que são essenciais para o corpo, a exemplo da insulina e do glucagon, que atuam no organismo equilibrando os níveis de açúcar, além de ajudar o corpo a armazenar a usar corretamente a energia obtida dos alimentos.

Neste artigo, vamos entender melhor em quais casos uma pancreatectomia é recomendada. Acompanhe!

Pancreatectomia: indicações

Atualmente, a Medicina faz uso da pancreatectomia para promover o tratamento de uma série de condições que podem afetar o pâncreas. Dentre elas, destacamos as seguintes:

  • traumas graves;
  • tumores de células das ilhotas (tumores neuroendócrinos);
  • inflamações;
  • câncer duodenal;
  • cistadenoma;
  • cistadenocarcinoma;
  • hipoglicemia hiperinsulinêmica grave;
  • pancreatite crônica grave;
  • neoplasias císticas papilares;
  • neoplasias;
  • pancreatite necrosante;
  • linfoma;
  • câncer distal (porção inferior) do ducto biliar;
  • câncer da ampola de Vater (câncer da ampola);
  • adenocarcinoma (85% de todos os cânceres no pâncreas);
  • tumores de células acinares.

Tipos de pancreatectomia

Dentre os procedimentos envolvendo a pancreatectomia um dos mais comuns é o chamado de pancreaticoduodenectomia, que tem como finalidade a remoção de partes cancerosas do pâncreas, do ducto biliar, do duodeno e, quando necessário, de partes do estômago.

Outra possibilidade é a pancreatectomia distal, a qual promove a remoção da cauda do pâncreas e do corpo.

Já a pancreatectomia total é um procedimento que requer muita atenção. Além de sua importância, ela traz potencial de morbidade grave e até de mortalidade. Nessa operação, é feita a remoção de todo o pâncreas, intestino delgado, estômago, ducto biliar comum, vesícula biliar, linfonodos e baço.

De uma forma geral, é comum que a pancreatectomia total seja reservada para pacientes para os quais cirurgias menores não traria os resultados esperados e para aqueles em que os tratamentos médicos falharam.

Riscos de uma pancreatectomia

Assim como ocorre com qualquer tipo de procedimento cirúrgico, os riscos existem. No caso da pancreatectomia podemos chamar a atenção para:

  • problemas digestivos a longo prazo, a exemplo de alterações nas funções intestinais, má absorção de nutrientes, perda de peso e infecções;
  • esvaziamento gástrico atrasado;
  • paralisia do estômago;
  • fístula pancreática;
  • sangramentos.

Observações importantes

Como apontamos anteriormente, as aplicações de uma pancreatectomia são muito diversas e suas indicações, de fato, são a solução para uma série de condições. Porém, algumas coisas precisam ser observadas para que tudo corra bem com a cirurgia, dentre as quais destacamos:

  • Caso consuma álcool e não consiga parar de beber, o médico precisa ser informado;
  • Evitar o consumo de álcool uma vez que a cirurgia já está encaminhada. Caso sinta dores de cabeça, nervosismo e tenha dificuldades para dormir devido a não estar mais consumindo bebidas, o médico deve ser avisado;
  • Seja honesto com seu médico sobre as reais quantidades de álcool que consome. Como sempre, qualquer informação compartilhada será mantida no mais absoluto sigilo.

Esperamos que este artigo tenha sido útil para esclarecer algumas de suas dúvidas sobre a pancreatectomia.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!

Posted by Dr. Douglas Bastos