A hepatite é uma doença inflamatória que ataca o fígado e pode ocorrer por consumo excessivo de álcool (a chamada hepatite alcoólica) e em virtude de uma doença autoimune (chamada de HAI). De todo modo, a causa mais comum é a infecção por vírus, como ocorre com a hepatite D.
Existem diferentes tipos de vírus que acometem o fígado. Eles são nomeados por letras do alfabeto, assim como cada tipo de hepatite referente ao agente patológico que a causou.
Neste artigo, vamos explicar mais sobre o contágio da hepatite D. Continue a leitura e saiba mais!
Quais são os tipos de hepatites virais que existem?
São cinco os tipos de hepatites virais mais recorrentes, reconhecidas e estudadas pelos hepatologistas (médicos que cuidam do fígado): A, B, C, D e E.
Cada vírus tem um tipo específico de contaminação, de sintoma e de possível tratamento. As hepatites dos tipos A e E têm cura e são revertidas com repouso e alimentação controlada.
A hepatite do tipo C pode ser curada com o tratamento adequado em até 95% dos casos. Apesar disso, é o tipo que mais registra óbitos no Brasil, principalmente por sua característica assintomática. Ou seja, pela ausência de sintomas, muitas pessoas não sabem que são portadora do vírus.
A hepatite do tipo D — que também pode ser chamada de Delta — tem um número baixo de registro de óbitos por ter uma característica especial. Que característica é essa? Veremos a seguir.
O que é hepatite D?
Este tipo específico da doença é considerado um vírus satélite, ou seja, ele não consegue infectar uma pessoa sozinho. Isso acontece porque o chamado agente-delta é um vírus incompleto, que não consegue se reproduzir dentro da célula humana. Por essa razão, ele precisa de um outro agente invasor, que codifique nossas células e permita que ele se reproduza. Nesse caso específico, o vírus que causa a hepatite B.
Então as hepatites B e D são a mesma coisa?
Não. Os vírus são causados por agentes diferentes, mas podemos dizer que o vírus do tipo D, por ser dependente de um outro vírus, acaba adquirindo características-espelho do vírus B. Portanto, os dois tipos têm características similares.
Forma de contágio da hepatite d
Pelo compartilhamento de agulhas, seringas, lâminas de barbear ou alicates de unha contaminado. Além disso, a hepatite D pode ser transmitida por relações sexuais sem proteção, ou de mãe para o filho durante a gravidez, do parto ou da amamentação.
Sintomas
Aparecem de forma discreta e podem incluir cansaço, tontura, enjoos e vômitos, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Prevenção
Similarmente à hepatite do tipo B, pode ser prevenida evitando-se as ações que causam o contágio.
A vacina contra a hepatite D
Assim como a vacina previne contra a hepatite B, ela promove a imunização contra a hepatite D, pela sua condição natural de existência. A vacina existe e está disponível, portanto, consulte seu médico e faça sempre exames regulares para garantir uma vida saudável.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo no Rio de Janeiro!