A hepatite é uma doença que acomete cada vez mais pessoas no mundo todo. E por que estes números são tão alarmantes? Porque esta inflamação no fígado é, em geral, uma doença que não apresenta sintomas aparentes, o que acaba retardando o tratamento. O problema é que, em muitos casos, o avanço pode ser letal.
O câncer de fígado é um exemplo de uma patologia grave que pode ser desencadeada por um quadro que não foi tratado. O fator de risco para o surgimento desse tipo de carcinoma é a contaminação por vírus da hepatite B ou C.
Neste artigo, abordaremos melhor a relação entre a doença e o câncer de fígado.
A infecção pelo vírus da hepatite B ou C
A hepatite é uma doença que, em geral, é causada por infecção viral no fígado. No entanto, esta enorme glândula é responsável por armazenar substâncias vitais para o funcionamento do nosso organismo. Por isso, a infecção hepática pode ser tão nociva a ponto de desencadear um quadro grave de saúde.
Ela pode ser aguda ou crônica. Na primeira, os sintomas são bem evidentes. Já a segunda é uma doença silenciosa, o que acaba retardando o tratamento e agravando o estado clínico do paciente.
É considerada contagiosa e pode ser transmitida a partir da infecção por 4 tipos de vírus, sendo classificados entre A, B, C e D. A incidência de contágio por cada um deles varia de região para região.
A partir de uma pesquisa realizada em países que sofriam com elevados casos de hepatite B crônica, foi possível observar a clara relação entre doença e o carcinoma hepático (ou câncer de fígado). Em países em que o tipo B não prevalecia, observou-se que o desenvolvimento do cancro também tinha relação com o tipo C.
A evolução para o câncer
Um diagnóstico de tipo B ou C não devidamente tratado pode evoluir para um quadro de tumor maligno. Atualmente, muitos médicos e pesquisadores da área da saúde acreditam que o câncer surja no doente com hepatite em função do vírus desse tipo de infecção atacar e alterar as células do fígado, favorecendo o aparecimento de partes alteradas.
Hoje, o melhor tratamento para o câncer de fígado é a prevenção em relação à possibilidade de contágio por hepatite. Infelizmente, só existe vacina para dois tipos da doença (A e B).
As formas de contágio pelos tipos B e C seguem basicamente o mesmo padrão: a transmissão acontece por meio de sangue e outros fluidos corporais. Por isso, é de extrema importância o uso de preservativos durante o ato sexual, assim como não compartilhar materiais de higiene pessoal, lâminas de barbear e seringas.
Nas gestantes portadoras do vírus B ou D, que podem ser transmitidos para o bebê, é necessário fazer exame pré-natal para detectar hepatite e realizar tratamento especializado.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como especialista em cirurgia digestiva no Rio de Janeiro!