O tumor no fígado é caracterizado pela existência de uma massa ou formação nesse órgão, que pode ou não ser indício de um câncer. O problema, que acomete uma considerável parcela da população, geralmente é provocado pelo consumo excessivo de álcool, cigarros e alimentos gordurosos.
No caso do tumor maligno, infecções como hepatites B e C, consumo excessivo de álcool, cirrose hepática, alto nível de gordura no sangue e obesidade estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que a idade média mais recorrente do câncer de fígado é entre os 60 e 70 anos, embora possa surgir em outras faixas etárias.
É importante notar que a doença age de forma bastante silenciosa. Em geral, quando o paciente sente qualquer sintoma, o quadro já é grave. Por esse motivo a realização de exames preventivos é tão importante, uma vez que pode contribuir e muito para um diagnóstico precoce.
Os tumores no fígado são classificados em dois tipos: primários, quando a doença começa no fígado e secundários, quando em fase de metástase (o tumor atinge ao fígado tendo se iniciado em outro órgão).
Os tumores primários malignos são também chamados de “carcinoma hepatocelular” ou “hepatocarcinoma” (tumor maligno comum em 80% dos pacientes com a doença); colangiocarcinoma (inicia-se nos dutos biliares); angiossarcoma (atinge aos vasos sanguíneos) e, quando atinge a uma criança, “hepatoblastoma”.
Sintomas do tumor no fígado
Geralmente, as pessoas que sofrem com o câncer de fígado não sentem qualquer tipo de dor ou reação no corpo, tão logo ele se inicia. Quando enfim ocorre o surgimento de qualquer sinal, aparecem também os nódulos em estágios bem avançados e consequente perda de peso, sensação de inchaço (muitas vezes após as refeições); perda de paladar, aumento do abdômen e até icterícia (o tom amarelado que surge nos olhos e na pele).
Uma vez que o médico suspeite ter detectado a doença, deverá proceder com o diagnóstico através da tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética ou da ultrassonografia, visando verificar a existência ou não do tumor. Exames de sangue específicos podem ajudar no diagnóstico do tumor no fígado. Em alguns casos, uma biópsia poderá complementar os exames iniciais, quando o tumor já estiver detectado. Nessa situação, o objetivo é identificar qual é o seu tipo e seu estágio do tumor, caso os exames anteriores não tenham sido conclusivos.
Como funciona o tratamento?
O melhor tratamento será proposto pelo médico especialista, conforme as condições do paciente e, principalmente, o estágio no qual o câncer se encontra. Caso o tumor esteja localizado apenas no fígado, por exemplo, a melhor alternativa será a cirurgia para remoção da área atingida ou o transplante do órgão, indicado em casos muito específicos conforme a legislação vigente.
Se o tumor no fígado for de tamanho pequeno e o paciente não tiver condições de passar por qualquer intervenção cirúrgica, a radiofrequência pode promover bons resultados. Um outro tipo de tratamento é a quimioembolização, que consiste no bloqueio da vascularização sanguínea dentro do tumor, por meio do lançamento de partículas de agente quimioterápico. A radioterapia, por fim, é um procedimento terapêutico que pode ser indicado em conjunto com a quimioterapia.
Vale ressaltar, no entanto, que o melhor tratamento, quando possível, é a cirurgia para retirada do tumor.
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